Frederico Lange de Morretes

pintor brasileiro

Frederico Lange de Morretes (Morretes, 5 de maio de 1892Curitiba, 19 de janeiro de 1954) foi um pintor, desenhista, gravador e professor brasileiro.[1][2] Era pai da bióloga e botânica brasileira Berta Lange de Morretes.

Frederico Lange de Morretes
Nome completo Frederico Godofredo Lange
Nascimento 5 de maio de 1892
Morretes, Paraná
Morte 19 de janeiro de 1954 (61 anos)
Curitiba, Paraná
Nacionalidade brasileiro
Ocupação

Biografia

editar

Frederico nasceu na cidade de Morretes, em 1892. Era filho do engenheiro alemão Bruno Rudolf Lange. Entre os 2 e os 9 anos, Frederico morou na casa do Ypiranga, entre os quilômetros 71 e 72 da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá, na Serra do Mar. Sua carreira artística e científica foi bastante influenciada pelo período em que morou na serra.[3][4]

Sua família tinha amizade com o pintor norueguês Alfredo Andersen, um dos precursores da arte paranaense, com quem começou a estudar pintura aos 13 anos e foi essencial para sua formação como artista.[5] A família apoiou seus estudos na Alemanha, entre 1910 e1920, cursando, inicialmente, a Real Academia de Artes Gráficas de Leipzig e mais cinco na Escola Superior de Belas Artes de Munique concluindo a graduação em Pintura e Escultura em 1920. Durante sua formação também cursou vá-rias disciplinas da área biologia.[3][2]

De volta ao Brasil em 1920, casado e com três filhos[6], deu aulas na Escola Normal de Curitiba (hoje Instituto de Educação do Paraná) e fundou a Escola de Desenho e Pintura onde lecionou até 1932.[2][1] Ao lado de João Turin e João Ghelfi, criou o Movimento Paranista. São dele também os os pinhões estilizados geometricamente que vieram a compor as calçadas paranaenses. [1] Também fez estudos de malacologia, publicando o primeiro catálogo de moluscos do Brasil e descrevendo novas espécies desse grupo.[3]

No início dos anos 1930, aceitou o convite do Museu Paulista para assumir o departamento de zoologia, mudando-se com a família para São Paulo.[6] Retornou para Curitiba em 1940, produzindo quadros e participando do movimento que criou a Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP).[5]

Frederico morreu em 19 de janeiro de 1954 devido a infarto.[2]

Legado

editar

Durante a vida, o pintor e cientista Frederico Lange de Morretes se debruçou sobre a natureza do estado do Paraná.[1] Após sua morte não foi diferente. No cemitério de Morretes, o artista nascido em 1892 repousa em pé, de frente para ao Pico Marumbi, adornado por pedras da montanha, plantas nativas e caramujos – animais que pesquisou por tantos anos.[2]

Referências

  1. a b c d ARAUJO, Adalice Maria de (2006). Dicionário das artes plásticas no Paraná. Curitiba: Edição do Autor. p. 768. ISBN 978-85-316-0189-7 
  2. a b c d e Universidade Federal do Paraná (ed.). «Lange de Morretes». Um pouco de arte do Paraná. Consultado em 1 de dezembro de 2016 
  3. a b c GERNET, Marcos de Vasconcellos; BELZ, Carlos Eduardo; BIRCKOLZ, Carlos João; SIMONE, Luiz Ricardo L. ; PARELLADA, Claudia Inês (2018). A contribuição de Frederico Lange de Morretes para a malacologia brasileira. Arquivos de Zoologia 49(3): 153–165.
  4. crbio07 (1 de dezembro de 2016). «Nota de falecimento da Bióloga Berta Lange de Morretes». Consultado em 7 de janeiro de 2017 
  5. a b SALTURI, Luis Afonso (2007). Frederico Lange de Morretes, liberdade dentro de limites: trajetória do artista-cientista (PDF) (Tese). Curitiba: Universidade Federal do Paraná. Consultado em 1 de dezembro de 2016 
  6. a b SESC (ed.). «Entrevista: Berta Lange de Morretes». SESC. Consultado em 1 de dezembro de 2016 
  Este artigo sobre um(a) pintor(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.