Francisco das Chagas Rodrigues de Brito
Francisco das Chagas Rodrigues de Brito (Caxias, MA, 4 de outubro de 1964) é um ex-garimpeiro e mecânico autônomo condenado pela justiça como o assassino de diversas crianças no estado do Maranhão, mantendo em comum o vilipêndio e a emasculação das vítimas. Provas científicas o comprovaram como autor dos crimes quando peritos encontraram em sua residência diversos corpos, além de membros e fragmentos de meninos que haviam desaparecido.[3][4][5] Indícios o colocam como real responsável pela série de crimes de mesmo modus operandi ocorrida no município paraense de Altamira, uma vez que o acusado morou na região por mais de 10 anos.[6][7][8]
Francisco das Chagas Rodrigues de Brito | |
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Data de nascimento | 04 de outubro de 1964 |
Local de nascimento | Caixias, MA Brasil |
Crime(s) | homicídio duplamente qualificado, vilipêndio, ocultação de cadáver [1] |
Pena | 580 anos e 10 meses de prisão [2] |
Situação | preso na Penitenciária de Pedrinhas |
Crimes
editarO caso de crianças pobres mortas em sequência na capital maranhense São Luís foi elucidado em 2004 a partir do assassinato do menor Jonahtan dos Santos que, antes de desaparecer, havia dito que iria se encontrar com o mecânico.[8]
Preso como suspeito, o mecânico acabou confessando a morte de Jonahtan e outros 16 meninos, levando os investigadores à elucidação de assassinatos que ocorriam desde o ano de 1997, também no município de Paço do Lumiar[8] e São José de Ribamar, sendo então encontradas duas ossadas no terreno da casa em que morava.[9]
A falta de esclarecimento desses homicídios, negligentemente tratados ao longo dos anos, levou o Brasil a ser denunciado por organizações junto à Corte Interamericana de Direitos Humanos, da OEA.[8][9]
Os crimes do mecânico se estenderam também pela cidade paraense de Altamira, perfazendo um total de 42 crianças mortas e emasculadas.[9]
Em seus crimes o assassino, que revelava nítidas características psicopatas (procura se justificar, total ausência de piedade, constrói mentiras), abusava sexualmente das suas vítimas e, após matá-las, as mutilava, cortando as orelhas, os dedos e todas as suas vítimas foram emasculadas.[10]
Ver também
editarReferências
- ↑ «Francisco das Chagas é condenado a mais 26 anos de prisão». Ministério Público do Estado do Maranhão. Consultado em 20 de fevereiro de 2016
- ↑ «MPMA realiza Jornada de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes». Ministério Público do Estado do Maranhão. Consultado em 20 de fevereiro de 2016
- ↑ «Médicos estão presos por crime cometido por outro». band.com.br. Consultado em 24 de novembro de 2017
- ↑ «Parlamentares vão pedir revisão de prisões por mortes de meninos no Pará». Câmara dos Deputados. Consultado em 24 de novembro de 2017
- ↑ «Entenda o caso do acusado de matar 42 meninos». Jornal Potal Terra. Consultado em 24 de novembro de 2017
- ↑ «Ilana Casoy: Criminalística e Criminologia Aplicadas à Investigação de Crimes em Série». Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (por academia.edu). Consultado em 24 de novembro de 2017
- ↑ «42 histórias de horror». Revista Época. Consultado em 24 de novembro de 2017
- ↑ a b c d Kátia Brasil (28 de março de 2004). «Mecânico confessa 17 assassinatos de crianças no Maranhão». Folha de S. Paulo. Consultado em 13 de fevereiro de 2012
- ↑ a b c «Mecânico é condenado a 59 anos de prisão por matar e mutilar meninos no MA». Folha de S. Paulo. 15 de setembro de 2009. Consultado em 21 de fevereiro de 2012
- ↑ Jerônimo Teixeira (10 de janeiro de 2007). «Ele matava, abusava, mutilava». Revista Veja, Edição 1990. Consultado em 5 de fevereiro de 2012