Favela Zaki Narchi


A Zaki Narchi foi uma favela localizada no bairro do Carandiru, zona norte paulistana.

Favela Zaki Narchi
Bairro de São Paulo
Fundação 1972
Habitantes ± 2500
Distrito Santana
Subprefeitura Santana-Tucuruvi
Região Administrativa Nordeste
Mapa

Existente desde a década de 1970 possuía cerca de 600 barracos e 2500 moradores.[1] Além de barracos, a favela possuía 29 locais de comércio, sendo 2 simples e 27 pontos de comércio junto com a moradia.

História

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Anteriormente a área era usada para extração de terra e posteriormente utilizada como depósito de lixo e entulho, dando-lhe uma topografia de morro, ao lado do terreno há o córrego Carandiru, um esgoto a céu aberto. Portanto tinha uma estrutura geológica instável e o alto teor de poluentes químicos.

A comunidade sofreu muitos incêndios, 5 incêndios em 9 anos, o pior deles ocorreu no ano de 2002, uma queima de grandes proporções atingiu 300 barracos consumindo 4.000 m².[2] Em dezembro de 2005 a prefeitura de São Paulo removeu completamente as habitações irregulares da área, encaminhando-as à 350 unidades habitacionais do CDHU.

Confrontos

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Local onde a favela situava-se, ano de 2010.

Durante a remoção dos moradores ocorreram alguns incidentes, como enfrentamentos dos moradores contra a Tropa de Choque da Polícia Militar. No inicio da noite do dia 23 de Julho, os manifestantes protestavam contra a desocupação da área, ateando fogo em madeiras na avenida homônima à favela e atirando pedras nos policiais, o tumulto durou cerca de quatro horas. [3][4] E na manhã do dia seguinte houve outro confronto, a polícia utilizou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. Durante estes confrontos dois carros oficiais foram depredados e duas crianças feridas por balas de borracha e estilhaços de bomba.[5]

O governo afirmou na época que a área daria lugar a uma parte do complexo do Parque da Juventude, entretanto a área corresponde atualmente a um terreno baldio ao lado do córrego Carandiru.[6]

Zaki Narchi em números[7]

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Cronologia da favela
  • 1972 - Início da ocupação da área
  • 1979-81 - Implantação de água e luz na favela, com pagamento da tarifa mínima
  • 1996 - Primeiro incêndio e primeira intervenção da prefeitura
  • 1999-00 - Pequenos incêndios
  • 2002 - Grande incêndio
  • Jul/2005 - Confronto entre moradores e policiais
  • Ago/2005 - Incêndio que destruiu 80 barracos e deixou mais de 350 pessoas desabrigadas
  • Dez/2005 - Desocupação completa da área
  • ???? - Construção de um anexo do Parque da Juventude
Estatística

Em 1994 havia 720 famílias, num total de 2.874 pessoas, morando em 684 domicílios.

  • 97% eram domicílios próprios.
  • 5,70% eram domicílios de alvenaria.
  • 78,65% dos domicílios tinham banheiro.
  • 2,19% eram sobrados

Referências