Francisco de Oliveira Sousa
Francisco de Oliveira Sousa,[1] mais conhecido como Chico Galego (Portugal — Florianópolis) foi um comerciante português que imigrou para o Brasil.[2]
Francisco de Oliveira Sousa | |
---|---|
Nascimento | Portugal |
Morte | Florianópolis |
Nacionalidade | português/brasileiro |
Ocupação | mercador |
Filho de João Francisco de Sousa e de Anna de Oliveira, nascidos em Portugal, onde se casaram. Tiveram cinco filhos: Francisco, João, Julieta, Juliana e Maria.
Os cinco irmãos imigraram para o Brasil, tendo os quatro mais novos permanecido no Rio de Janeiro, e Francisco seguido viagem até Laguna.
Em 15 de setembro de 1874 comprou um escravo em Pescaria Brava, de Siberino José Correia, pagando pelo mesmo 400 mil-réis.[3]
Casou com Florisbela Antônia em Santiago, povoado nas proximidades de Cabeçudas, e tiveram os filhos:[4]
- Maria Francisca (22 de outubro de 1873 — Braço do Norte, 8 de junho de 1947), casou com Jacó Batista Uliano
- Francisco de Oliveira Sousa Junior (ca. 1875 — ca. 1913). Morou em Orleans e casou em 7 de setembro de 1899 com Gunilda Westphal, filha de Jochim Martin August Westphal e Johanna Josephine Schlemper. Foi negociante em Braço do Norte.[5][6]
- Álvaro de Oliveira Sousa (1882 — 25 de fevereiro de 1964). Casou em Gravatal em 27 de setembro de 1902 com Rozalina Fernandes da Silva, filha de Justino José da Silva e Tereza Maria Fernandes. Álvaro foi proprietário de uma canoa, Pombinha, que fazia o transporte de pessoas e mercadorias no Porto de Gravatal[7]
- Anna
Adquiriu terras da família Nazário, em Braço do Norte, onde fixou residência e estabeleceu a primeira casa de comércio, em 1876.[2][8] Em 1881, então com três filhos, já possuia também um hotel.[9] Foi neste hotel, casa ainda existente em 2010, próximo ao Hospital Santa Terezinha, que foi instalada a sede provisória da Colônia Grão Pará, até ser inaugurada sua sede oficial, em 1882.
Francisco de Oliveira Sousa foi o primeiro comprador de lotes urbanos da Colônia Grão Pará e também de Orleans.[10][2] Logo ao estabelecer filial em Orleans implantou uma olaria de telhas e tijolos em 1885 ou 1886 às margens do Rio Belo.[11]
Viajava muito, indo muitas vezes ao Rio de Janeiro ver as irmãs. Ficando doente quis ir tratar-se no Rio de Janeiro, partindo a cavalo com o genro Jacó Batista Uliano. Em Florianópolis sentiu-se mal, tendo morrido na mesma noite no navio em que havia embarcado. Descido à terra, foi sepultado no cemitério localizado na cabeceira insular da Ponte Hercílio Luz, sendo trasladado depois para o Cemitério São Francisco de Assis.[6]
Referências
- ↑ Pela ortografia arcaica, Francisco de Oliveira Souza
- ↑ a b c João Leonir Dall'Alba: O Vale do Braço do Norte. Orleans: Edição do autor, 1973. Página 195
- ↑ João Leonir Dall'Alba. Laguna antes de 1880: Documentário. Florianópolis: Lunardelli, 1976. Página 116.
- ↑ Marisaura Medeiros Duarte: Gravatá, uma volta ao passado. Florianópolis: IOESC, 2001. Página 157
- ↑ Westphal Taylor, Mitsi e Sell, Clarkson. Entrelaços. Florianópolis: Secco, 2013. Página 148.
- ↑ a b João Leonir Dall'Alba: O Vale do Braço do Norte. Orleans: Edição do autor, 1973. Página 196
- ↑ Marisaura Medeiros Duarte. Gravatá, uma Volta ao Passado. Florianópolis: IOESC, 2001. Página 157.
- ↑ João Leonir Dall'Alba: Pioneiros nas Terras dos Condes. História de Orleans I, 1971. Página 28
- ↑ João Leonir Dall'Alba: Pioneiros nas Terras dos Condes. História de Orleans I, 1971. Página 41
- ↑ João Leonir Dall'Alba: Pioneiros nas Terras dos Condes. História de Orleans I, 1971. Página 107
- ↑ João Leonir Dall'Alba: Colonos e Mineiros no Grande Orleans, 1986. Páginas 199 e 205.