Família Filantropeno

Filantropeno (em grego: Φιλανθρωπηνός; forma feminina: em grego: Φιλανθρωπηνή; romaniz.: Filantropena) foi uma família família nobre bizantina que apareceu em meados do século XIII e produziu uma série de generais de alta patente e oficiais até o fim do Império Bizantino. Seu nome deriva do monastério de Cristo Filantropo ("Cristo Amigo do Homem") em Constantinopla.[1] Alguns membros da família usaram o nome composto Ducas Filantropeno e podem, de acordo com Demétrio I. Polemis, constituírem um ramo distinto da família.[2]

História

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O primeiro membro conhecido da família é Aleixo Ducas Filantropeno, primeiro atestado ca. 1255 como um comandante de Ácrida. Ele é geralmente comparado com o distinto almirante de mesmo nome, que subiu para o posto de protoestrator e eventualmente mega-duque. Ele morreu cerca de 1275.[3] Sua filha, Maria, casou-se com Miguel Tarcaniota. Seu segundo filho foi o pincerna Aleixo Filantropeno, um general celebrado por seus sucessos contra os turcos, que levantou-se sem sucesso contra Andrônico II Paleólogo em 1295. Ele foi perdoado na década de 1320 e esteve novamente ativo no campo em 1334.[1][4][5] Um Miguel Ducas Filantropeno, epi tes trapezes e tio de Andrônico II, é atestado entre 1286-1304, quando ele foi enviado para defender Magnésia dos turcos.[6] Um número de membros femininos são conhecidos a partir de referências curtas: Teodora Ducena Filantropena casou-se com João Comneno Acropolita, talvez um filho do historiador Jorge Acropolita; Irene Comnena Filantropena Ducena, que morreu em 8 de agosto de 1292; e Irene Comnena Filantropena Ducena, que morreu em 7 de setembro de 1303. Outros são apenas conhecidos por seu sobrenome.[7]

No século XIV, um João Filantropeno, grande drungário da frota, é atestado em uma decisão sinodal de 1324.[8] Jorge Ducas Filantropeno, grande heteriarca e governador de Lemnos, é atestado em 1346.[9] O grande estratopedarca Miguel Filantropeno, um primo de João V Paleólogo, é atestado em 1350.[10] Aleixo Ângelo Filantropeno e Manuel Ângelo Filantropeno são atestados nas décadas de 1380 e 1390. Aleixo reinou na Tessália com o título de césar entre 1382-1389, e foi sucedido por Manuel (também seu filho ou seu irmão), que reinou até a conquista otomana em 1393/1394.[1][11] Uma filha de Manuel, Ana Filantropena, casou-se com o imperador Manuel III de Trebizonda em 1395.[12]

No século XV, os dois membros mais proeminentes da família são Jorge Ducas Filantropeno, mesazonte de João VIII Paleólogo, e Aleixo Láscaris Filantropeno, grande estratopedarca, governador de Patras em 1445 e um amigo de Basílio Bessarião.[1][13]

Referências

  1. a b c d Kazhdan 1991, p. 1649.
  2. Polemis 1968, p. 167.
  3. Guilland 1967, p. I 484; 548–549.
  4. Polemis 1968, p. 169.
  5. Guilland 1967, p. I 244; 246–247; 505–506.
  6. Polemis 1968, p. 168.
  7. Polemis 1968, p. 168-170.
  8. Guilland 1967, p. I 541–542.
  9. Polemis 1968, p. 170.
  10. Guilland 1967, p. I 511.
  11. Guilland 1967, p. II 35.
  12. William Miller, Trebizond: The last Greek Empire of the Byzantine Era: 1204-1461, 1926 (Chicago: Argonaut, 1969), p. 72
  13. Guilland 1967, p. II 512.

Bibliografia

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  • Guilland, Rodolphe (1967). Recherches sur les Institutions Byzantines, Tomes I–II. Berlim: Akademie-Verlag 
  • Kazhdan, Alexander Petrovich (1991). The Oxford Dictionary of Byzantium. Nova Iorque e Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-504652-8 
  • Polemis, Demetrios I. (1968). The Doukai: A Contribution to Byzantine Prosopography. Londres: The Athlone Press. ISBN 0-19-504652-8