Domingo à Tarde

filme de 1966 dirigido por António de Macedo

Domingo à Tarde (1966) é um filme português de António de Macedo, a sua primeira longa metragem de ficção e a quarta do movimento do Novo Cinema.

Domingo à Tarde
Portugal Portugal
1966 •  pb •  90 min 
Género drama, romance
Direção António de Macedo
Produção António da Cunha Telles
Roteiro António de Macedo
Elenco Isabel de Castro
Ruy de Carvalho
Isabel Ruth
Alexandre Pessoa
Constança Navarro
Júlio Cleto
Miguel Franco
Distribuição Imperial Filmes
Marfilmes (2003)
Lançamento 13 de Abril de 1966
Idioma português

A estreia foi em Lisboa, no cinema Império, a 13 de Abril de 1966.[1]

Macedo, em contra-corrente, recusaria no entanto certos ditames estéticos dos vanguardistas franceses, negando o proclamado valor de Godard.

A desenvoltura narrativa deste seu filme, de inspiração vanguardista mas sobretudo imbuído de filosofia germânico-nórdica (Husserl, Heidegger, Kierkegaard), e as soluções formais nele exploradas tornariam entretanto mais transparente o tema que adopta: o romance homónimo do escritor Fernando Namora, da escola neo-realista portuguesa, transfigurado no filme através de uma visão metafísico-existencial dos temas da angústia, da morte e do destino último do homem.

Macedo teve confrontos sérios com os Serviços de Censura para poder estrear o filme.

Ficha sumária[2][3]

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Sinopse

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Sofrendo de leucemia em estado avançado Clarisse chega ao hospital e conhece Jorge, o director do departamento de Hematologia. Após apaixonar-se por ela, Jorge procura, pela primeira vez, salvar um doente, mas Clarisse morre apesar de todos os seus esforços. Jorge prossegue o seu trabalho, com experiências de rotina, ciente da sua inutilidade.[4]

Recepção

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Ficha artística

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Ficha técnica

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  • Argumento: romance de Fernando Namora
  • Adaptação: António de Macedo
  • Realizador: António de Macedo
  • Assistente de realização: José Carlos de Andrade e Zeni d’Ovar
  • Produção: António da Cunha Telles
  • Rodagem: Setembro a Novembro de 1964
  • Anotadora: Teresa Olga
  • Adereços: Zeni d’Ovar
  • Caracterização: Manuel Fernandes
  • Director de fotografia: Elso Roque
  • Assistente de imagem: Acácio de Almeida
  • Iluminação: Jorge Pardal
  • Director de som: João Diogo
  • Operador de som: José de Carvalho
  • Música: Quinteto Académico
  • Sonoplastia: António de Macedo e Hugo Ribeiro
  • Montagem: António de Macedo
  • Laboratório de imagem: Ulyssea Filme
  • Laboratório de som: Valentim de Carvalho
  • Formato: 35 mm
  • Género: ficção (drama)
  • Distribuição: Imperial Filmes[1]
  • Estreia: Cinema Império, em Lisboa, a 13 de Abril de 1966[1]

Festivais[2]

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  • Festival de Veneza 1965 (Itália) - Diploma di Merito
  • Festival de Cinema do Rio de Janeiro 1965 (Brasil)
  • Prémio da Casa de Imprensa em 1966
  • Prémios Plateia 1966 - Melhor Realizador, Melhor Actor (Ruy de Carvalho), Melhor Actriz (Isabel de Castro - 1966)

Ver também

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Referências

  1. a b c d e «Cinema Português : Cronologia». Instituto Camões, 2003-2007. 2003–2007. Consultado em 15 de setembro de 2017 
  2. a b «Base de dados : Filmes : "Domingo à Tarde", de António de Macedo». "Amor de Perdição" (Associação para a Promoção do Cinema Português). 1 de Março de 2013. Consultado em 27 de dezembro de 2006. Arquivado do original em 11 de março de 2007 
  3. Domingo à Tarde. no IMDb. . Consultado em 15 de setembro de 2017
  4. Matos-Cruz, José de (1999). O Cais do Olhar. Lisboa: Cinemateca Portuguesa. OCLC 492000146. Consultado em 27 de dezembro de 2006. Arquivado do original em 11 de março de 2007 
  5. Bénard da Costa, João (1991). Histórias do Cinema. Col: Sínteses da Cultura Portuguesa. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda. OCLC 641477923. Consultado em 27 de dezembro de 2006. Arquivado do original em 11 de março de 2007 

Ligações externas

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