Fernando Maria, Eleitor da Baviera
Fernando Maria da Baviera, (em alemão: Ferdinand Maria von Bayern) (Munique, 31 de outubro de 1636 – Munique, 26 de maio de 1679) foi um príncipe da dinastia dos Wittelsbach que governou a Baviera como príncipe-eleitor (em alemão: Kurfürst) de 1651 a 1679, no âmbito do Sacro Império Romano-Germânico.
Fernando Maria da Baviera | |
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Príncipe-Eleitor da Baviera | |
Retrato de Fernando Maria, por Paul Mignard | |
Reinado | 1651–1679 |
Consorte | Henriqueta Adelaide de Saboia |
Nascimento | 31 de outubro de 1636 |
Munique, Baviera | |
Morte | 26 de maio de 1679 (42 anos) |
Munique, Baviera | |
Dinastia | Wittelsbach |
Pai | Maximiliano I, Eleitor da Baviera |
Mãe | Maria Ana de Áustria |
Filho(s) | Maria Ana Vitória de Baviera, Delfina de França Maximiliano II Emanuel, Eleitor da Baviera José Clemente de Baviera, Eleitor de Colónia Violante Beatriz de Baviera, Grã-Princesa da Toscana |
Biografia
editarNascido em Munique, era o filho mais velho de Maximiliano I, Eleitor da Baviera, a quem sucedeu, e da arquiduquesa Maria Ana de Áustria, segunda mulher de seu pai e filha de Fernando II, Sacro Imperador Romano-Germânico. Nasceu durante o reinado de seu pai e, desde o nascimento, era o «príncipe-eleitoral».[1] Pela sua mãe, era primo co-irmão de Maria Ana de Áustria, Rainha de Espanha e de Leopoldo I, Sacro Imperador Romano-Germânico.
Príncipe Eleitor
editarAinda menor, sucedeu ao pai em 1651 e, durante três anos, teve como regentes sua mãe e seu tio paterno, o duque Alberto VI da Baviera.
Fernando Maria foi coroado em 31 de outubro de 1654. O seu estilo de governo absolutista tornou-se uma referência para o resto dos monarcas alemães. Apesar da sua aliança com a França, ele absteve-se de confrontos com os Habsburgos, em especial após 1657, ano da morte de seu tio, o imperador Fernando III.
Fernando Maria apoiou os Habsburgos nas guerras contra o Império Otomano, enviando forças auxiliares bávaras (1662–1664). Durante a Guerra Franco-Holandesa, a Baviera manteve uma posição neutral a partir de 1672. O casamento da sua filha mais velha Maria Ana Vitória, com o seu primo le Grand Dauphin[2] em 1680, foi o resultado da aliança Franco-Bávara.
Fernando Maria modernizou o exército bávaro e introduziu o primeiro código governativo local. O príncipe-eleitor conseguiu sarar muitas das feridas causadas pela Guerra dos Trinta Anos, encorajando a agricultura e as industrias, para além de mandar construir ou restaurar numerosas igrejas e mosteiros. Adicionalmente, em 1669, reuniu a Dieta da Baviera, suspensa desde 1612. No final do seu governo, o Eleitorado possuía uma tesouraria bastante favorável.
Mourreu no Palácio de Schleissheim sendo sucedido pelo seu filho mais velho Maximiliano II Emanuel. Foi sepultado na cripta da Igreja Theatiner, em Munique.
Casamento e descendência
editarEm 8 de dezembro de 1650 casou com Henriqueta Adelaide de Saboia, filha de Víctor Amadeu I de Saboia e de Cristina Maria de França. O casal teve sete filhos, dois dos quais tiveram descendência.
- Maria Ana Vitória (Maria Anna Viktoria) (1660–1690), que casou com Luís, Grande Delfim de França, com geração;
- Maximiliano II Emanuel (Maximilian II. Emanuel) (1662–1726), que casou em primeiras núpcias com Maria Antónia da Áustria, com geração, e em segundas núpcias com Teresa Cunegunda Sobieska, também com geração;
- Luísa Margarida Antónia (Luise Margarete Antonie) (1663–1665), morta na infância;
- Luís Amadeu Vítor (Ludwig Amadeus Victor) (1665–1665), morta na infância;
- nado-morto (1666).
- Caetano Maria Francisco (Kajetan Maria Franz) (1670–1670), morto na infância;
- José Clemente (Joseph Clemens) (1671–1723), príncipe-eleitor e Arcebispo de Colónia, sem aliança;
- Violante Beatriz (Violante Beatrix) (1673–1731), que casou com Fernando de Médici, Grão-Príncipe da Toscana, sem geração.
Para além destes partos, a Princesa-eleitora sofreu três abortos: em junho de 1661, em março de 1664 e em 1674.[3]
Legado cultural
editarFernando Maria casou em 1650 com Henriqueta Adelaide de Saboia e com ela o Barroco italiano foi introduzido na Baviera.
A igreja Theatiner em Munique foi construída a partir de 1663 como agradecimento pelo nascimento, há muito esperado, de um herdeiro para a coroa bávara, o príncipe Maximiliano Emanuel.
Em 1664, ele adjudicou a construção do Palácio de Nymphenburg, perto de Munique. O Lago Starnberger tornou-se o local de numerosas festas com a famosa frota de gôndolas venezianas. Nas margens, foi construído o castelo de Berg.
Na Residência de Munique Fernando Maria ordenou que fossem erigidas as Salas Papais.
Ascendência
editarReferências
editar- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Ferdinand Maria, Elector of Bavaria».
Ligações externas
editar
Precedido por Maximiliano I |
Eleitor da Baviera 1651–1679 |
Sucedido por Maximiliano II Emanuel |