Ernesto Lara Filho
Ernesto Pires Barreto de Lara Filho (Benguela, 2 de novembro de 1932 — Huambo, 7 de fevereiro de 1977) foi um jornalista, poeta e regente agrícola angolano.
Ernesto Lara Filho | |
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Nome completo | Ernesto Pires Barreto de Lara Filho |
Nascimento | 2 de novembro de 1932 Benguela, Angola |
Morte | 7 de fevereiro de 1977 (44 anos) Huambo, Angola |
Nacionalidade | Angolana |
Ocupação | Jornalista, poeta e regente agrícola |
Principais trabalhos | O Canto do Martrindinde (1963) |
Biografia
editarNasceu em Benguela, em 1932, onde fez os estudos primários e secundários. Era irmão da poetisa Alda Lara e primo do ex-presidente angolano Lúcio Lara. Na Escola Nacional de Coimbra concluiu em 1952 o curso de regente agrícola.[1]
Mantinha certa fama de boémio com seus colegas Paulo Teixeira Jorge e Urbano Frestas, realizando muitos eventos para os estudantes, mantendo forte ligação com o setor cultural africano de Lisboa.[2]
Em Luanda, exerce o jornalismo, em paralelo com a sua função de quadro especializado dos Serviços de Agricultura e Florestas de Angola. Entre finais da década de 1950 e a primeira metade dos anos 1960, assinou crónicas e reportagens na imprensa portuguesa.[3]
Aproximou-se do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) em 1960. Chegou a colaborar financeiramente para a realização dos ataques à Luanda em fevereiro de 1961, a ação que deu início à Guerra de Independência de Angola.[4]
Morreu no Huambo a 7 de fevereiro de 1977 num acidente de viação, com apenas quarenta e cinco anos.
Obras
editar- Picada de Marimbondo (1961);
- O Canto do Martrindinde (1963);
- Seripipi na Gaiola (1970).
Referências
- ↑ «Biografia de Ernesto Lara Filho». Lusofonia Poética. Consultado em 1 de junho de 2017
- ↑ «Morreu Paulo Teixeira Jorge» (PDF). Mwangolé - Jornal Mensal de Actualidade Angolana. Junho de 2010. p. 4
- ↑ Mestre, David (março de 1983). «Ernesto Lara Filho : da poesia e do seu autor». Fundação Calouste Gulbenkian. Colóquio/Letras (72): 58-62
- ↑ Domingos Cazuza (4 de fevereiro de 2014). «Roupa e catanas foram financiadas por Ernesto Lara Filho». Novo Jornal