Exército Sírio

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O Exército Sírio, oficialmente chamado de Exército Árabe Sírio, é o componente terrestre das Forças Armadas da Síria. É o maior e mais importante braço do serviço militar sírio, controlando boa parte dos postos de alto escalão do Comando e tem o maior número de combatentes em serviço, com aproximadamente 80% de todos os militares do país. O Exército Sírio foi fundado pelos franceses depois da Primeira Guerra Mundial, quando estes ganharam o controle da região após o conflito.[4]

Exército Sírio

A bandeira do exército.
País Síria Síria
Corporação Forças Armadas da Síria
Subordinação Partido Baath Sírio  Rendição (militar)
Missão Força Terrestre
Criação 1946
Extinção 2024
História
Guerras/batalhas Guerra árabe-israelense de 1948
Golpe de estado na Síria de 1949
Golpe de estado na Síria de 1966
Guerra dos Seis Dias
Guerra de Desgaste
Setembro Negro
Guerra do Yom Kipur
Levante Islâmico na Síria
Ocupação do Líbano pela Síria
Guerra do Líbano de 1982
Revolta islâmica na Síria
Guerra do Golfo
Guerra Civil Síria
Logística
Efetivo ~ 130 000 (2021)[1]
Reserva 300 000[2]
Comando
Presidente (Comandante em Chefe) Bashar al-Assad
Ministro da Defesa General Ali Abdullah Ayyoub[3]
Sede
Quartel General Damasco
Um tanque T-72 do exército sírio lutando em Daraa, em 2015.

Historicamente, as forças sírias agiram primordialmente em defesa dos regimes vigentes. Em consequência, os militares acabavam colocando a defesa do governo como prioridade em detrimento dos direitos dos civis.[5][6]

Em 2011, frente a violenta guerra civil que assolava o país, o governo do presidente Bashar al-Assad enviou várias unidades do Exército para reprimir a insurreição. O resultado foi centenas de mortes, a grande maioria de civis.[7] As Nações Unidas e ativistas internacionais de direitos humanos culparam o Exército Sírio por dezenas de mortes, torturas e estupros.

Em apoio aos manifestantes antigoverno, é estimado que 40 mil soldados desertaram o regime e iniciaram uma luta armada contra seus antigos comandantes.

Durante a década de 2010, com apoio da Rússia e do Irã, o exército sírio manteve suas posições e garantiram a manutenção do regime por mais de uma década. Contudo, em 2024, a oposição síria lançou várias ofensivas pelo país, tomando várias cidades importantes. Em dezembro, a capital Damasco caiu nas mãos dos rebeldes. As forças armadas do regime Assad, formada principalmente por constritos, estavam desmoralizadas, com pouca verba e sem apoio dos aliados russos e iranianos.[8] Após o presidente Bashar al-Assad fugir do país, o Comando do Exército Sírio informou aos soldados e oficiais que eles não estariam mais em serviço a partir de 8 de dezembro de 2024, após a queda do governo baathista.[9]

Galeria de fotos

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Ver também

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Referências

  1. IISS 2021, p. 366.
  2. International Institute for Strategic Studies, The Military Balance 2010, p.272-273.
  3. Reuters (1 de janeiro de 2018). «Syria's Assad names new defense and other ministers: state TV». Reuters. Consultado em 1 de janeiro de 2018 
  4. Pollack, 2002, p.447
  5. History of the Syrian Arab Army: prussianization of the Arab Army, the Arab Revolt of 1916-1918, and the cult of nationalization of Arabs in the Levant after World War I, Infantry Magazine, Nov-Dec 2005.
  6. Kenneth M. Pollack, Arabs at War: Military Effectiveness 1948-91, University of Nebraska Press, Lincoln and London, 2002, and Pollack's book reviewed: Brooks, Risa A. "Making Military Might: Why Do States Fail and Succeed? A Review Essay." International Security 28, no. 2 (Fall 2003): 149-191.
  7. Atassi, Basma. «Profile: Free Syrian Army». www.aljazeera.com (em inglês). Consultado em 2 de março de 2021 
  8. «How Assad's army collapsed in Syria: demoralised conscripts, absent allies» (em inglês). Reuters. Consultado em 13 de dezembro de 2024 
  9. «Syrian army command informs officers al-Assad's rule has ended». Yahoo News. 8 de dezembro de 2024 

Ligações externas

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