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Francisco Maria de Médici (em italiano: Francesco Maria de' Medici; 12 de Novembro de 1660 - 3 de Fevereiro de 1711) era um membro da Casa de Médici. Foi sucessivamente Governador de Siena, cardeal e, mais tarde, herdeiro dos Ducados de Rovere e Montefeltro, por herança de sua mãe.[1]

Francisco Maria de Médici
Duque de Rovere e Montefeltro
Príncipe de Capestrano
Francisco Maria de Médici
Francisco Maria como Cardeal
Consorte Leonor Luísa Gonzaga
Nascimento 14 de novembro de 1660
  Florença, Grão-Ducado da Toscana
Morte 3 de fevereiro de 1711 (50 anos)
  Florença, Grão-Ducado da Toscana
Sepultado em Basílica de São Lourenço, Florença
Casa Casa Grã-Ducal da Toscana
Dinastia Médici
Pai Fernando II de Médici
Mãe Vitória Della Rovere
Filho(s) -
Francisco Maria de Médici
Cardeal da Santa Igreja Romana
Francisco Maria de Médici
Ordenação e nomeação
Cardinalato
Criação 2 de setembro de 1686
por Papa Inocêncio XI
Ordem Cardeal-diácono
Título Santa Maria em Domnica (1686-1709) Renunciou
Dados pessoais
Nascimento Florença
14 de novembro de 1660
Morte Florença
3 de fevereiro de 1711 (50 anos)
dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Biografia

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Francisco Maria nasceu em Florença e era o segundo filho de Fernando II de Médici, Grão-Duque da Toscana, e de sua mulher Vitória Della Rovere.[2] Ele foi o fruto de uma reconciliação entre seus pais após a sua mãe ter encontrado o Grão-Duque da Toscana na cama com um dos seus pagens.[3] Era irmão mais novo de Cosme III de Médici, Grão-Duque da Toscana. Os seus primos maternos incluíam o Príncipe-Bispo de Olmutz e Fernando Carlos I Gonzaga, Duque de Mântua e Monferrato.

Em 1683 foi nomeado governador de Siena, cargo que manteve até à sua morte. Três anos mais tarde, em Setembro de 1686. Foi criado cardeal pelo Papa Inocêncio XI.[4] Francisco Maria exerceu uma notável influência nos conclaves de 1689 e 1700. Apesar de ter esta influência nos Estados Pontifícios, ele viveu sobretudo em Villa di Lappeggi nos arredores de Florença. Durante a sua ocupação da villa, Lappeggi foi restaurada e tornou-se conhecida como a sede da sua corte pessoal onde tinham lugar diversas festas e muitos divertimentos. Também restaurou a villa.

Aquando da morte de sua mãe, em Março de 1694, Francisco Maria sucedeu-lhe nos Ducados de Rovere e Montefeltro, possessões familiares da Casa Della Rovere. Foi mentor de seu sobrinho Fernando de Médici, Grão-príncipe da Toscana, herdeiro do trono. Quando se tornou claro que o Grão-Príncipe da Toscana e a sua mulher, Violante Beatriz de Baviera, não iriam produzir um herdeiro, Cosme III olhou para seu irmão no sentido de resolver o problema da sucessão Toscana. A questão de um herdeiro tornou-se mais premente quando a união entre João Gastão de Médici, e Ana Maria Francisca de Saxe-Lauemburgo também permaneceu estéril.

 
Busto de Francisco Maria de Médici, por Giovanni Battista Foggini, pós 1686

Em 1709, quando a sua saúde já se havia deteriorado, obteve a dispensa papal do seu cardinalato, e foi forçado a casar-se com Leonor Luísa Gonzaga, filha de Vicente Gonzaga, Duque de Guastalla, numa tentativa para salvar a dinastia. Casado por procuração em 16 de Junho de 1709, o casal casou-se presencialmente em 14 de Julho desse ano.[1]

Contemporâneos concordam que a princesa Leonor Luísa era uma mulher atractiva com uma bonitos olhos, pele, boca e cintura.[5] Contudo, cedo se percebeu que esta seria mais uma união infrutífera. A princesa sentia repulsa pelo marido, recusando-se a manter os deveres conjugais com um homem vinte e seis anos mais velho.

Apesar de ter requisitado a assistência do seu antigo confessor de Guastalla, Cosme III não conseguiu persuadi-la a submeter-se uma vez que ela alegava ter receio de contrair doenças sexualmente transmissíveis. Ela acabou por superar este constrangimento e, por fim, o casamento acabou por ser consumado. Contudo, não nasceram nenhuns herdeiros deixando Francisco Maria desolado.[6]

Francisco Maria retirou-se para Bagno a Ripoli onde faleceu em 1711 de hidropisia, deixando em herança dívidas exorbitantes.[7]

A sua mulher sobreviveu-lhe até 1742, tendo acabado por enlouquecer.

Ascendência

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Referências

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  1. a b van de Pas, Leo. «Francesco Maria de' Medici». Genealogics.org. Consultado em 12 de novembro de 2010 
  2. Acton, p 46
  3. Acton, p 30
  4. Moroni, p 93
  5. Acton, p. 246
  6. Acton, p 250
  7. Acton, p 251


Precedido por
Carlos de Médici
 
Príncipe de Capestrano

1666 - 1711
Sucedido por
João Gastão de Médici
Precedido por
vacante
Governador de Siena
1683 - 1711
Sucedido por
desconhecido
Precedido por
Vitória Della Rovere
Duque de Rovere e Montefeltro
1694 - 1711
Sucedido por
(reintegrado nos Estados da Igreja)

Bibliografia

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  • Acton, Harold: The Last Medici, Macmillan, London, 1980, ISBN 0-333-29315-0
  • Moroni, Gaetano: Dizionario di Erudizione Storico Ecclesiastica da San Pietro, Tipografia Emiliana, 1847

Ligações Externas

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