Estêvão Ribeiro de Resende

político brasileiro
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 Nota: Se procura o presidente de Mato Grosso, veja Estêvão Ribeiro de Resende, barão de Lorena.

Estêvão Ribeiro de Resende,[1] primeiro barão com grandeza, conde e marquês de Valença, (Lagoa Dourada, 20 de julho de 1777Rio de Janeiro, 8 de setembro de 1856) foi um proprietário rural, desembargador e político brasileiro.

Estêvão Ribeiro de Resende
Marquês de Valença
Estêvão Ribeiro de Resende
Nascimento 20 de julho de 1777
  Fazenda Cachoeira, Prados, Lagoa Dourada, Minas Gerais, Brasil
Morte 8 de setembro de 1856 (79 anos)
  Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,  Brasil
Sepultado em Cemitério de São Francisco de Paula
Cônjuge Ilídia Mafalda de Sousa Queirós
Descendência Delfina Julia de Resende
Luis de Sousa Resende
Ilídia Mafalda de Resende
Estevão Ribeiro de Sousa Resende
Leopoldina de Resende
Amélia de Sousa Resende
Francisca de Resende
Pedro Ribeiro de Resende
Estevão de Sousa Resende
Severino de Resende
Elisa de Sousa Resende
Geraldo de Sousa Resende
Virgílio Ribeiro de Resende
Teófilo Ribeiro de Resende
Maria de Sousa Resende
Pai Severino Ribeiro
Mãe Josefa Maria de Jesus
Brasão

Biografia

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Quando muito jovem, partiu para Coimbra, onde se formou. Entre 1806 e 1808, serviu como juiz de fora, em Palmela, vila a sul de Lisboa. Com a ocupação da capital de Portugal, pelos franceses, aí permaneceu até 1810, quando retornou ao Brasil, sendo nomeado primeiro juiz de fora de São Paulo.

Em 1816 residia em Mogi Mirim, sendo recenseado como fazendeiro potentado, com vinte e sete escravos. Nesta ocasião adquiriu em Pontal, uma grande quantidade de terras, por compra que fez a José Fernandes Pena; tendo, posteriormente, a transmitido a Antônio Jacinto Nogueira. Foi também "Procurador de Defuntos e Ausentes", fiscal dos diamantes de Serro Frio, em 1816, ocasião que também exerceu o cargo de "Desembargador da Relação da Bahia". Em 1818, foi nomeado "Desembargador de Suplicação", e em 1824, "Desembargador do Paço", quando se aposentou. Em 1822, fez parte da comitiva do Príncipe Regente Dom Pedro, em sua visita a Minas Gerais, ocasião em que foi nomeado Secretário de Estado, pelo período e estadia do Príncipe naquela província. Foi deputado à Assembleia Constituinte, por Minas, em 1823; deputado geral, pela mesma província, em 1825; Ministro do Império, no terceiro gabinete de 10 de novembro de 1823; Ministro da Justiça, no sexto gabinete de 15 de janeiro de 1827; Senador por Minas, em 1826, tendo também sido eleito pela Província de São Paulo, no mesmo ano. Foi senador do Império do Brasil entre 1826 e 1856, tendo sido presidente do senado, em 1844; Conselheiro de Estado honorário, em 1827; Grande do Império; Cavaleiro Fidalgo; Grã Cruz da Imperial Ordem do Cruzeiro, Cavaleiro Professo da antiga Real Ordem de Cristo de Portugal; sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, em 1840.[2]

Genealogia

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  • Ascendência: O marquês era filho do Coronel Severino Ribeiro (de família lisboeta) e de Josefa Maria de Resende; neto paterno de Estêvão Ribeiro e de Leonarda Maria; neto materno de João de Resende Costa e de Helena Maria de Jesus, a “Terceira Ilhoa”.
  • Descendência: Casou-se com Ilídia Mafalda de Sousa Queirós, dama de honra da Imperatriz, filha do brigadeiro Luís Antônio de Sousa Queirós e de Genebra de Barros Leite. Engajou noivado quando Ilídia tinha apenas 7 anos de idade, por carta de procuração, contraindo matrimônio 7 anos depois.

De seu casamento com a marquesa, teve:

Teve, também, os filhos legitimados:

  • Estêvão Ribeiro de Resende, barão de Lorena e presidente de Mato Grosso (falecido em 1878);
  • Capitão Virgílio Ribeiro de Resende c.c. Mariana Policena de Assis Resende;
  • Conselheiro Teófilo Ribeiro de Resende c.c. Laura Cândida das Chagas de Resende
  • Delfina Henriqueta Júlia a 1ª vez c.c. o Coronel Francisco Antônio de Carvalho e a 2ª vez c.c Silvestre Antônio de Carvalho (2º casamento).
  • Josefina Augusta de Resende, que foi a 1ª mulher de Silvestre Antônio e Carvalho. Josefina morreu assassinada por um escravo, num domingo, enquanto seus familiares assistiam à missa no povoado.[3]

Títulos nobiliárquicos

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Tornou-se conselheiro honorário do Império em 1827. Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial, recebeu, por ocasião da coroação de Pedro II, em 18 de julho de 1841, a grã-cruz da Imperial Ordem de Cristo e da Imperial Ordem do Cruzeiro; , e cavaleiro da Ordem Militar de Cristo. Era Grande do Império.

Barão com grandeza, em 12 de outubro de 1825; conde, por decreto imperial de 10 de outubro de 1826; e marquês, este último concedido por carta de D. Pedro I do Brasil, em 29 de novembro de 1829.

Brasão de Armas

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Escudo ibérico partido:

  • o primeiro de blau com um leopardo rampante de argente, armado de jalde, e chefe do mesmo carregado de três estrelas de goles alinhadas - Armas de Damião Dias da Ribeira;
  • o segundo de jalde, com duas cabras de sable, gotadas do campo e passantes, uma sobre a outra - Armas dos Resendes. Coronel de marquês.
  • Timbre: o leopardo das armas, com uma estrela de goles na espádua; e por diferença, uma brica de blau com um lírio de jalde.(Brasão passado em 29 de Novembro de 1829.Reg.no Cartório da Nobreza,Liv.VI,fls.1).

Ver também

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Referências

  1. Pela grafia original, Estevao Ribeiro de Rezende.
  2. José Guimarães - As Três Ilhoas - Volume 3 - "Helena Maria de Jesus" , pag. 100 - Reprox Artes Gráficas - 1998.
  3. «Nobreza Brasileira de A a Z». Sfreinobreza. Arquivado do original em 8 de julho de 2007 

Precedido por
João Severiano Maciel da Costa
Ministro dos Negócios do Império do Brasil
e
Administrador do Rio de Janeiro

1824 — 1825
Sucedido por
Felisberto Caldeira Brant Pontes de Oliveira Horta
Precedido por
José Feliciano Fernandes Pinheiro
Ministro da Justiça do Brasil
1827
Sucedido por
Lúcio Soares Teixeira de Gouveia
Precedido por
Francisco Vilela Barbosa
Presidente do Senado do Império do Brasil
1841
Sucedido por
José da Costa Carvalho
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