Françoise d'Eaubonne
Françoise d'Eaubonne (Paris, 12 de março de 1920 — 3 de agosto de 2005) foi uma escritora, ativista dos direitos trabalhistas, feminista e ambientalista francesa. Seu livro Le Féminisme ou la Mort (1974) introduziu o termo ecofeminismo.[1] Françoise foi cofundadora da Frente Homossexual de Ação Revolucionária (FHAR), movimento homossexual revolucionário criado em Paris.[2]
Françoise d'Eaubonne | |
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Françoise d'Eaubonne en 1964. | |
Nascimento | Françoise Marie-Thérèse Piston d'Eaubonne 12 de março de 1920 17.º arrondissement de Paris |
Morte | 3 de agosto de 2005 (85 anos) 14.º arrondissement de Paris |
Cidadania | França |
Irmão(ã)(s) | Jehanne Jean-Charles |
Ocupação | escritora, biógrafa, escritora de ficção científica, militante, ensaísta |
Distinções |
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Empregador(a) | Éditions Julliard, Calmann-Lévy, Groupe Flammarion, Beur FM |
Obras destacadas | Le féminisme ou la mort |
Movimento estético | feminismo, ecofeminismo |
Vida e obra
editarA mãe de Françoise era professora e filha de um militante carlista. Seu pai era anarco-sindicalista e secretário-geral de uma companhia de seguros. Ambos eram membros do movimento político-religioso Le Sillon.[3] Quando Françoise tinha 16 anos, a Guerra Civil Espanhola eclodiu. Posteriormente, ela escreveu seus sentimentos sobre este período de sua vida na obra Chienne de jeunesse (1965).
Filiada ao Partido Comunista Francês entre 1945–1957; em 1971 foi cofundadora da Front homosexuel d'action révolutionnaire (FHAR), um movimento revolucionário homossexual estabelecido em Paris.[3] Nesse mesmo ano, assinou o Manifesto das 343 declarando que fez um aborto.[4] Ela é considerada a fundadora do movimento ecológico e social do ecofeminismo.[5]
Em 1972, Françoise criou o Centro de Ecologia-Feminismo (Ecologie-Feminisme) em Paris. Em 1974, publicou o livro Le féminisme ou la mort (Feminismo ou morte), onde introduziu pela primeira vez o termo ecofeminismo. No livro, ela aborda uma conexão inerente que as mulheres compartilham com a natureza, além de incentivar o ativismo ambiental das mulheres. Ela cita a masculinidade tóxica como a causa do crescimento populacional, poluição e outras influências destrutivas sobre o meio ambiente. Muitos estudiosos compartilharam a visão de d'Eaubonne sobre a conexão inerente das mulheres com a natureza. Esses estudiosos incluem Sherry Ortner, Rosemary Radford Ruether, Susan Griffin e Carolyn Merchant .[6]
Seguindo seu lema, "Nem um dia sem linha", Françoise d'Eaubonne escreveu mais de 50 obras, de Colonnes de l'âme (poesia, 1942) a L'Évangile de Véronique (ensaios, 2003). Seu romance histórico Comme un vol de gerfauts (1947) foi traduzido para o inglês como A Flight of Falcons, e trechos de seu ensaio Le féminisme ou la mort (1974) apareceram na antologia New French Feminiss (1974). Ela também escreveu romances de ficção científica, como L'échiquier du temps (1962) e Le sous-marin de l'espace (1959) .
Obras publicadas
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Referências
- ↑ Lagarde, Yann (29 de setembro de 2021). «Françoise d'Eaubonne, la militante à l'origine de l'écoféminisme». France Culture. Consultado em 7 de abril de 2022. Arquivado do original em 7 de abril de 2022
- ↑ Gorecki, Julie (7 de março de 2022). «What Ecofeminist Françoise d'Eaubonne Can Teach Us in the Face of the Climate Emergency». Verso. Consultado em 7 de abril de 2022. Arquivado do original em 7 de abril de 2022
- ↑ a b Naudier, Delphine (2 de abril de 2009), «EAUBONNE (d') Françoise», Paris: Maitron/Editions de l'Atelier, PISTON d’EAUBONNE Françoise, Marie-Thérèse, dite (em francês), consultado em 4 de maio de 2022, cópia arquivada em 11 de abril de 2021
- ↑ «Le manifeste des 343». Arquivado do original em 23 de abril de 2001
- ↑ Gates, B. T. (1 de julho de 1996). «A Root of Ecofeminism: Ecoféminisme». Interdisciplinary Studies in Literature and Environment. 3 (1): 7–16. doi:10.1093/isle/3.1.7
- ↑ Allison, Juliann Emmons (1 de março de 2010). «Ecofeminism and Global Environmental Politics». Oxford Research Encyclopedias (em inglês). ISBN 978-0-19-084662-6. doi:10.1093/acrefore/9780190846626.013.158. Consultado em 23 de maio de 2021. Cópia arquivada em 9 de fevereiro de 2022