Fausto Cardoso
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Fausto de Aguiar Cardoso (Divina Pastora, 22 de dezembro de 1862 - Aracaju, 28 de agosto de 1906) foi um advogado, poeta, filósofo e político brasileiro[1].
Nasceu no Engenho São Félix. Filho de Félix Zeferino Cardoso e de Maria do Patrocínio de Aguiar Botto. Estudou as primeiras letras em Divina Pastora, sua cidade natal, e depois em Maruim, Capela, Aracaju. Cursou o Secundário em Salvador, na Bahia. Bacharelou-se, em 1884, pela Faculdade de Direito do Recife. Recém-formado, foi nomeado Promotor de Capela e em seguida atuou em Gararu, Riachuelo e Laranjeiras, onde permaneceu aproximadamente por três anos, de 1887 a 1890. Em Laranjeiras, participou ativamente da fundação do Clube Republicano e da redação do jornal local dedicado à propaganda republicana e que contava, também, com a colaboração redatorial de Felisbelo Freire e de Sílvio Romero. Em 1890, foi destituído do cargo de Promotor pelo próprio Partido Republicano, que ajudou a formar. Entrou em atrito com Felisbelo Freire. Decepcionado com o acontecido, decide mudar-se para o Rio de Janeiro, ocasião em que advogou e lecionou. Foi professor de História Universal, Lente de História da Escola Normal e Diretor do Pedagogium. Foi também Professor de Belas Artes, da Escola de Belas Artes, bem como Professor de Filosofia do Direito na Faculdade Livre de Direito. No Rio de Janeiro, exerceu cargos importantes como Delegado Auxiliar, Secretário Geral da Prefeitura do Distrito Federal, no Governo do Marechal Floriano Peixoto e Redator de Debates da Câmara Federal. Sua banca de advogado foi das mais concorridas na última década do século XIX e até 1906.
O Poeta teve muitos dos seus poemas publicados pelos jornais e revistas do País, destacando-se os versos de Taças e de Amor, dois dos seus mais conhecidos sonetos. Escritor, deixou nas páginas dos jornais e das revistas diversos ensaios sobre a ciência da história, direito, filosofia. Como filósofo publicou: Cosmogonia Política e Americana, 1892; Ensaios de Filosofia do Direito, 1895; Lei Fundamental da História, 1895, original destruído em incêndio da Imprensa Nacional, em 1911; Cultura e Civilização, 1895; Concepção Monística do Universo, 1894; Taxionomia Social, 1898; Lei e Arbítrio, 1902;
Escreveu para jornais em Recife e integrou o Movimento de Renovação do Pensamento Nacional. que aderiu ao movimento republicano, sendo eleito deputado federal em duas legislaturas e fundou o Partido Progressista.
Foi duas vezes Deputado Federal, uma entre 1900 e 1902 e outra em 1906, que deveria ter concluído o mandato em 1908. Revolucionário, atrita-se mais profundamente com o grupo político do Monsenhor Olímpio Campos, funda o Partido Progressista e lidera em julho de 1906, um movimento revolucionário, formado por adeptos de várias partes de Sergipe, depondo o presidente do Estado, desembargador Guilherme de Campos, irmão do senador Olímpio Campos, que renuncia em 10 de agosto. A revolução de Fausto Cardoso, que ficou conhecida como "A Tragédia de Sergipe", levou ao Poder, na qualidade de Presidente Provisório, o desembargador João Maria Loureiro Tavares. Tropas legalistas, mandadas a Sergipe pelo Governo Federal, venceram as resistências e terminaram por matar, com tiros de fuzil e de espingarda, Fausto Cardoso, então cumprindo mandato de Deputado Federal. Antes de morrer, com sede, pediu água numa casa da Praça do Palácio, também conhecida como Praça da República, esquina com a Rua de Pacatuba, teria dito: "Bebo a alma de Sergipe. Morro, mas a vitória é nossa sergipanos”.
Fausto foi assassinado no Palácio do Governo, em Aracaju, durante o movimento de 1906.
Mas tarde, seus filhos vingaram a sua morte, assassinando no Rio de Janeiro o Monsenhor Olímpio Campos, no episódio conhecido como "A Tragédia de Sergipe"[2].
A Praça, ponto de convergência dos movimentos sociais sergipanos, passou a ter o nome de Fausto Cardoso e no dia 8 de setembro de 1912, foi inaugurado pelo presidente do Estado general José de Siqueira Menezes, o Monumento no centro da Praça, feito pelo escultor Lourenço Petruci, sendo orador o jurista Gumercindo Bessa.
Referências
- ↑ Fausto de Aguiar Cardoso[ligação inativa] Enciclopédia do Nordeste
- ↑ Fausto Cardoso: de herói de Aracaju a mito esquecido Arquivado em 3 de março de 2016, no Wayback Machine. Infonet
3. Fausto Cardoso: a Revolta https://openrit.grupotiradentes.com/xmlui/bitstream/handle/set/2153/FAUSTO%20CARDOSO%20-%20A%20REVOLTA%20%28UNIT-SE%29.pdf?sequence=1