Eloísio Alexsandro da Silva
Eloísio Alexsandro da Silva (Tarumirim, 1970) é um médico brasileiro especializado em urologia. Tornou-se conhecido no Brasil por atuar em cirurgias de redesignação sexual em transexuais.[1] É membro e diretor sul-americano da World Professional Association for Transgender Health (WPATH)[3] e editor da revista Urologia Contemporânea.
Nascimento | 1970 Tarumirim Minas Gerais[1] |
Morte | |
Residência | Brasil |
Nacionalidade | Brasileiro |
Alma mater | Universidade Federal do Espírito Santo[1][2] |
Campo(s) | Medicina |
Atua ainda como professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e da Universidade Gama Filho.[2]
Carreira
editarFormação e atuação
editarFormado em medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo, o médico se especializou urologia pediátrica e cirurgia reconstrutora genital nos Estados Unidos, Espanha e Bélgica.[1][2] É também doutor em medicina (urologia) pela Universidade Federal de São Paulo (2001).[2]
Além de trabalhar no Hospital Universitário Pedro Ernesto e na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, mantém um consultório privado. Uma vez por ano, ele se junta à organização Médicos sem Fronteiras, na qual opera crianças com anomalias genitais.[1][2] A ênfase de seu trabalho é na cirurgia reconstrutora urogenital em crianças, adolescentes e adultos.[2]
Em 2003, Alexsandro Silva fez sua primeira cirurgia de transgenitalização (popularmente conhecida como «mudança de sexo») no Hospital Universitário Pedro Ernesto, onde já atuava como urologista.[1] No mesmo ano, decidiu montar o Grupo de Atenção Integral à Saúde das Pessoas que Vivenciam a Transexualidade – GEN, o qual, desde sua criação, já operou oitenta pacientes e tem uma fila de espera em média de dois anos.[1]
Em 29 de maio de 2013 foi feita pela deputada Inês Pandelo uma menção honrosa a seu trabalho na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), da qual se ressalta o trecho:
- «Em março de 2003, Alexsandro montou no Hospital Pedro Ernesto o Grupo de Atenção Integral à Saúde das Pessoas que Vivenciam a Transexualidade, conhecido pela sigla GEN. Desde a sua criação, o GEN atende pessoas das mais diversas idades e profissões. A fila de espera é, em média, de dois anos e inclui transexuais de todo o Brasil. Graças à parceria com a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, alcançada pelo médico, as pacientes, com o laudo da operação, levam de quatro a cinco meses para terem seus novos registros em mãos, completando, assim, o processo de transexualização.»[2]
Como autor, publicou também o livro Transexualidade: Princípios de Atenção Integral à Saúde, pela Santos Editora.[4]
Reconhecimento
editarNo campo das pesquisas, sua técnica de vulvoplastia (um procedimento que refina a parte interna do assoalho da vulva) foi premiada e reconhecida pela International Society for Sexual Medicine. Outro trabalho seu premiado foi o de reaproveitamento de tecidos do pênis de transexuais (que, em geral, seriam jogados fora) em pacientes mutilados recentemente.[1]
Referências
- ↑ a b c d e f g h Clara Becker (Abril de 2010). «Como mudar de sexo» (PDF). Revista Piauí. Consultado em 27 de maio de 2013
- ↑ a b c d e f g Dep. Inês Pandelo (2013). «Ementa: de aplausos, louvor e congratulações ao doutor e professor Eloísio Alexsandro da Silva». Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Consultado em 22 de março de 2014
- ↑ Adm. do portal (2013). «Membership Committee». The World Professional Association for Transgender Health. Consultado em 27 de maio de 2013
- ↑ Adm. do portal (2012). «Descrição de livro». Grupo Editorial Nacional Participações S.A. Consultado em 27 de maio de 2013