Estrela binária de contacto
Em astronomia denomina-se binária de contacto a uma estrela binária cujas componentes estelares estão tão próximas que enchem seus lóbulos de Roche,[1] chegando a tocar-se ou a fundir-se de maneira que compartilham a sua capa exterior de gás.
Um sistema binário onde ambas as componentes compartilham as capas exteriores pode chamar-se "binária de sobrecontacto" (overcontact binary em inglês).[2][3] Praticamente todas as binárias de contacto são binárias eclipsantes;[4] as binárias eclipsantes de contacto são conhecidas como estrela variável W Ursae Majoris ou variáveis W Ursae Majoris, cujo arquétipo é a estrela de mesmo nome.[5]
Na seguinte tabela mostram-se algumas binárias de contacto ordenadas segundo a sua magnitude aparente máxima:
Nome | Tipo espectral da estrela principal |
Período orbital (dias) |
M2/M1* | Magnitude máxima |
Magnitud mínima |
---|---|---|---|---|---|
ε Coronae Australis | F2V | 0,5914 | 0,11 | 4,74 | 5,00 |
44 Boötis | G2V | 0,2678 | 0,56 | 5,80 | 6,40 |
V2388 Ophiuchi | F3V | 0,8023 | 0,29 | 6,25 | 6,55 |
S Antliae | A7V | 0,6483 | 0,87 | 6,40 | 6,92 |
HT Virginis | F8V | 0,4077 | 0,81 | 7,06 | 7,48 |
W Ursae Majoris | G2V | 0,3336 | 0,47 | 7,75 | 8,48 |
GR Virginis | F8V | 0,3470 | 0,12 | 7,80 | 8,25 |
AG Virginis | A8V | 0,6427 | 0,31 | 8,35 | 8,93 |
SV Centauri | B2 | 1,6581 | 0,84 | 8,71 | 9,98 |
XY Leonis | K2V | 0,2841 | 0,50 | 9,45 | 9,93 |
RZ Tauri | A8V | 0,4157 | 0,36 | 10,08 | 10,71 |
EF Draconis | F9V | 0,4240 | 0,16 | 10,48 | 10,82 |
* Relação fotométrica (ou espectroscópica quando não está disponível) entre as massas de ambas as componentes: Massas iguais = 1.
Fonte
editarVer também
editarReferências
- ↑ Contact binary Arquivado em 17 de agosto de 2010, no Wayback Machine., David Darling, The Internet Encyclopedia of Science.
- ↑ Overcontact binary Arquivado em 17 de outubro de 2011, no Wayback Machine., David Darling, The Internet Encyclopedia of Science.
- ↑ pp. 51–53, An Introduction to Astrophysical Fluid Dynamics, Michael J. Thompson, London: Imperial College Press, 2006. ISBN 1-86094-615-1.
- ↑ p. 231, Stellar Rotation, Jean Louis Tassoul, Andrew King, Douglas Lin, Stephen P. Maran, Jim Pringle, and Martin Ward, Cambridge, UK, New York: Cambridge University Press, 2000. ISBN 0-521-77218-4.
- ↑ p. 19, Double and Multiple Stars and how to Observe Them, James Mullaney, New York, London: Springer, 2005. ISBN 1-85233-751-6.