Fúlvia Plaucila
Públia Fúlvia Plaucila (em latim: Publia Fulvia Plautilla) foi uma imperatriz-consorte romana, única esposa do imperador Caracala, de quem era também prima em segundo grau pelo lado paterno.
Fúlvia Plaucila | |
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Augusta | |
Busto de Fúlvia Plaucila. | |
Imperatriz-consorte romana | |
Reinado | abril de 202 - 22 de janeiro de 205 |
Consorte | Caracala |
Antecessor(a) | Júlia Domna |
Sucessor(a) | Júlia Domna |
Nascimento | Entre 185 e c. 188/189 |
Roma | |
Morte | 212 |
Nome completo | Publia Fulvia Plautilla |
Dinastia | Severa |
Pai | Caio Fúlvio Plauciano |
Mãe | Hortênsia |
Filho(s) | Uma filha de nome desconhecido |
Nascimento e família
editarPlaucila nasceu e foi criada em Roma. Ela era parte da gens Fulvia, ativa na política romana desde a época da República e que tinha origem plebeia na região de Túsculo. Sua mãe se chamava Hortênsia e seu pai era Caio Fúlvio Plauciano, o comandante da guarda pretoriana, cônsul, primo de primeiro grau e aliado próximo do imperador Sétimo Severo, o pai de Caracala.
Severo e Plauciano planejaram para que o casamento entre Plaucila e Caracala ocorresse numa luxuosa cerimônia em abril de 202. O casamento forçado se mostrou extremamente infeliz, pois Caracala desprezava a esposa. Segundo Dião Cássio, Plaucila era perdulária.
Pelas evidências numismáticas, Plaucila deu a Caracala uma filha de nome desconhecido em 204. No mesmo ano, seu sogro ordenou a construção do Arco de Sétimo Severo e honra a si mesmo e sua família, incluindo sua esposa, Júlia Domna, Caracala, Plaucila e o cunhado Geta.
Exílio
editarEm 22 de janeiro de 205, Caio Fúlvio Plauciano foi executado por traição e suas propriedades foram confiscadas. Plaucila e a filha foram exiladas por Caracala para a Sicília e, posteriormente, para Lípari. Elas foram tratadas brutalmente e terminaram estranguladas por ordem do imperador depois da morte de Sétimo Severo em 4 de fevereiro de 211.
Representações
editarMoedas com a imagem de Plaucila que sobreviveram são majoritariamente do reinado do sogro dela e trazem a inscrição PLAUTILLA AUGUSTA ou PLAUTILLA AUGUSTAE. Existe também um busto dela no Louvre[1].
Solinjanka ou Salonitanka ("mulher de Solin", a antiga cidade de Salona) é um dos mais importantes retratos romanos já encontrados na Croácia e, acredita-se, representa Plaucila[2][3] quando jovem. Em mármore, esta peça foi encontrada em Salona e está preservada atualmente no Museu Arqueológico de Zagreb.
Ver também
editarFúlvia Plaucila Nascimento: 170 Morte: 212
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Títulos reais | ||
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Precedido por: Júlia Domna |
Imperatriz-consorte romana 202–205 com Júlia Domna (202–205) |
Sucedido por: Júlia Domna |
Referências
- ↑ History of Rome and of the Roman people (from its origin to the invasion of the barbarians), Victor Duruy and John Pentland Mahaffey, C.F. Jewett Publishing Company, 1883, pg. 535.
- ↑ «Coleção Greco-Romana» (em croata). Museu Arqueológico de Zagreb. Consultado em 27 de julho de 2013
- ↑ «Plautilla and the Fate of a Princess». Archaeologia Adriatica (em croata) (11): 473-488. 2008. Consultado em 27 de julho de 2013
Ligações externas
editar- «Plaucila» (em inglês). Treasure Realm. Consultado em 27 de julho de 2013
- «Plautila» (em inglês). Vessel of Time. Consultado em 27 de julho de 2013. Arquivado do original em 28 de setembro de 2007
- «Caracala» (em inglês). Roman Emperors. Consultado em 27 de julho de 2013
- «Moedas de Plaucila» (em inglês). Forum Ancient Coins. Consultado em 27 de julho de 2013. Arquivado do original em 7 de setembro de 2007
- Platner, Samuel Ball (1929). Thomas Ashby, ed. A Topographical Dictionary of Ancient Rome. Arco dos Argentários (em inglês). Londres: Oxford University Press. Consultado em 27 de julho de 2013
- «Moedas de Plaucila» (em inglês). Trajan Coins. Consultado em 27 de julho de 2013
- Smith. Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology. Plaucila (em inglês). 3. [S.l.: s.n.] p. 405. Consultado em 27 de julho de 2013
- Continuité gentilice et continuité sénatoriale dans les familles sénatoriales romaines à l'époque impériale, 2000