Eu Sou Todos Nós
Eu Sou Todos Nós é o décimo terceiro álbum do cantor brasileiro Zé Ramalho, lançado em 1998, após mais dois anos sem álbuns de inéditas. A capa do álbum é uma colagem de várias fotos formando o rosto de Zé Ramalho, o que seria uma alusão ao título do álbum.
Eu Sou Todos Nós | |||||||
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Álbum de estúdio de Zé Ramalho | |||||||
Lançamento | 1998 | ||||||
Gravação | Studio Lagoa, julho/agosto de 1998 | ||||||
Gênero(s) | MPB | ||||||
Duração | 38:28 | ||||||
Idioma(s) | Português | ||||||
Formato(s) | CD | ||||||
Gravadora(s) | BMG | ||||||
Produção | Robertinho de Recife | ||||||
Cronologia de Zé Ramalho | |||||||
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É o sucessor da coletânea e sucesso de vendas Antologia Acústica. Segundo Zé, a gravadora BMG provavelmente preferiria algo como uma Antologia 2, mas a "sequência natural" para ele era um disco de inéditas. No contrato com a empresa, Zé conseguiu fechar um pacote que incluía este álbum, Nação Nordestina e Zé Ramalho Canta Raul Seixas - estes últimos com nomes já definidos àquela altura.[1] Vendeu mais de 100 mil cópias em um mês[2] e havia chegado à marca de 190 mil cópias em abril do ano seguinte.[3]
Informações das faixas
editar"Beira-Mar – Capítulo Final" é a conclusão de uma trilogia iniciada em "Beira-Mar" (do disco Zé Ramalho 2 (1979)) e continuada em "Beira-Mar – Capítulo II" (do A Força Verde (1982)).[4][5]
"Sem Terra" é uma canção de protesto. Ao comentá-la, Zé afirmou: "Hoje é fora de moda, mas, se eu fizesse no tempo dos militares seria preso e torturado até a alma. Usei a estrutura da canção de protesto, dos festivais. É um diálogo com 'Caminhando', de Geraldo Vandré."[1]
"Agônico - O Canto" é uma versão com letra de um instrumental de nome "Agônico" (assim batizado por Jorge Mautner) que figurou no segundo disco de Zé, Zé Ramalho 2 (1979).[4][5]
Faixas
editarTodas as músicas compostas por Zé Ramalho, exceto onde especificado.
N.º | Título | Duração | |
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1. | "Falido transalântico" (Marcus Vinícius) | 3:01 | |
2. | "Metrópolis dourada" | 2:38 | |
3. | "Companheira de alta luz" (Zé Ramalho, Fausto Nilo) | 4:23 | |
4. | "Beira-mar - capítulo final" (com Naná Tribuzy) | 4:23 | |
5. | "Errare humanum est" (Jorge Ben Jor) | 3:49 | |
6. | "Litúrgica" | 1:39 | |
7. | "Vermelhos" | 3:16 | |
8. | "A peleja de Zé Limeira no final do segundo milênio" | 3:01 | |
9. | "Sem Terra" | 2:59 | |
10. | "Martelo rap ecológico" | 3:27 | |
11. | "Agônico – o canto" | 2:15 | |
12. | "Das maravilhas" | 3:37 |
Músicos
editar- Zé Ramalho - Vocais em todas as faixas, arranjos em todas as faixas (exceto 10 e 12), viola em todas as faixas (exceto 12), gaita na faixa 2
- Robertinho de Recife - Guitarra nas faixas 1, 2, 3, 5, 12, arranjos nas faixas 4, 8, sítara na faixa 8
- Chico Guedes - Baixo elétrico nas faixas 1, 3, 5, 8
- Paulo César Barros - Baixo elétrico nas faixas 2, 4, 7, 9
- Luiz Antônio - Teclado em todas as faixas (exceto 9), arranjos nas faixas 1, 4, 7, 10, 12
- Gustavo Schröeter - Bateria nas faixas 3, 5, 8
- Renato Massa - Bateria nas faixas 1, 2, 4, 7, 9
- Zé Gomes - Percussão nas faixas 4, 5, 7, 8, 9, zabumba nas faixas 3, 8, 9, 10
- João Firmino - Zabumba nas faixas 2, 4, 7, 9, percussão nas faixas 5, 8
- Waldonys - Acordeão nas faixas 2, 9, 10
- Dominguinhos - Acordeão nas faixas 4, 7
- César Micheles - Flauta nas faixas 4, 9
- Roberta Little - Coral nas faixas 1, 3, 7, 8
- Fábio Mondego - Coral nas faixas 1, 3, 8
- Lúcia Perez - Coral nas faixas 1, 3, 7, 8
- Naná Tribuzy - Coral nas faixas 1, 3, 7, 8
- Tadeu Mathias - Coral nas faixas 1, 3, 7, 8
- Geraldo Amaral - Coral nas faixas 1, 3, 7, 8
Referências
editar- ↑ a b Sanches, Pedro Alexandre (30 de outubro de 1998). «Zé Ramalho volta em inéditas». Folha de S.Paulo. Grupo Folha. Consultado em 30 de Março de 2017
- ↑ Textos sobre o álbum no site oficial de Zé Ramalho
- ↑ Sanches, Pedro Alexandre (17 de abril de 1999). «Zé Ramalho faz show com inéditas». Folha de S.Paulo. Grupo Folha. Consultado em 30 de Março de 2017
- ↑ a b «A Peleja do Diabo com o Dono do Céu». Enciclopédia Itaú Cultural. Itaú Cultural. 26 de dezembro de 2016. Consultado em 26 de janeiro de 2021
- ↑ a b Luciano, Aderaldo (13 de agosto de 2014). «35 anos de A Peleja Do Diabo Com O Dono Do Céu». GGN. Consultado em 26 de janeiro de 2021