Ethel Rosenfeld
Ethel Rosenfeld (19 de outubro de 1945 no Rio de Janeiro) tornou-se conhecida por ter sido a primeira pessoa com deficiência visual a ser admitida no magistério público do então Estado da Guanabara, em 1973. Mais recentemente, notabilizou-se também pela campanha para a legalização da entrada cão-guia como acompanhante de cegos em espaços públicos e privados, o que resultou em mudanças na legislação e em influências no roteiro da América, exibida pela Rede Globo[1].
Ethel Rosenfeld | |
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Nascimento | 19 de outubro de 1945 Rio de Janeiro |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | professora |
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Rosenfeld é professora especialista em educação de pessoas com deficiência visual e ativista do movimento político das pessoas com deficiência desde 1971, quando se juntou ao Centro Operacional Pedro de Alcântara[2].
Concluiu o curso universitário de Letras em 1973. Trabalhou junto à Secretaria Municipal de Educação, Instituto Helena Antipoff, por 15 anos. Em 1987 foi transferida para a Secretaria Municipal de Saúde, Instituto Municipal de Medicina Física e Reabilitação Motora Oscar Clark, onde trabalhou por 12 anos. Foi convidada para trabalhar na Fundação Municipal Francisco de Paula, FUNLAR-Rio hoje, Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência. [3]
Esteve presente em manifestações e movimentos em favor das pessoas com deficiência [4], tendo participado de 1986 à 1989 do Grupo Nacional de Trabalho que elaborou os artigos que garantem os direitos das pessoas com deficiência nas Constituições Federal, Estadual e Lei Orgânica do Município do Rio de Janeiro.
Participou ainda em 1994 dos estudos e das redações da Política Nacional de Educação Especial e da Política Nacional de Reabilitação, trabalhos promovidos pela Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - CORDE, hoje Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Secretaria Nacional de Direitos Humanos (2010). [5]
Rosenfeld foi pioneira no uso de cão-guia de cegos no Rio de Janeiro. Em 1998 foi impedida de entrar no Theatro Municipal do Rio de Janeiro acompanhada de seu cão, o que a estimulou a defender a aprovação da lei federal nº 11.126 de 2005, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que autoriza a entrada e permanência de cegos acompanhados de cães-guias em ambientes públicos e privados de uso coletivo.[6]
Glória Perez baseou-se na vida de Roselfeld para criar personagens cegos e cenas da novela "América", da TV Globo, como a da expulsão de um personagem que utilizara cão-guia, gerando polêmicas e debate público na mídia sobre o tema [1][7].
Referências
- ↑ a b Linhares, Rosemary Maria (2008). «Contribuições da telenovela à inclusão social de alunos com deficiência: um estudo de caso a partir da recepção da telenovela América» (PDF). Universidade de Brasília, Faculdade de Educação Programa de Pós-Graduação Mestrado em Educação. Consultado em 1 de Maio de 2014
- ↑ Lanna Júnior e Mário Cléber Martins (Comp.) (2010). História do Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil (PDF). Brasília: Secretaria de Direitos Humanos. Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. pp. 443p
- ↑ http://www.revistareacao.com.br/website/Edicoes.php?e=87&c=875&d=0
- ↑ http://www.memorialdainclusao.sp.gov.br/br/home/mov1.shtml
- ↑ http://www.rollingrains.com/rio_2016/2014/02/ethel-rosenfeld-entrevista-da-historia-do-movimento-politico-das-pessoas-com-deficiencia-no-brasil.html
- ↑ http://america.globo.com/Novela/America/0,,AA1002676-4190,00.html
- ↑ http://noticias.universia.com.br/tempo-livre/noticia/2005/04/22/484540/inspiradora-personagens-cegos-da-novela-america-e-palestrante-da-semana-cientifica-da-puc-campinas.html
Ligações externas
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