Escrita caiti
Caiti (कैथी, Kaithi),[1] também chamada "Kayathi" ou "Kayasthi", é uma histórica escrita abugida que foi muito usada no noroeste da Índia, em Oude e em Biar, para escrever as línguas angika, awhadi, boiapuri, magaí, maitili e urdu. Seu uso ocorreu entre os séculos XVI e XX com objetivos legislativos, administrativo e de registros pessoais[2].
Caiti | ||
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Falado(a) em: | Índia | |
Região: | Awadh, Biar | |
Total de falantes: | extinta meados século XX | |
Família: | Indo-europeia Caiti | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | --
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ISO 639-2: | ---
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Etimologia
editarO nome da escrita caiti se originou de Caiasta, um grupo social da Índia tradicionalmente constituído por escribas [3]. Essa comunidade tinha uma relação muito próxima com as cortes dos principles e como governo colonial britânico do norte da Índia. Seu trabalho era de escrever e guardar registros de transações diversas,, títulos, documentos legais, correspondência em geral, procedimentos nas cortes reais, etc. A escrita recebeu tal nome por ser usada por esses escribas, pois assim como a escrita brami fora desenvolvida pelos brâmanes, a caiti foi criada pelos caiastas.
História
editarDocumentos escritos em caiti datam desde o século XVI. Foi usada durante o período do Império Mogol. Nos anos 1880, a Índia Britânica oficializou a escrita para cortes de justiça em Biar. Mesmo sendo então, a escrita caiti muito mais usada em algumas áreas do que a Nagari, ela foi perdendo prestígio para essa última como escrita oficialmente escrita.
Unicode
editarEm setembro de 2009, a escrita caiti foi incluída no Padrão Unicode - release of version 5.2. Seu Bloco Unicode é U+11080–U+110CF.
Referências
- ↑ Sampaio 2009, p. 110.
- ↑ King, Christopher R. 1995. One Language, Two Scripts: The Hindi Movement in Nineteenth Century North India. New York: Oxford University Press.
- ↑ Grierson, George A. 1899. A Handbook to the Kaithi Character. Calcutta: Thacker, Spink & Co.
Bibliografia
editar- Sampaio, Adovaldo Fernandes (2009). Letras e Memória – Uma Breve História da Escrita. São Paulo: Ateliê Editorial