Emília Pomar de Sousa Machado
Emília Pomar de Sousa Machado (1 de julho de 1857, Cacilhas, Almada - 15 de novembro de 1944, Cacilhas, Almada) foi uma escritora e poetisa portuguesa que pertenceu ao movimento espiritista. Era tia-avó do pintor Júlio Pomar.
Emília Pomar de Sousa Machado Emília Adelaide Pomar | |
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Retrato de Emília Pomar de Sousa Machado
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Nascimento | 1 de julho de 1857 Cacilhas, Almada |
Morte | 15 de novembro de 1944 Cacilhas, Almada |
Nacionalidade | Portuguesa |
Ocupação | escritora, poetisa |
Biografia
editarNascida a 1 de julho de 1857 na freguesia de Cacilhas, em Almada, e baptizada Emília Adelaide Pomar, era filha de Francisco José Pomar,[1] comerciante galego que se instalara em Almada com um dos maiores armazéns de azeitonas e azeite na localidade, e de Maria do Carmo, natural de Corroios, Seixal, sendo a única filha dos quatro filhos do casal. Apreciadora de ópera, desde pequena idade frequentava o Teatro Nacional de São Carlos com o seu pai, atravessando o rio Tejo. Era versada em italiano, francês, inglês, espanhol, latim e tocava piano.[2]
A 2 de dezembro de 1876 casou com José Severo de Sousa Machado (1854-1918),[3] natural de Lisboa e comandante da marinha mercante, com o qual teve um filho, Francisco Pomar de Sousa Machado (1877-1940), comandante e sócio da Empresa Fluvial de Cacilhas que realizava a travessia do Tejo.
Foi autora de vários poemas, tais como a obra poética As Pecadoras - Versos inspirados pela «Luz de Alva» dedicados ao espirito de Martha (1923), publicada pelo Centro Espírita de Braga,[4][5] ou o poema Ignota Almada, no qual relatava e homenageava a resistência dos almadenses contra as tropas castelhanas, durante a Batalha Naval do Rio Tejo em 1384, sendo posteriormente musicado por Leonel Duarte Ferreira (1894-1959). Traduziu o romance Le Crime de Jean Malory de Ernest Daudet, que foi impresso no jornal O Sul do Tejo em 1885, sob o título O crime do João Malory, e colaborou com diversos períodicos ou revistas literárias, como A Lyra, O Domingo - Semanário Republicano Radical, O Espírita, O Portimonense[6] ou O Eborense.[7]
Espíritista, durante mais de 30 anos foi colaboradora da revista espírita Luz e Caridade[8] e concorreu aos Jogos Florais Espiritualistas de 1940, realizados pelo Centro Espírita Luz e Amor, recebendo o 1º Prémio com o poema Outra vez na Terra.
Faleceu com 87 anos de idade a 15 de novembro de 1944, em Cacilhas.
Obra Literária
editar- As Pecadoras - Versos inspirados pela «Luz de Alva» dedicados ao espirito de Martha (1923, Luz e Caridade, Braga)
Homenagens e Legado
editarNa toponímia local, foi homenageada com a atribuíção do nome de uma rua em Cacilhas, sua terra natal.
Lista de Referências
editar- ↑ «Registo de baptismo de Emília Pomar de Sousa Machado»
- ↑ Granadeiro, Rui (26 de maio de 2020). «Almada virtual: Emilia Pomar de Sousa Machado (1857-1944)». Almada virtual. Consultado em 10 de junho de 2024
- ↑ «PT-ADSTB-JUD-TJCALM-1-002-00140_m0001.tif - Inventário facultativo - Arquivo Distrital de Setúbal - DigitArq». digitarq.adstb.arquivos.pt. Consultado em 10 de junho de 2024
- ↑ Anais das bibliotecas e arquivos de Portugal. [S.l.]: Impr. da Universidade. 1924
- ↑ Revista literária. [S.l.: s.n.] 1924
- ↑ Mesquita, José Carlos Vilhena (1989). História da imprensa do Algarve. [S.l.]: Comissão de Coordenação da Região do Algarve, em colaboração com a Direcção-Geral da Comunicação Social
- ↑ Monte, Gil do (1978). O jornalismo Eborense (1846-1976). [S.l.]: Gráfica Eborense
- ↑ «"Quem Foi Quem na Toponímia de Almada?"». Ruas com história. 17 de junho de 2018. Consultado em 10 de junho de 2024