Seja T um operador linear de um K-espaço vetorial V de dimensão finita, sendo K o corpo ou .
Se , escrevamos o polinômio característico de T na forma
,
com se .
Chama-se de um bloco de Jordan de ordem r à matriz quadrada de ordem r dada por [1]
,
que pode ser escrita através da soma de duas matrizes:
onde N é uma matriz nilpotente, pois .
Se são matrizes quadradas, não necessariamente de ordens iguais, define-se como sendo a matriz quadrada de ordem igual à soma das ordens de dada por
.
Se , escrevamos o polinômio característico de T na forma
,
onde é uma raiz complexa de pT, com e se .
Se é uma raiz complexa de , define-se, analogamente à matriz ,
,
onde
e
Sejam V um K-espaço vetorial de dimensão finita e T um operador linear de V. Se e
,
com se , , então existe uma base na qual a matriz de T é da forma
,
onde são da forma e .
Se e
,
onde é uma raiz complexa de pT com e se ( ), então existe uma base com relação à qual a matriz de T é da forma
onde são da forma e e são da forma e .
A matriz de um operador T com relação a uma base qualquer é semelhante a uma matriz da forma (caso complexo) ou (caso real).
Blocos de Jordan com a mesma raiz
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O teorema afirma, no caso complexo, que a matriz equivalente é da forma:
,
mas é possivel que quando
Por exemplo[2], a matriz 4x4 abaixo está na forma canônica de Jordan:
,
em que , e .
A forma canônica de Jordan é única, a menos de permutações entre os blocos de Jordan.
Referências
- (em inglês) Daniel T. Finkbeiner II, Introduction to Matrices and Linear Transformations, Third Edition, Freeman, 1978.
- (em inglês) Gene H. Golub and Charles F. Van Loan, Matrix Computations (3rd ed.), Johns Hopkins University Press, Baltimore, 1996.
- (em inglês) Shafarevich, Igor R., Remizov, Alexey O. Linear Algebra and Geometry, Springer, 2012, ISBN 978-3-642-30993-9