Discussão:Relações entre Brasil e Estados Unidos
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Primeiro reconhecimento do Brasil
editar@Calhugare18: , @Dan Palraz: e outros que possam ser interessados. Caros, as fontes que sugerem a Argentina como o primeiro reconhecimento não são as mais adequadas para uma enciclopédia. Essa tese começa com um diplomata, que não é historiador, publicando um artigo em uma revista do MRE, que não tem revisão por pares. A tese é replicada na "fonte oficial", que seria o site do próprio MRE, onde ele trabalha. Os artigos jornalísticos simplesmente repercutem a tese. Sabemos que fontes governamentais podem ter conflito de interesse, e muitas vezes não refletem a realidade factual -- já que estão ligadas a narrativas políticas. Leiam WP:FI. Por exemplo, o mesmo MRE considera as Malvinas um território argentino. Seria cômico ir, com essa justificativa, na página sobre as Malvinas dizer que o território pertence à Argentina e não, ao Reino Unido; uma vez que a realidade dos fatos se impõe sobre a percepção política do MRE. O mesmo serve para essa tese.
Some-se a isso o fato que os maiores especialistas de história da política externa brasileira apontam para os EUA como o primeiro país a formalmente reconhecer o Brasil. Adicionei referências para livros de Francisco Doratioto, Carlos Eduardo Vidigal, Eugênio Carlos Garcia. Também pensam assim Amado Cervo, Rubens Ricupero e a maior parte dos acadêmicos especializados. Além disso, para não deixar dúvidas quanto a controvérsias, note que o texto cita o primeiro a "formalmente" reconhecer o Brasil; um excesso de zelo, explico: de acordo com o artigo citado (vocês leram?) a Argentina supostamente fez um reconhecimento tácito, e não, formal. Saudações, Thiago1314 (discussão) 00h47min de 12 de janeiro de 2023 (UTC)
- Li o artigo e vi que a Argentina botou por escrito o reconhecimento, enquanto os EUA nunca o fizeram. O que se chama de "reconhecimento" pelos EUA foi o presidente dos EUA ter aceitado receber o diplomata brasileiro no país. Como mostra o artigo, a Argentina já fizera o mesmo antes dos EUA, e ainda com uma carta pondo por escrito que reconheceu. Não me parece haver dúvida de que a historiografia evoluiu, e é natural que haja várias fontes anteriores à descoberta do artigo que digam outra coisa, mas não há nenhuma fonte de de Francisco Doratioto, Carlos Eduardo Vidigal, Eugênio Carlos Garcia", etc. posterior a 2018 que insista que foram os EUA. De todos modos, se claramente há fontes que dizem o contrário, enquanto não se chega a consenso, pode-se afirmar que não foi nem o primeiro nem o segundo, não precisa estar na introdução do artigo - foi o que fiz. Dan Palraz (discussão) 16h44min de 12 de janeiro de 2023 (UTC)
- Caro @Dan Palraz:. Estou de acordo com a forma como foi colocada agora no artigo. De fato, é possível que a historiografia venha a absorver essa pesquisa nos próximos anos. O problema é adicionar como fato uma tese que ainda não foi incorporada a historiografia tradicional e que não passou pelos processos modernos de legitimação científica. Caso isso venha a ocorrer, não vou me opor de forma alguma à atualização do artigo, mas ainda é cedo. Saudações, Thiago1314 (discussão) 20h17min de 12 de janeiro de 2023 (UTC)
- A informação do artigo referenciado para comprovar o primeiro reconhecimento pela Argentina não é política nem opinativa. É bastante objetiva: o autor encontrou um documento histórico público do governo argentino, datado de 1823, que reconheceu EXPLICITAMENTE a independência brasileira - e não tacitamente, como incorretamente mencionado na argumentação do @Thiago1314.
- Os autores mencionados pelo @Thiago1314 publicaram obras anteriores à descoberta historiográfica do autor desse artigo. Não é um argumento válido, portanto, considerar que a descoberta é improcedente porque não foi citada em livros escritos antes da própria descoberta (!). Seria como defender que a Terra é o centro do universo, usar como referência livros publicados antes da obra de Copérnico sobre o heliocentrismo e afirmar que o livro dele não é válido, pois não foi referenciado nos autores anteriores. Seria um absurdo, não? Pois bem. Houve uma descoberta historiográfica documentada que comprovou algo que, até então, os historiadores não sabiam.
- As alegações de que o autor não é historiador e que o artigo não teve revisão por pares para justificar a desconsideração de um documento histórico objetivo são igualmente irrelevantes. Desconheço, igualmente, se houve revisão por pares das obras mencionadas pelo @Thiago1314. Independentemente disso, e retóricas à parte, o que o artigo apresenta são provas documentais concretas. Para que não reste nenhuma dúvida, basta consultar diretamente o texto original da declaração escrita do reconhecimento da independência brasileira pelo governo das Províncias Unidas do Rio da Prata, em julho de 1823 (http://repositoriouba.sisbi.uba.ar/gsdl/collect/dochisto/index/assoc/ihaya_dh/a_014-ih.dir/ihaya_dha_014.pdf - pág. 249).
- O reconhecimento argentino foi textual, explícito, como atestam esses documentos. A bem da verdade, o reconhecimento norte-americano é que foi tácito: um representante brasileiro foi recebido pelo presidente dos EUA em maio de 1824, mas não houve um documento - como o argentino - com esse reconhecimento explícito. Mais um argumento improcedente, portanto, da argumentação de @Thiago1314.
- A comparação com as Malvinas não é pertinente, pois no caso das Malvinas existe uma disputa jurídica entre dois Estados, e o Brasil tem um lado na disputa. No caso do reconhecimento da Independência brasileira, isso não existe. O próprio governo dos EUA, que anteriormente mencionava em sua página ter sido "O" primeiro país a reconhecer a independência brasileira, recentemente substituiu essa informação por "UM DOS PRIMEIROS", em resposta à publicação das novas evidências documentais do reconhecimento argentino (como se pode constatar na versão atual e em versões anteriores deste site pelo Wayback Machine, por exemplo: https://www.state.gov/u-s-relations-with-brazil/).
- É preciso aceitar que a informação que ouvimos a vida inteira foi negada pela descoberta de novos fatos. Por quase dois séculos, a defesa de que os Estados Unidos teriam sido os primeiros a reconhecer a independência brasileira foi feita com base em um argumento preconceituoso que atribuía maior importância ao reconhecimento pelos EUA do que por um país latino-americano. Reiterar essa falácia com base em argumentos vazios e desmentidos pelos fatos significa concordar com a repetição de uma mentira histórica.
- Uma saída que me parece plausível para o artigo é inserir referência ao fato de que a historiografia tradicional considerava terem sido os EUA os primeiros e que descoberta historiográfica recente identificou documentos históricos que revelaram que a Argentina (à época, Províncias Unidas do Rio da Prata) efetuou o primeiro reconhecimento da independência brasileira de que se tem registro, em junho de 1823. Calhugare18 (discussão) 20h30min de 12 de janeiro de 2023 (UTC)
- Caro @Calhugare18:. Primeiro, a Wikipedia não aceita pesquisa inédita (WP:NPI), logo trazer fontes primárias e textos originais não servem. Segundo, o exemplo da Maldivas foi para exemplificar como uma "fonte oficial" pode não corresponder aos fatos, algo que você parecia recusar a aceitar nos históricos de edição. Terceiro, o artigo publicado na revista da FUNAG traz bons argumentos, talvez esteja correto, talvez não; por isso devemos aguardar fontes mais reputadas e novas versões das obras dos especialistas, para vermos se aceitarão os argumentos lá expostos ou não. Não custa lembrar que há pouco tempo a FUNAG estava a divulgar informações falsas sobre o coronavírus [1]. Infelizmente, a revista dessa organização governamental não tem a mesma credibilidade que a historiografia acadêmica. Como ressaltei acima, se essa versão vier a ser aceita, atualizamos aqui. Vamos esperar por novas edições e novos artigos sobre o tema. Quanto a isso: "em um argumento preconceituoso que atribuía maior importância ao reconhecimento pelos EUA do que por um país latino-americano" - é lamentável que alguém que sai atribuindo falácias aos outros venha a dizer algo assim.
- Dito isso, para questões mais práticas. A atual versão que cita os EUA como a "primeira grande potência" a reconhecer o Brasil lhe parece adequada? Como disse em minha resposta ao Dan Palraz, meu problema está com afirmar inequivocamente como se não houvessem controvérsias que foi a Argentina a primeira. A edição que você fez em Independência do Brasil, afirmando que "Segundo o MRE, a Argentina foi a primeira" [2] me parece adequada também, tanto que não mexi mais lá. Porém, isso não faria sentindo neste artigo sobre relações do Brasil com os EUA. Na verdade, essa insistência em citar a Argentina é um tanto fora do escopo deste artigo, não acha?
- Thiago1314 (discussão) 21h03min de 12 de janeiro de 2023 (UTC)
- É um tanto anacrônico se referir aos Estados Unidos como "primeira grande potência". Simplifiquei o trecho, melhorando a coesão, sendo mais direto e adicionando hiperligações para melhores entendimentos. Creio que a redação contemple no geral as questões levantadas. Saudações, Luan (discussão) 15h15min de 13 de janeiro de 2023 (UTC)