El Chorro de Maita
El Chorro de Maita é um sítio arqueológico de um assentamento indígena pré-colonial, que sofreu intervenções europeias durante o colonialismo espanhol. O sítio está localizado nas encostas do monte de Yaguajay, na cidade cubana de Banes.[1][2][3]
El Chorro de Maita | |
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Reconstrução de moradias indígenas em El Chorro de Maita | |
Localização atual | |
Localização de El Chorro de Maita em Cuba | |
Coordenadas | 21° 05′ 04,5″ N, 75° 48′ 56,6″ O |
País | Cuba |
Província | Holguín |
Município | Banes |
Altitude | 160 m |
Área | 34 448 m² |
Dados históricos | |
Fundação | Século XIII |
Abandono | Século XVI |
Período/era | pré-colonização espanhola |
História
editarOrigem e declínio
editarAtravés dos estudos, foi constatado que o assentamento foi criado durante o século XIII. E, após o contato com os espanhóis, sua população sofreu com o sistema de encomienda (trabalho forçado em troca de introdução religiosa e civilizatória).[2][3]
Por volta de 1510, os sepultamentos no cemitério indígena do assentamento se intensificaram após o contato com europeus, e sofreram alterações culturais no modo de sepultar seus mortos, provenientes da introdução forçada do cristianismo; e seguiu até meados do século.[2][3]
Descoberta
editarNo ano de 1927, o sítio foi mencionado por um entusiasta por arqueologia, residente de Holguín, chamado José Garcia Castañeda. Entre 1941 e 1942, o arqueólogo Irving Rouse estudou o local e encontrou fragmentos de vidros e cerâmicas; e entre 1986 e 1988, o Departamento de Arqueologia Centro-Leste de Holguín fez estudos na região, onde foram encontrados artefatos de origem europeia e um grande cemitério no centro do assentamento.[1][2]
Características
editarForam escavados 133 sepultamentos, onde descobriram restos mortais de indivíduos nativos de diversas regiões de Cuba e do Caribe, dois mestiços (um branco e indígena; e um branco e negro), e um indivíduo do oeste de África. Foram encontrados, com alguns indivíduos, ornamentos feitos de coral, resina, metal (ouro e cobre), pedra, entre outros materiais. Poucos indivíduos foram encontrados na posição fetal, sepultamento tradicional dos nativos. A maioria dos indivíduos foram sepultados em posição estendida e com vestimentas, um padrão do cristianismo.[2][3]
Referências
- ↑ a b Iglesias, Lourdes del Rosario Pérez; Rodríguez-Bruzón, Yosbani (26 de setembro de 2023). «Alimentación dependiente de la fauna en sitios de interacción hispano-indígena temprana en el nororiente de Cuba y su conexión con los procesos de colonización». Revista de Arqueologia (em espanhol) (3): 57–80. ISSN 1982-1999. doi:10.24885/sab.v36i3.1045. Consultado em 2 de maio de 2024
- ↑ a b c d e Rojas, Roberto Valcárcel (1 de janeiro de 2018). «El Chorro de Maíta, Cuba (Valcárcel Rojas 2018)». Cuba: arqueología y legado histórico. J. Larramendi Joa and A. Rangel Rivero, editores. Pp. 121-124. Ciudad de Guatemala: Ediciones Polymita S.A. Consultado em 2 de maio de 2024
- ↑ a b c d Bayliss, Alex; Hofman, Corinne L.; Rojas, Roberto Valcárcel; Laffoon, J. E. (2014). «Nuevas investigaciones arqueologicas en El Chorro de Maita: de espacio indígena e escenario de dominación colonial». Revista Anales de la Academia de Ciencias de Cuba. Vol.4, No.2. Consultado em 2 de maio de 2024