A EMD SD60 é uma locomotiva diesel-elétrica de seis eixos e 3.800 cavalos de potência (2.800 kW) construída pela Electro-Motive Diesel, destinada a serviços de carga pesada em médias velocidades. Foi introduzida em 1984 e a produção foi encerrada em 1995.

EMD SD60
EMD SD60
Protótipo da SD60 N° 9087 na fábrica da EMD em La Grange, Illinois
Descrição
Propulsão Diesel-Elétrica
Projetista EMD
Fabricante EMD
Modelo SD60
Ano de fabricação 1984-1995
Locomotivas fabricadas 1,144
Classificação AAR C-C
Tipo de serviço Carga
Características
Bitola Standard (EUA), Larga (Brasil)
Tipo de truques Flexicoil-C
Diâmetro das rodas 1,000 mm
Comprimento 21,69 metros
Largura 3,12 metros
Altura 4,76 metros
Peso da locomotiva 160 toneladas
Tipo de combustível Diesel
Capacidade de combustível 3500 litros
Capacidade de óleo lubrificante 283 litros
Capacidade de líquido refrigerante 250 litros
Fabricante do motor EMD
Motor primário EMD 16-710G3A
Limite de RPM 904 rpm
Tipo de motor Motor V16
Alternador AR-11A
Motores de tração 6 × GM D87B
Tipo de transmissão 77:17
Tração múltipla Sim
Performance
Velocidade máxima 70 mph (113 km/h)
Potência total 3.800 hp (2.800 kW)
Esforço de tração 114,000 kgf
Freios da locomotiva 26L Wabco
Operação
Local de operação Estados Unidos e Brasil (SD60M)
Situação Muitas unidades operacionais

História e Desenvolvimento

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Dupla de SD60 da Union Pacific Railroad

O desenvolvimento das SD50 e SD60 em meados dos anos 1970s e começo dos anos 80 foi uma resposta ao lançamento das GE B36-7 e GE C36-7 de 3600 hp (2.7MW) pela maior concorrente da EMD na época, a GE. Em 1980, o modelo EMD SD50 foi adicionado ao catálogo da EMD. Entretanto, a SD50 rapidamente se tornou um fracasso em termos de vendas devido a sua mecânica de baixa confiança, parte elétrica complexa e sistema de tração único da série 50, que exigia algumas peças de reposição não compatíveis com as dos modelos SD40 e SD45. EMD começou rapidamente a desenvolver a série SD60, que melhoraria os pontos fracos da SD50. Entretanto os desenhos da cabine e casa de motores e radiadores são indistinguíveis se comparados com as últimas SD50. Mas a SD60 já vinha com o novo EMD 710-G3A de 16 cilindros, alternador principal AR-11, motores de tração D-87 e um sistema de controle microprocessado que controlava vários sistemas da locomotiva eletronicamente, como patinação e amperagem. Mecanicamente, a SD60 é melhor em economia e eficiência do que a SD50, porem isso não foi o bastante para retomar o mercado perdido e maquiar a mesma elétrica e mecânica de baixa confiança plagiada da SD50. EMD chegou a anunciar que três SD60 poderiam substituir quatro SD40-2, fato consumado realmente apenas com a SD70MAC, quase uma década mais nova.

 
Protótipo da EMD SD60

Variantes

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Diversas variantes da SD60 foram produzidas, incluindo:

  • A SD60 padrão, com cabine tipo spartan cab da EMD SD40-2.
 
SD60 standard da extinta Kansas City Southern
  • A SD60F, comprada e operada pela Canadian National Railway, tem um corpo ao estilo Cowl Unit/Cowl Body e possui quatro vidros na frente da cabine.
  • A SD60I "WhisperCab" uma variação de cabine que isola a vibração e som usando borracha PU. A mesma cabine foi usada depois na SD70I, SD80MAC e a SD90MAC. Só a Conrail comprou essas máquinas. Todas elas estão na Norfolk Southern e CSX atualmente.
 
SD60I da CSX Transportation
  • A SD60M, primeiras compradas pela Union Pacific com a "North American safety cab", primeiras unidades produzidas com 3 vidros frontais, posteriormente substituídos por apenas 2.
  • A SD60MAC uma variação da SD60M de corrente alternada. Ao todo quatro unidades da SD60MAC foram testadas na Burlington Northern provando a viabilidade do sistema de tração AC da EMD, mas todas as compras subsequentes foram de EMD SD70MAC.

As SD60's Brasileiras

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Foram compradas pela Estrada de Ferro Carajás duas locomotivas, junto a Villares Metals S/A, antiga subsidiária da EMD no Brasil. Foram denominadas de SD60M por serem adaptadas a bitola larga (1600mm) e possuírem cabine com 3 janelas frontais, sendo que as mesmas foram entregues em outubro de 1991. Foram as últimas locomotivas fabricadas pela Villares no Brasil antes da sua fusão com a General Electric do Brasil em 1992. Foram numeradas como EFC 601 e 602 e não se encontram mais em operação.

Referências

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