Evangelho de Barnabé

 Nota: Não confundir com Epístola de Barnabé e Atos de Barnabé

O Evangelho de Barnabé é um livro representando a vida de Jesus e que alega ser de autoria de Barnabé, que neste escrito é um dos doze apóstolos.

Este evangelho é apócrifo, pois não existe nenhuma referência a ele nos escritos cristãos dos quatro primeiros séculos. Clemente de Alexandria, que cita uma passagem atribuída a Barnabé, porém, cometeu um erro, e a passagem que ele cita é de uma epístola de Clemente Romano aos coríntios. Segundo Jeremiah Jones, o evangelho de Barnabé é uma falsificação islâmica.[1]

De acordo com John Bruno Hare, editor do site "Sacred Texts", este é um evangelho apócrifo, e que contém várias passagens em desacordo com a Bíblia. A característica única deste evangelho dentre os demais apócrifos é que este evangelho é "muçulmano", ou seja, ele apresenta Jesus como um profeta humano, e não como o filho de Deus, e como um predecessor de Maomé. Segundo estudiosos ocidentais, este evangelho é uma falsificação feita no século XIV. Atualmente, este evangelho tem sido usado por muçulmanos como uma fonte autêntica e acurada dos eventos da vida de Jesus. Estes textos são baseados na tradução dos Raggs.[2]

Este evangelho é considerado por alguns especialistas acadêmicos, incluindo cristãos e muçulmanos (tais como Abbas el-Akkad), como antigo e pseudoepígrafo;[3] porém, alguns acadêmicos sugerem que ele contém resquícios de livros apócrifos (possivelmente gnósticos,[4] ebionitas[5] ou o "Diatessarão"[6]). De acordo com Reem Kanaan, o evangelho foi encontrado em 1478, e cita quatorze vezes o nome de Maomé.[7]

Referências

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  1. Jeremiah Jones, A new and full method of settling the canonical authority of the New Testament. To which is subjoined A vindication of the former part of st. Matthew's Gospel (1827), Chap. VIII., N. VI. The Gospel of Barnabas, p.144ss [em linha]
  2. John Bruno Hare, The Gospel of Barnabas, tr. Lonsdale Ragg e Laura Ragg (1907), Index [em linha]
  3. Joosten, Jan (2002). «The Gospel of Barnabas and the Diatessaron». Harvard Theological Review. 95 (1): 73–96 
  4. Ragg, L & L (1907). The Gospel of Barnabas. [S.l.]: Oxford. xiv. ISBN 1-881316-15-7 
  5. Cirillo, Luigi; Fremaux, Michel (1977). Évangile de Barnabé. [S.l.]: Beauchesne. 202 páginas 
  6. Joosten, Jan (2002). «The Gospel of Barnabas and the Diatessaron». Harvard Theological Review. 95 (1): 73–96 
  7. Reem Kanaan, How to understand Islamic Bioethics and Philosophy, Evolution Islamic Perception, p.208 [em linha]