Escuna Dona Januária
A Brigue Escuna Dona Januária foi um navio de guerra do tipo escuna construída pela marinha portuguesa em 1820 que depois passou a pertencer a Armada Imperial na Guerra da Independência do Brasil participando de algumas batalhas.
Dona Januária | |
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Escuna Januária | |
Operador | Armada Imperial Brasileira |
Fabricante | Pará |
Homônimo | Januária de Bragança irmã do imperador D. Pedro II |
Lançamento | 1820 |
Descomissionamento | 1845 |
Comandante(s) | Francisco Borges |
Características gerais | |
Tipo de navio | Escuna |
Deslocamento | 200 t (441 000 lb) |
Comprimento | 24,08 m (79,0 ft) |
Boca | 7,01 m (23,0 ft) |
Pontal | 2,43 m (7,97 ft) |
Propulsão | Velas |
Armamento | 14 canhões |
Tripulação | 79 homens |
História
editarA brigue foi construída na província do Grão-Pará em 1820. Após sua aquisição o navio recebeu o nome de Dona Januária em homenagem a irmã de D. Pedro II, Januária de Bragança.[1]
Guerra da Cisplatina
editarNo ano de 1825 no contexto da Guerra da Cisplatina, o Império iniciou um bloqueio aos portos de Buenos Aires[1] para impedir qualquer tipo de circulação e comercialização na região, uma vez que tropas das Províncias Unidas do Rio da Prata saíram de Buenos Aires para o outro lado do Rio Uruguai apoiando a população local numa rebelião ao Império do Brasil. Neste Bloqueio participaram 3 Corvetas, 5 Brigues, 1 Brigue Escuna (Dona Januária), 1 Barca Canhoneira e 4 Escunas sob o comando do Almirante Rodrigo Ferreira Lobo.
No dia 21 de janeiro de 1826 em conjunto com a Corveta Maceió e outros navios veio em socorro a Barca Araçatuba, aprisionada pelos argentinos, não tendo êxito.[1] Ainda em 1826 no dia 9 de fevereiro ocorreu a primeira batalha entre as enquadras brasileira e argentina no episódio conhecido como Combate de Punta Colares. A batalha teve participações de vários navios brasileiros incluindo a Dona Januária. O resultado da batalha foi inconclusivo.[2][1] No ano seguinte a brigue foi tomada pelos argentinos (que a renomearam para Ocho de Febrero) quando fazia parte da 3.ª divisão da esquadra. Em 30 de maio de 1828, foi retomada no combate de Arregui pela Divisão comandada pelo Capitão-de-Fragata João das Botas, no qual se rendeu à escuna Bela Maria, do comando do 2º Tenente Joaquim Marques Lisboa, que foi, mais tarde, Almirante e Marques de Tamandaré.[1][3]
Após a Guerra da Cisplatina
editarEm 1830 foi redesignada como Patacho. Em 13 de maio de 1836, tomou parte no combate de Pedreiras, e em 23 de agosto, seguiu para a Ilha de Marajó, a fim de bater os 'cabanos' que ali estavam. Foi desarmada no Pará em 13 de junho de 1845.[1]
Referências
- ↑ a b c d e f «NGB - Brigue Escuna Dona Januária». www.naval.com.br. Consultado em 11 de novembro de 2018
- ↑ Borga 2010, p. 50.
- ↑ Frota, Guilherme de Andrea (2007). «O despertar» (PDF). Revista Navigator. Consultado em 25 de agosto de 2021
Bibliografia
editar- Borga, Ricardo Nunes (2010). QuestÕes Do Prata. [S.l.]: Clube de Autores