Erliquiose monocítica humana

Erliquiose monocítica humana[1] (HME) é uma forma de erliquiose associada à Ehrlichia chaffeensis.[2]

Erliquiose monocítica humana
Erliquiose monocítica humana
Ehrlichia chaffeensis
Especialidade infecciologia
Classificação e recursos externos
CID-9 082.41
DiseasesDB 31131
MedlinePlus 001381
eMedicine med/3391
MeSH D016873
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A bactéria é um parasita intracelular obrigatório, afetando monócitos e macrófagos.

Ecologia e epidemiologia

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Nos Estados Unidos, HME ocorre através do centro-sul, sudeste, e estados da costa leste, regiões onde o cariacu (Odocoileus virginianus) e Amblyomma americanum ocorrem.

HME ocorre na Califórnia, em Ixodes pacificus e Dermacentor variabilis.[3]

Cerca de 600 casos foram reportados ao CDC em 2006. Em 2001-2002, a incidência foi maior no Missouri, Tennessee e Oklahoma, principalmente em idosos com mais de 60 anos.[4]

Sintomas

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Os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça, mal-estar e dor muscular (mialgia). Comparada com a erliquiose granulócita humana, erupções cutâneas são mais comuns.[5] Anormalidades laboratoriais incluem trombocitopenia e leucopenia.

A gravidade da doença varia desde assintomática até causar o risco de vida. Septicemia pode ocorrer em pacientes imunodeprimidos.[6]

Diagnóstico

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A exposição ao carrapato geralmente é negligenciada. Para pacientes em que passam muito tempo expostos em regiões com alta incidência da doença, é necessário uma maior desconfiança.

A detecção da Ehrlichia pode não ocorrer em período agudo. PCR é a ferramenta mais adequada para se fazder o diagnóstico.[7]

Tratamento

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Se há suspeita de erliquiose, o tratamento não pode ser adiado enquanto se espera uma confirmação laboratorial, e uma terapia com doxiciclina deve ser associada para se melhorar o prognóstico.[8]

O tratamento durante início da gravidez é problemático.[9]

Rifampicina tem sido usado durante a gravidez em pacientes alérgicos à doxiciclina.[10]

Ver também

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Referências

  1. Rapini, Ronald P.; Bolognia, Jean L.; Jorizzo, Joseph L. (2007). Dermatology: 2-Volume Set. St. Louis: Mosby. 1130 páginas. ISBN 1-4160-2999-0 
  2. Schutze GE, Buckingham SC, Marshall GS, et al. (junho de 2007). «Human monocytic ehrlichiosis in children». Pediatr. Infect. Dis. J. 26 (6): 475–9. PMID 17529862. doi:10.1097/INF.0b013e318042b66c 
  3. Holden K, Boothby JT, Anand S, Massung RF (julho de 2003). «Detection of Borrelia burgdorferi, Ehrlichia chaffeensis, and Anaplasma phagocytophilum in ticks (Acari: Ixodidae) from a coastal region of California». J. Med. Entomol. 40 (4): 534–9. PMID 14680123. doi:10.1603/0022-2585-40.4.534 
  4. CDC Ehrlichiosis statistics
  5. Dumler JS, Choi KS, Garcia-Garcia JC, et al. (dezembro de 2005). «Human granulocytic anaplasmosis and Anaplasma phagocytophilum». Emerging Infectious Diseases. 11 (12): 1828–34. PMID 16485466 
  6. Paddock CD, Folk SM, Shore GM, et al. (novembro de 2001). «Infections with Ehrlichia chaffeensis and Ehrlichia ewingii in persons coinfected with human immunodeficiency virus». Clinical Infectious Diseases. 33 (9): 1586–94. PMID 11568857. doi:10.1086/323981 
  7. Prince LK, Shah AA, Martinez LJ, Moran KA (agosto de 2007). «Ehrlichiosis: making the diagnosis in the acute setting». Southern Medical Journal. 100 (8): 825–8. PMID 17713310 
  8. Hamburg BJ, Storch GA, Micek ST, Kollef MH (março de 2008). «The importance of early treatment with doxycycline in human ehrlichiosis». Medicine. 87 (2): 53–60. PMID 18344803. doi:10.1097/MD.0b013e318168da1d 
  9. Muffly T, McCormick TC, Cook C, Wall J (2008). «Human granulocytic ehrlichiosis complicating early pregnancy». Infect Dis Obstet Gynecol. 2008. 359172 páginas. PMC 2396214 . PMID 18509484. doi:10.1155/2008/359172 
  10. Krause PJ, Corrow CL, Bakken JS (setembro de 2003). «Successful treatment of human granulocytic ehrlichiosis in children using rifampin». Pediatrics. 112 (3 Pt 1): e252–3. PMID 12949322. doi:10.1542/peds.112.3.e252