Fernando Luís Osório
Fernando Luís Osório (Bagé, 30 de maio de 1848 — Rio de Janeiro, 26 de novembro de 1896) foi um jornalista, professor, escritor, diplomata, maçom[1] e advogado brasileiro.
Fernando Luís Osório | |
Fernando Luís Osório no primeiro volume do livro História do General Osório, por Fernando Luis Osório, 2 volumes. Rio de Janeiro: Typ. de G. Leuzinger & Filhos, 1894 | |
Ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil | |
Período | 28 de novembro de 1894 26 de novembro de 1896 |
Nomeação por | Floriano Peixoto |
Antecessor(a) | Freitas Henriques |
Sucessor(a) | João Pedro |
Dados pessoais | |
Nascimento | 30 de maio de 1848 Bagé |
Falecimento | 26 de novembro de 1896 (48 anos) Rio de Janeiro |
Esposa | Ernestina de Assunção Osorio |
Alma mater | Faculdade de Direito do Recife |
Assinatura |
Filho do Marquês do Herval, cursou seu ensino preparatório em Pelotas, depois seguiu os estudos na Faculdade de Direito de São Paulo.[2] Ainda estudante apresentou-se para lutar na Guerra do Paraguai, apesar de ter começado o treinamento militar, foi dispensado por ordens de seu pai.[2] Retornou aos bancos escolares, estudante do 4° ano, participou do movimento acadêmico em 1871, causado pela reforma da metodologia de exames.[2] Foi punido com a perda de dois anos de estudo, tendo então se dirigido à Pernambuco, onde formou-se na Faculdade de Direito do Recife.[2] Enquanto estudante, prestava assistência jurídica àqueles que não podiam pagar e participava do movimento abolicionista.
Depois de formado, retornou ao Rio Grande do Sul, instalando-se em Pelotas, onde instalou aulas noturnas para adultos e fez campanha contra os jesuítas. [2] Em Santana do Livramento criou uma associação literária para conferências populares.[2]
Deputado provincial eleito em 1874, tomou partido de seu pai nas disputas com Gaspar da Silveira Martins. Eleito deputado geral (o equivalente a deputado federal) pelo Rio Grande do Sul em 1880. Foi o único representante gaúcho a votar a favor da proposta de Joaquim Nabuco para a abolição da escravidão no Brasil, também foi a favor do serviço militar obrigatório.[2]
Foi presidente da União Republicana de Pelotas e depois da Proclamação da República, em 1891, foi eleito à Assembléia Constituinte estadual. [2]
Foi redator dos jornais A Tribuna Liberal e O Acadêmico, ambos de São Paulo; Diário de Pelotas, onde encarregou-se da seção de política, a partir de 1874; fundou A Discussão, Pelotas, 1881, órgão do partido liberal.[2] Foi membro da Sociedade Partenon Literário.[3]
Em 1891 escreveu a letra do Hino Republicano Riograndense.[2] Em 25 de abril de 1894, foi nomeado, pelo marechal Floriano Peixoto, ministro plenipotenciário do Brasil em Buenos Aires e 5 meses depois foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal.[2]
Nos últimos anos de sua vida escreveu a biografia de seu pai História de Manoel Luiz Osório, o Marquês do Herval, por seu filho, com mais de 700 páginas, que lhe valeu o acesso ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.[2]
Casou-se com Ernestina de Assunção,[4] filha do barão de Jaraú e sobrinha do visconde da Graça. É pai de Fernando Osório Filho.
Ver também
editarReferências
- ↑ BLAKE, Sacramento (1895). Diccionario Bibliographico Brazileiro: v. 3 (PDF). Rio de Janeiro: Imprensa Nacional. p. 342. Consultado em 19 de maio de 2016. Arquivado do original (PDF) em 11 de junho de 2016
- ↑ a b c d e f g h i j k l PORTO-ALEGRE, Achylles. Homens Illustres do Rio Grande do Sul. Livraria Selbach, Porto Alegre, 1917.
- ↑ César, Guilhermino. História da literatura do Rio Grande do Sul. Instituto Estadual do Livro / CORAG, 2006, pp. 188-189
- ↑ Pela grafia arcaica: Ernestina de Assumpção.