Divertículo de Meckel

Divertículo de Meckel é uma pequena protuberância (bolsa) de poucos centímetros no intestino delgado presente ao nascimento.[1] É possivelmente o defeito congênito mais comum, não causando problemas na maioria das pessoas.

Divertículo de Meckel
Divertículo de Meckel
Desenho esquemático de um divertículo de Meckel na borda do intestino delgado.
Especialidade genética médica
Classificação e recursos externos
CID-10 C17.3, Q43.0
CID-9 152.3, 751.0
CID-11 216192536
OMIM 155140
DiseasesDB 7903
MedlinePlus 000234
eMedicine med/2797 ped/1389 rad/425
MeSH D008467
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Causas

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É parte de um canal digestivo fetal que não foi reabsorvido adequadamente durante as semanas 5 e 8 de gestação. Está presente desde o nascimento, ou seja, a causa é congênita. Essa bolsa pode ser formada de tecido gástrico, pancreático ou intestinal.[1]

Sintomas

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Divertículo de Meckel visto em uma cirurgia.

Na maioria das vezes não causam sintomas. Se os sintomas ocorrem, eles tipicamente aparecem antes dos dois anos de idade. O sintoma mais comuns é o sangramento retal indolor, identificado nas fezes (que podem ser escuras ou avermelhadas). Outros sintomas incluem obstrução intestinal, náuseas, vôlvulo e intussuscepção.

Durante a vida o risco do divertículo de Meckel causar sintomas é de[2]:

Geralmente a transformação para tumor é benigna, para um tumor de músculo liso (leiomioma). Raramente se transforma em um tumor carcinoide ou leiomiossarcoma. [3]

Diagnóstico

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Pode-se suspeitar de sua existência por exame das fezes, verificando sangue oculto. O diagnóstico é confirmado através de cintilografia ou gamagrafia com tecnécio ou com tomografia computadorizada.[1]

Epidemiologia

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Cerca de 2 a 3% da população geral tem divertículos (bolsas) intestinais, mas mais de 95% não são diagnosticados por causar poucos ou nenhum sintoma (assintomáticos). São 3 a 4 vezes mais comum em homens.[4] Quando causa problemas, os primeiros sintomas normalmente aparecem antes dos 4 anos. [5]

Tratamento

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Quando há sangramento ou infecção persistente o tratamento é cirúrgico, consistindo na remoção da porção afetada do intestino e costurar as partes saudáveis. Como há 10% de complicações (formação de abscessos, mais sangramento ou êmbolos) o tratamento cirúrgico deve ser a última opção.[1]

Referências

  1. a b c d https://www.nlm.nih.gov/medlineplus/spanish/ency/article/000234.htm
  2. Johnston A. O.; Moore T. (1976). "Complications of Meckel's diverticulum". British Journal of Surgery. 63 (6): 453–454. doi:10.1002/bjs.1800630612. PMID 1084202.
  3. Sharma R.; Jain V. (2008). "Emergency surgery for Meckel's diverticulum". World J Emerg Surg. 3 (27): 1–8. doi:10.1186/1749-7922-3-27. PMC 2533303. PMID 18700974.
  4. http://emedicine.medscape.com/article/194776-overview#a1
  5. Schoenwolf, G. C., & Larsen, W. J. (2009). Larsen's human embryology (4th ed.). Philadelphia: Churchill Livingstone/Elsevier.