Maranhão Parcerias
A Maranhão Parcerias (MAPA) é uma sociedade de economia mista que integra a Administração Indireta do Governo do Maranhão. É vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos (SEDEPE). [1]
Maranhão Parcerias – MAPA | |
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Razão social | Maranhão Parcerias S.A. |
Sociedade de economia mista | |
Fundação |
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Sede | São Luís, Maranhão |
Área(s) servida(s) | Maranhão |
Presidente | Cassiano Pereira Junior |
Empregados | 604 (2020) |
Produtos | Gestão imobiliária
Prestação de serviços Gestão e execução de projetos em parceria com a iniciativa privada |
Acionistas | Governo do Estado do Maranhão (99,74%) |
Faturamento | R$ 718.646,32 (2021) |
A MAPA atua na gestão imobiliária estadual, prestação de serviços às entidades públicas e privadas e na estruturação de parcerias estratégicas, a partir de oportunidades de negócios.[2]
Histórico
editarCOHAB
editarA Companhia de Habitação Popular do Maranhão (COHAB) foi instituída pela Lei nº 2.637, de 1º de abril de 1966, através de incentivos do Sistema Federal de Habitação (SFH) e do Banco Nacional de Habitação (BNH). A empresa tinha como objetivos a oferta de unidades habitacionais subsidiadas à população que recebia entre um a três salários mínimos, bem como promover projetos habitacionais. [3][4]
A companhia teve atuação marcante na estruturação do espaço urbano de São Luís, num período de acelerado crescimento demográfico, com a instalação de grandes projetos, como o Porto do Itaqui, o Projeto Grande Carajás da Vale do Rio Doce e o complexo da ALUMAR.[4]
Entre os conjuntos habitacionais construídos pela COHAB-MA estão Cohab Anil I (1967), Cohab Anil II (1968), Cohab-Anil III (1969), Coheb Sacavém (1970), Radional (1972), Cohab Anil IV (1975), Vinhais (1979), Bequimão (1979), Turu (1979), Rio Anil (1979), Angelim (1980) e Cidade Operária (1986), com a construção de mais de 16 mil unidades residenciais em São Luís.[4][5]
O Maiobão, localizado em Paço do Lumiar, teve suas obras iniciadas em 1980 pela Companhia Habitacional do Estado do Maranhão (COHAB) financiadas pelo Banco Nacional da Habitação (BNH) e foi construído como bairro dormitório, visto que a maioria dos moradores trabalhava em São Luís. Na época em que foi entregue, o bairro passou a ser o maior de toda a região metropolitana, pois foi construído inicialmente com 4.666 unidades, sendo posteriormente superado pela Cidade Operária, que foi entregue com 7.500 unidades em 1986.[6][7]
Em 1986, o BNH foi extinto após a instituição sofrer com uma crise financeira provocada pela inadimplência e o aumento do desemprego dos mutuários, afetando a COHAB-MA, que perdeu sua principal fonte de recursos. A companhia passou então a focar em administrar o patrimônio já construído e nos financiamentos já adquiridos pelos mutuários.[4]
A COHAB foi reformulada pela Lei nº 7.356, de 29 de dezembro de 1998.[3]
EMARHP
editarCom a Lei nº 7.356/1998, a Empresa Maranhense de Pesquisa Agropecuária - EMAPA, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Maranhão - EMATER, a Companhia Maranhense de Desenvolvimento Agroindustrial e Abastecimento S/A - CODEA, a Companhia de Desenvolvimento Industrial - CDI - MA, a Empresa Maranhense de Turismo - MARATUR e a Empresa de Processamento de Dados do Maranhão - PRODAMAR foram incorporadas pela Companhia de Habitação Popular do Maranhão - COHAB - MA, com os respectivos direitos e obrigações, absorvendo seus empregados. As suas funções foram absorvidas pelas secretarias estaduais correspondentes.[3]
A lei também alterou a denominação social da Companhia de Habitação Popular do Maranhão para Empresa Maranhense de Administração de Recursos Humanos e Negócios Públicos – EMARHP.
Outras estatais maranhenses privatizadas no período foram o Banco do Estado do Maranhão (repassado à União e leiloado ao Bradesco) e a CEMAR (pertence atualmente à Equatorial Energia). [3]
Maranhão Parcerias
editarA Medida Provisória nº 295/2019 reestruturou a EMARHP, que foi transformada na Maranhão Parcerias (MAPA), com a ampliação e qualificação jurídica do rol de finalidade da EMARHP. A MAPA deverá atuar na estruturação de parcerias estratégicas com a iniciativa privada, a partir de oportunidades de negócios; gestão imobiliária estadual e prestação de serviços. A Medida Provisória foi convertida na lei 11.140, de 23 de outubro de 2019.[8]
Competências
editarEntre suas funções da MAPA, estão:[1][2]
- Gestão e execução de Projetos em parceria com o setor privado;
- Gestão do Fundo Estadual Imobiliário (FEI), permitindo a gestão dos imóveis do governo estadual e garantindo sua rentabilidade e liquidez;
- Administração dos direitos e obrigações remanescentes das empresas a ela anteriormente incorporadas;
- Prestação de serviços técnicos, administrativos e gerais à iniciativa privada e aos órgãos e entidades da Administração Pública.
Pela lei 11.140/2019, o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Maranhão - IPREV/MA foi autorizado a transferir a gestão dos imóveis do Fundo Estadual de Pensão e Aposentadoria - FEPA para a Maranhão Parcerias - MAPA. O FEPA deverá ser remunerado, em valores de mercado, pelos negócios realizados pela MAPA com seus imóveis.
Com a aprovação da Lei 11.578/2021, a MAPA passa a ter a função de Agência de Mercado, Fomento e Gestão Financeira da Política do REDD+ e PSA. Com isso, é objetivo da MAPA administrar e dispor de ativos e créditos resultantes de serviços e produtos ambientais e reduzir as emissões do desmatamento e degradação oriundos de programas, subprogramas, planos e projetos, especialmente a partir da criação de arranjos financeiros, econômicos e de investimentos verdes e desenvolvimento de estratégias voltadas à mobilização e captação de recursos financeiros e investimentos, como mecanismo de remuneração para os ativos florestais que existem no Estado.[9]
Eis alguns do projetos da MAPA no ano de 2019: a reforma estrutural do Edifício João Goulart, para implementação de um complexo administrativo do governo, a construção do Complexo Cidade da Justiça, construção e reforma de edifícios para a UEMA, a realização de estudos para a concessão da MA-006, dentre outros.[10]
Referências
- ↑ a b «STC». www.stc.ma.gov.br. Consultado em 7 de novembro de 2018
- ↑ a b Seati. «Perguntas Frequentes». MAPA. Consultado em 15 de novembro de 2019
- ↑ a b c d «STC». www.stc.ma.gov.br. Consultado em 7 de novembro de 2018
- ↑ a b c d SUELLEN CRISTINA DOS SANTOS APOLIANO PACHECO (2018). «PRODUÇÃO DE HABITAÇÃO POPULAR POR AUTOGESTÃO E INICIATIVA PRIVADA COMO ESPAÇO DE SUJEITOS SOCIAIS NA ILHA DO MARANHÃO» (PDF). UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
- ↑ «DIIE – SEPLAN – Departamento da Informação e Inteligência Econômica». Consultado em 29 de maio de 2022
- ↑ «Crescimento do Maiobão impulsiona incremento econômico». Jornal O Estado do Maranhão. Consultado em 19 de outubro de 2021
- ↑ «USO DO TERRITÓRIO E QUESTÃO HABITACIONAL NA ILHA DO MARANHÃO: a situação geográfica do conjunto habitacional Cidade Verde I, Paço do Lumiar - MA» (PDF)
- ↑ Seati. «Perguntas Frequentes». MAPA. Consultado em 11 de setembro de 2019
- ↑ Maranhão, Governo do Estado do. «REDD+ | Maranhão Parcerias». Governo do Estado do Maranhão. Consultado em 3 de maio de 2022
- ↑ Seati. «Arquivos Projetos». MAPA. Consultado em 15 de novembro de 2019