Força Nacional do Sistema Único de Saúde
A Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS) é um programa do governo federal brasileiro, instituído em 17 de novembro de 2011 pelo Decreto n.º 7.616/2011. Atua em desastres, epidemias, calamidade pública decretada pelo ente federativo afetado, assistência deficiente à população, que levem ao emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública. A sua intervenção tem início a partir de uma declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), por meio de ato do ministro de Estado da Saúde.[1]
Força Nacional do SUS (FN-SUS) | |
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Organização | |
Natureza jurídica | Departamento subordinado ao Ministério da Saúde do Brasil segundo o Decreto n.º 7.616/2011 |
Missão | Atuação na saúde pública em casos de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional:
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Dependência | Governo do Brasil Ministério da Saúde do Brasil |
Chefia | Nísia Trindade, ministra da saúde do Brasil |
Formação e competência
editarA FN-SUS é formada por equipes de profissionais que atuam na resposta às situações de emergência, em conjunto com as demais esferas de governo e instituições envolvidas. É um programa de cooperação, gerido pelo Ministério da Saúde, cujo objetivo é a execução de medidas de prevenção, assistência e contenção em emergências em saúde pública, trabalhando de modo integrado com a direção estadual, distrital e municipal do SUS, na assistência à população. O Ministério da Saúde pode convocar a FN-SUS para integrar ações humanitárias e também em resposta internacional coordenada, quando solicitado. Para a mobilização da FN-SUS, o ministro da Saúde deve declarar formalmente uma Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), em situações como desastres, sendo eles naturais ou não, risco de reintrodução de doenças erradicadas no país, surtos, epidemias de alta gravidade, falta de assistência à população ou quando estados e municípios decretam situação de calamidade pública e não conseguem ofertar assistência à população.[2]
Acionamento
editarPara acionar a Força Nacional do SUS, o município ou estado deve decretar uma situação de emergência, calamidade ou desassistência e solicitar o apoio do Ministério da Saúde. A FN-SUS apoia o território afetado fornecendo orientações técnicas, realizando ações de busca ativa e monitoramento de pacientes, atendimentos médicos, distribuição de medicamentos e auxiliando na reconstrução da rede de atenção à saúde local, conforme o nível de resposta exigido pela situação.[3] A Força Nacional poderá ser convocada pelo Ministro de Estado da Saúde nas seguintes situações: em caso de declaração de ESPIN; por solicitação do Comitê Gestor da FN-SUS; por solicitação dos entes Federados; e para integrar ações humanitárias e respostas internacionais coordenadas, quando solicitadas pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e/ou Secretaria de Atenção à Saúde (SAS).[3]
Níveis de resposta
editarOs níveis de resposta são 4, sendo o primeiro uma missão para reconhecimento e o restante com ações coordenadas após o reconhecimento da calamidade e sua situação, são estes:[3]
- Missão Exploratória: A primeira equipe do Ministério da Saúde a chegar ao local realiza a avaliação dos danos e o diagnóstico da situação, em conjunto com a secretaria estadual e a secretaria municipal de saúde, além de outras instituições. A missão exploratória é realizada em articulação loco-regional com o setor de saúde e de forma intersetorial, visando estabelecer a magnitude do evento, os danos físicos e humanos causados, além de subsidiar o gabinete de crise da esfera federal na tomada de decisões e na definição das necessidades de resposta assistencial.
- Nível de resposta I: monitoramento, orientação técnica a distância e encaminhamento de insumos básicos necessários.
- Nível de resposta II: monitoramento, orientação técnica, operação local de suporte básico e avançado, com envio de profissionais.
- Nível de resposta III: monitoramento, orientação técnica, operação local de suporte básico e avançado de vida, envio de profissionais e Hospital de Campanha atendendo o nível de necessidade local.
Atuações realizadas
editarAlgumas das atuações da FN-SUS foram:
Situação de calamidade | Local | Data | Nível de resposta | Ações | Ref. |
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Incêndio na boate Kiss | Santa Maria, | 2013 | Nível II |
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Refugiados venezuelanos em Roraima | Roraima | 2016 | Nível I |
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[5] |
Surto de febre amarela no Brasil em 2016-2017 | Minas Gerais | 2016-2017 | Nível II |
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[6] |
Rompimento de barragem em Brumadinho | Brumadinho, | 2019 | Nível I |
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[7] |
Enchentes no Rio Grande do Sul em 2024 | Rio Grande do Sul | 2024 | Nível III |
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Ver também
editarReferências
- ↑ «Decreto n.º 7.616 de 17 de novembro de 2011». Casa Civil da Presidência da República
- ↑ «Criada força do SUS que terá profissionais preparados para agir em situações de desastre e calamidade pública». Agência Brasil. 18 de novembro de 2011
- ↑ a b c «Força Nacional do SUS». Ministério da Saúde. Consultado em 21 de maio de 2024
- ↑ «Trinta e três vítimas do incêndio da Boate Kiss ainda permanecem internadas». Agência Brasil. 18 de fevereiro de 2013
- ↑ «Força Nacional do SUS discute saúde de venezuelanos refugiados em RR». Portal G1 Roraima. 16 de setembro de 2016
- ↑ «Fiocruz compõe Força Nacional do SUS contra a febre amarela». Fiocruz. 3 de maio de 2017
- ↑ «Uma experiência em construção do Centro de Atenção Psicossocial CAPS II Brumadinho». Prefeitura de Brumadinho. 24 de janeiro de 2020
- ↑ «Força Nacional do SUS ultrapassa 3,5 mil atendimentos à população do Rio Grande do Sul». Ministério da Saúde. Consultado em 21 de maio de 2024