Estação Ferroviária de Termas de São Pedro do Sul

A Estação Ferroviária de Termas de São Pedro do Sul foi uma interface da Linha do Vouga, que servia a localidade e a estância termal de São Pedro do Sul, no Distrito de Viseu, em Portugal.

Termas de São Pedro do Sul
Administração: Infraestruturas de Portugal (norte)[1]
Linha(s): Linha do Vouga (PK 110+005)
Altitude: 205.7 m (a.n.m)
Coordenadas: 40°44′12.33″N × 8°5′21.28″W

(=+40.73676;−8.08924)

Mapa

(mais mapas: 40° 44′ 12,33″ N, 8° 05′ 21,28″ O; IGeoE)
Município: São Pedro do SulSão Pedro do Sul
Serviços: sem serviços
Encerramento: 1 de janeiro de 1990 (há 34 anos)
 Nota: Este artigo é sobre a estação que servia as termas. Para a estação que servia a vila, veja Estação Ferroviária de São Pedro do Sul.
 Nota: Se procura a estação do Metrô de Porto Alegre, no Brasil, veja Estação São Pedro. Se procura estação da Linha de Cascais, em Portugal, veja Estação Ferroviária de São Pedro do Estoril. Se procura a estação da Linha do Minho, em Portugal, veja Estação Ferroviária de São Pedro da Torre. Se procura a estação da extinta Estrada de Ferro Maricá, no Brasil, veja Estação São Pedro da Aldeia.

Descrição

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A superfície dos carris (plano de rolamento) da estação ferroviária de Termas de São Pedro do Sul ao PK 110+000 situava-se à altitude de 20 570 cm acima do nível médio das águas do mar.[2] O edifício de passageiros situava-se do lado nordeste da via (lado esquerdo do sentido ascendente, para Viseu).[3]

História

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Planeamento e inauguração

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Esta estação fazia parte do lanço entre Bodiosa e Vouzela, que abriu à exploração em 5 de Fevereiro de 1914,[4] pela Compagnie Française pour la Construction et Exploitation des Chemins de Fer à l'Étranger.[5]

Em 10 de Agosto de 1926, a Companhia Nacional de Caminhos de Ferro, em combinação com a Companhia do Vouga, organizou comboios rápidos de luxo de Santa Comba Dão, onde ligavam com os rápidos da Beira Alta, até às Termas de São Pedro do Sul, passando por Tondela, Viseu e São Pedro do Sul.[6]

 
Mapa da Rede do Vouga em 1944, incluindo a estação de Termas de São Pedro do Sul.

Transição para a CP

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Em 1 de Janeiro de 1947, a exploração da Linha do Vouga passou para a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[7]

A estação situava-se num ponto elevado, de difícil acesso para automóveis e peões,[8] pelo que o jornalista e escritor José da Guerra Maio defendeu, na década de 1950, uma alteração no traçado da Linha do Vouga, de forma a servir de forma melhor a estância termal, que naquela altura era uma das principais no país.[9] Propunha que, com uma larga curva e contra-curva, o local da estação podia ser mudado para o topo da Avenida ao longo do Rio Vouga, junto ao Palace Hotel.[9]

Este interface teve estatuto de estação até 1984,[10] tendo sido despromovido à categoria de apeadeiro no ano seguinte.[3]

Encerramento

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Em 2 de Janeiro de 1990, a empresa Caminhos de Ferro Portugueses encerrou o lanço entre Sernada do Vouga e Viseu.[11]

Ver também

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Referências

  1. Diretório da Rede 2025. I.P.: 2023.11.29
  2. Linha do Vale do Vouga. Companhia Portugueza para a Construção e Exploração de Caminhos de Ferro: s.l., s.d. (Mapa e tabela de distâncias e altitudes.)
  3. a b (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
  4. «Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e a sua extensão» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 69 (1652). 16 de Outubro de 1956. p. 528-530. Consultado em 11 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  5. TORRES, Carlos Manitto (16 de Março de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 71 (1686). p. 133-140. Consultado em 11 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  6. «Viagens e Transportes» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 39 (928). 16 de Agosto de 1926. p. 255. Consultado em 11 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  7. AGUILAR, Busquets de (1 de Junho de 1949). «A Evolução História dos Transportes Terrestres em Portugal» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 62 (1475). p. 383-393. Consultado em 11 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  8. MAIO, Guerra (1 de Março de 1956). «Anomalias Ferroviárias» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 68 (1637). p. 122-123. Consultado em 6 de Março de 2016 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  9. a b MAIO, Guerra (1 de Fevereiro de 1952). «A linha de Fátima e a rede alentejana» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 64 (1539). p. 473-474. Consultado em 11 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  10. Horário de Verão 1984 : Em vigor desde 3 de Junho de 1984. Caminhos de Ferro Portugueses / Fergráfica — Artes Gráficas lda: Lisboa, 1984. 64 p.
  11. «CP encerra nove troços ferroviários». Diário de Lisboa. Ano 69 (23150). Lisboa: Renascença Gráfica. 3 de Janeiro de 1990. p. 17. Consultado em 2 de Fevereiro de 2021 – via Casa Comum / Fundação Mário Soares 

Leitura recomendada

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  • SILVA, José; RIBEIRO, Manuel (2007). Os Comboios em Portugal. Volume III 1.ª ed. Lisboa: Terramar - Editores, Distribuidores e Livreiros, Lda. 203 páginas. ISBN 978-972-710-408-6 
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