Esquerda e direita (umbanda)
Esquerda e direita, na umbanda, são dois conceitos relacionados ao campo de atuação de entidades em algumas religiões afro-brasileiras, notadamente na umbanda.[1]
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/20/Bandeira_da_Umbanda.jpg/220px-Bandeira_da_Umbanda.jpg)
Direita
editarAs entidades de direita são tradicionalmente associadas a figuras como os Caboclos, Pretos-Velhos, Baianos, Erês, Marinheiros, Ciganos e outros.[2]
A grosso modo, as entidades de direita trabalham com fatores irradiadores, enquanto as de esquerda atuam com fatores consumidores. Ou seja, as entidades de esquerda absorvem desequilíbrios, viciações, desvirtuamentos e negatividade, enquanto as de direita têm a função de reestruturar.[2]
Contudo, essas denominações não são absolutas, e existem linhas de trabalho que não se restringem a um ou outro lado. Por exemplo, os malandros, ciganos, boiadeiros e até alguns intermediários de Ogum podem ser considerados como entidades que se adaptam a ambas as polaridades, sendo vistas como uma espécie de "caminho do meio".[2]
Esquerda
editarA esquerda está mais associada a entidades como os Exus, Exus-Mirins e Pombajiras.[2]
A esquerda na umbanda possui características próprias e não pode ser classificada simplesmente como "maligna"[3]. Suas funções podem ser vistas dentro de uma perspectiva ética humana como próximas da maldade, mas a moralidade das entidades de esquerda é, na realidade, amoral, ou seja, elas não seguem as normas éticas que definem o que é "bom" ou "mau". Essas entidades atuam de maneira pragmática e direta, com foco no equilíbrio energético e espiritual do praticante.[2]
Complexidade e diversidade
editarMuitos praticantes de umbanda buscam entender melhor os conceitos de esquerda e direita, mas a explicação completa dessa dinâmica é complexa. Não se trata apenas de separar as entidades com base em sua natureza, mas sim de compreender suas funções e a maneira como interagem com os diferentes aspectos espirituais e energéticos dentro da religião. Este artigo pretende abordar de forma simplificada a atuação das entidades, utilizando exemplos das linhas de trabalho para ajudar na compreensão das suas respectivas funções e atuações dentro do contexto da umbanda.
Referências
- ↑ Federação de Umbanda e Candomblé do Estado de São Paulo (13 de março de 2014). «Por Que Falamos Esquerda na Umbanda». Consultado em 2 de novembro de 2018
- ↑ a b c d e Douglas Rainho (23 de outubro de 2013). «Os dois pilares na Umbanda: Esquerda e Direita.». Consultado em 2 de novembro de 2018
- ↑ Fernando Aparecido. Teologia Básica De Umbanda. [S.l.: s.n.] p. 13-19. Consultado em 30 de outubro de 2018