Eleição municipal de Caxias do Sul em 2016
A eleição municipal da cidade de Caxias do Sul em 2016 ocorreu em 2 de outubro para eleger um prefeito, um vice-prefeito e 23 vereadores. Os mandatos dos candidatos eleitos nesta eleição durará ente 1º de janeiro de 2017 a 1º de janeiro de 2021.
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Eleição municipal de Caxias do Sul em 2016 | ||||
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2 de outubro de 2016 (1º turno) 30 de outubro de 2016 (2º turno) | ||||
Candidato | Daniel Guerra | Edson Nespolo | ||
Partido | PRB | PDT | ||
Vice | Ricardo Fabris de Abreu | Antônio Feldmann | ||
Votos | 148.501 | 87.996 | ||
Porcentagem | 62,79% | 37,21% | ||
Candidato mais votado por zona eleitoral no 2º turno (3):
Daniel Guerra (3) | ||||
Titular Eleito | ||||
A propaganda eleitoral gratuita em Caxias do Sul começou a ser exibida em 26 de agosto e terminou em 29 de setembro.[1] Segundo a lei eleitoral em vigor, o sistema de dois turnos, que é iniciado caso o candidato mais votado receber menos de 50% +1 dos votos, está disponível apenas em cidades com mais de 200 mil eleitores, como Caxias do Sul. Com a confirmação do segundo turno, a propaganda eleitoral gratuita voltou a ser exibida em 15 de outubro e terminou em 28 de outubro.[2]
Contexto
editarCaxias do Sul está localizada na Região Metropolitana da Serra Gaúcha e é a 2ª cidade mais populosa do Estado do Rio Grande do Sul, localizado no Brasil.[3] Com uma população estimada em 479.236 habitantes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2015, a cidade possuía 293.417 eleitores em 2016, o que lhe garantiu 23 vereadores na Câmara Municipal.[4][5][6]
Em 2016, a cidade elegeu o seu 39º prefeito. Em 2012, Alceu Barbosa Velho foi eleito pelo Partido Democrático Trabalhista.[7] Mais recentemente, nas eleições gerais de 2014, o senador Aécio Neves (PSDB) recebeu 65,56% dos votos na eleição presidencial entre os eleitores caxienses, enquanto que José Ivo Sartori (PMDB), ex-prefeito de Caxias do Sul, obteve 72,08% na disputa pelo governo estadual.[8]
As convenções partidárias para a escolha dos candidatos ocorreram entre 20 de julho e 5 de agosto.[1]
Regras
editarNo decorrer do ano de 2015, o Congresso Nacional aprovou uma reforma política, que fez consideráveis alterações na legislação eleitoral. O período oficial das campanhas eleitorais foi reduzido para 45 dias, com início em 16 de agosto, o que configurou em uma diminuição pela metade do tempo vigente até 2012. O horário político também foi reduzido, passando de 45 para 35 dias, com início em 26 de agosto. As empresas passaram a ser proibidas de financiarem campanhas, o que só poderá ser feito por pessoas físicas.[9][10][11]
A Constituição estabeleceu uma série de requisitos para os candidatos a cargos públicos eletivos. Entre eles está a idade mínima de 21 anos para candidatos ao Executivo e 18 anos ao Legislativo, nacionalidade brasileira, pleno exercício dos direitos políticos, pelo menos um ano de domicílio eleitoral na cidade onde pretende candidatar-se, alfabetização e filiação partidária até o dia 2 de abril de 2016.[12][13]
Candidatos
editarCandidato a prefeito | Candidato a vice | Número eleitoral |
Coligação | Ref. | |
---|---|---|---|---|---|
Edson Nespolo (PDT) |
Antônio Roque Feldmann (PDT) |
12 | "Caxias para todos" PDT, PMDB, PSB, DEM, PSD, PSDB, PSC, PT do B, PPS, SD, PTC, PRP, PMN, PHS, PPL, PROS, PTN, PV, PP, PTB e PSDC |
[1] | |
Pepe Vargas (PT) |
Jerônimo Dani (PT) |
13 | Sem coligação | [2] | |
Daniel Guerra (PRB) |
Ricardo Fabris de Abreu (PRB) |
10 | "Caxias, força e coragem!" PRB, PR e PEN |
[3] | |
Assis Melo (PC do B) |
Paulo Freitas (PC do B) |
65 | Sem coligação | [4] | |
Francisco Corrêa (PSOL) |
Paulo de Souza (PSOL) |
50 | Sem coligação | [5] | |
Vitor Hugo Gomes (REDE) |
Jaqueline Valim de Lima (REDE) |
18 | Sem coligação | [6] |
Câmara Municipal dos Vereadores eleita em 2016
editarCandidato(a) | Partido | Votação | |
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Porcentagem | Total | ||
Neri - O Carteiro | SD | 2,79% | 6.229 |
Paula Ioris | PSDB | 2,60% | 5.823 |
Adiló Didomenico | PTB | 2,45% | 5.481 |
Gladis Frizzo | PMDB | 1,78% | 3.975 |
Edson da Rosa | PMDB | 1,62% | 3.615 |
Rafael Bueno | PDT | 1,58% | 3.532 |
Denise Pessôa | PT | 1,48% | 3.312 |
Velocino Uez | PDT | 1,41% | 3.145 |
Chico Guerra | PRB | 1,40% | 3.133 |
Elói Frizzo | PSB | 1,22% | 2.718 |
Renato Oliveira | PCdoB | 1,08% | 2.425 |
Elisandro Fiuza | PRB | 1,08% | 2.419 |
Bandeira | PP | 1,08% | 2.418 |
Prof. Perico | PMDB | 1,02% | 2.288 |
Felipe Gremelmaier | PMDB | 1,00% | 2.229 |
Rodrigo Beltrão | PT | 0,99% | 2.218 |
Alceu Thomé | PTB | 0,95% | 2.121 |
Edicarlos | PSB | 0,89% | 1.998 |
Kiko Girardi | PSD | 0,89% | 1.985 |
Flavio Cassina | PTB | 0,88% | 1.973 |
Ricardo Daneluz | PDT | 0,86% | 1.919 |
Alberto Meneguzzi | PSB | 0,83% | 1.850 |
Gustavo Toigo | PDT | 0,80% | 1.790 |
Cassação de Daniel Guerra
editarEm 22 de dezembro de 2019, Daniel Guerra foi afastado do cargo pela Câmara de Vereadores de Caxias do Sul por 3 irregularidades político-administrativas: o fechamento do Pronto-Atendimento 24 Horas para reformas (sem o consensimento do Conselho Municipal), a proibição da Parada Livre e também da bênção pública de Natal dos frades capuchinhos (ambas seriam realizadas na Praça Dante Alighieri)[14][15][16]. As acusações foram feitas pelo próprio ex-vice-prefeito, Ricardo Fabris de Abreu. 18 vereadores foram a favor do impeachment do prefeito, 4 votaram contra e houve ainda uma abstenção.
Flavio Cassina (PTB), presidente da Câmara Municipal, assume interinamente a prefeitura e, após a confirmação da cassação de Daniel Guerra, convocará uma eleição indireta para completar o mandato que duraria até 2020.
Ver também
editarReferências
- ↑ a b «Eleições 2016: datas e regras». G1. 5 de janeiro de 2016. Consultado em 25 de junho de 2016
- ↑ «Calendário eleitoral 2016». TSE. 26 de novembro de 2015. Consultado em 18 de julho de 2016
- ↑ «Rio Grande do Sul». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 4 de agosto de 2016
- ↑ [hhttp://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=4305108&search=rio-grande-do-sul-caxias-do-sul «Rio Grande do Sul » Caxias do Sul»]. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 4 de agosto de 2016
- ↑ «Eleitorado apto». Tribunal Eleitoral Regional. Consultado em 4 de agosto de 2016[ligação inativa]
- ↑ «Parlamentares». Câmara de Vereadores de Caxias do Sul. Consultado em 4 de agosto de 2016
- ↑ «Alceu Barbosa Velho (PDT) é eleito prefeito em Caxias do Sul, RS». G1. Consultado em 17 de setembro de 2016
- ↑ «Divulgação 2014 - 2º turno». Tribunal Regional Eleitoral. Consultado em 4 de agosto de 2016. Arquivado do original em 2 de outubro de 2016
- ↑ Noelle Oliveira e Amanda Cieglinski (19 de julho de 2016). «Menos tempo e dinheiro limitado: conheça regras das eleições municipais de 2016». Empresa Brasil de Comunicação. Consultado em 4 de agosto de 2016
- ↑ «Conheça as novas regras das Eleições Municipais de 2016». Tribunal Superior Eleitoral. 5 de janeiro de 2016. Consultado em 4 de agosto de 2016
- ↑ Cleidi Pereira e Débora Ely (2 de novembro de 2015). «Candidatos a prefeito estreiam campanha menor e mais barata». Zero Hora. Consultado em 4 de agosto de 2016
- ↑ Lúcio Costa. «O que é necessário para ser candidato a vereador ou vereadora?». Costa Advogados. Consultado em 4 de agosto de 2016
- ↑ «Eleições 2016: confira as datas e principais regras». Zero Hora. 26 de julho de 2016. Consultado em 4 de agosto de 2016
- ↑ Cláudia Alessi (22 de dezembro de 2019). «Prefeito Daniel Guerra é afastado após votação de impeachment na Câmara de Caxias do Sul». G1 Rio Grande do Sul. Consultado em 22 de dezembro de 2019
- ↑ «Prefeito de Caxias do Sul, Daniel Guerra, sofre impeachment». Rádio Guaíba. 22 de dezembro de 2019. Consultado em 22 de dezembro de 2019
- ↑ Celso Sgorla (22 de dezembro de 2019). «Prefeito de Caxias do Sul tem mandato cassado». Correio do Povo. Consultado em 22 de dezembro de 2019