Frota K do Metrô de São Paulo
A Frota K do Metrô de São Paulo é uma série de TUES reformados da Frota C, originalmente construídos pela Cobrasma, de identificação atual K01 a K25, sendo complementados pela Frota L, cuja numeração começa no L26 e termina no L47.[1]
Frota K | |
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Trem K07 em testes no Pátio Itaquera ---- Interior ---- | |
Fabricante | Cobrasma, modernizado por Consórcio MTTrens (T'Trans / Grupo MPE / Temoinsa) |
Fábrica | Hortolândia, SP e Três Rios, RJ |
Período de construção | 1979–1986 |
Entrada em serviço | 1984 |
Período de renovação | 2010–2014 |
Total construídos | 25 trens / 150 carros |
Total em serviço | 24 |
Formação | 6 carros |
Capacidade | 2070 passageiros (condição 8 pass/m²) |
Operador | Metrô de São Paulo |
Depósitos | Pátio Itaquera e Pátio Belém |
Linhas | Vermelha |
Especificações | |
Corpo | aço inoxidável |
Comprimento Total | 130,05 m |
Comprimento do veículo | 21,75 m (cada carro) |
Largura | 3,10 m |
Altura | 3,62 m |
Altura do Piso | 1,113 m |
Velocidade máxima | 100 km/h (máxima de projeto) |
Peso | 37,267 kg (tara carro A) / 36.042 kg (tara carro B) |
Aceleração | 1,12 m/s² |
Desaceleração | 1,2 m/s² (serviço) / 1,5 m/s² (emergência) |
Tipo de tração | Elétrica (Corrente alternada) MEDCOM IGBT–VVVF FT-350-750-D |
Motor | motores de indução assíncronos Traktionssysteme Austria TME 50-16-4A/B ou TME 43-18-4 |
Potência | 220 kW / motor |
Tipo de transmissão | Manual / ATO - Automático / ATO-RED / futuramente CBTC (Controle por comunicação entre trens, via e estações) |
Tipo de climatização | HVAC |
Alimentação | 750 Vcc |
Captação de energia | Terceiro trilho |
Classificação UIC | Bo′Bo′+Bo′Bo′+Bo′Bo′+Bo′Bo′+Bo′Bo′+Bo′Bo′ |
Truque ferroviário | "H" rígido |
Freios | regenerativo/reostático, pneumático(atrito) |
segurança | Interface de comunicação de áudio com operador / Botões de abertura de emergência das portas / Extintores de incêndio abaixo dos bancos / Travamento automático das folhas de portas |
Acoplamento | Engate tipo N2 (carro A) |
Bitola | 1,60 m |
A Frota K já fez testes em outras linhas, mas nunca operou fora da Linha 3-Vermelha.[2]
História
editarA Frota C foi fabricada entre 1979 e 1986 pelo consórcio composto pelas empresas Francorail, Société MTE, JS, BBC, TCO e Cobrasma, na fábrica desta última, localizada no município de Sumaré (hoje Hortolândia).[3]
Entre 2011 e 2014, esta frota foi reformada pelo consórcio MTTrens, composto pelas empresas Grupo MPE, Temoinsa e TTrans, no município de Três Rios, formando a atual Frota K.[4]
Atualmente, todos os trens dessa frota operam na Linha 3 - Vermelha, mesma linha do antigo Frota C.[5]
Características
editarA modernização dos antigos trens do Metrô de São Paulo trouxe diversos benefícios, principalmente em relação ao consumo de eletricidade:
Os motores da frota foram trocados, passando a operar em corrente alternada e controle microprocessado, contra os antigos em corrente contínua e sistema Chopper. Além de facilitar sua manutenção, isto gerou tal economia de energia que, mesmo com a adição de ar-condicionado no salão de passageiros e cabine de condução, os trens continuaram a usar quantidade similar de eletricidade em relação aos antigos com ventilação convencional.[6]
Além disso, foi atualizada a comunicação visual das composições, com troca de máscaras e pintura,[7] adicionados equipamentos para melhor informar os passageiros, como placas próximas às portas iluminadas com LEDs informando estações percorridas e próxima estação, painéis de mensagem variável em LED e lâmpada sobre as portas alertando usuários surdos ou com deficiências auditivas de seu iminente fechamento e instalados novos sistemas de segurança e supervisão,[8][9] além de atualizado o sistema de sinalização.[10]
Controvérsias
editarNo início de sua operação, vários relatos alegando problemas com esta frota foram propagados, embora tenham sido rebatidos pela Companhia do Metropolitano.[11]
É importante ressaltar, porém, que falhas são comuns com trens recentemente entregues,[12] o que era o caso dessa série no momento em que apresentava maior quantidade de problemas.[13] Além disso, essa frota foi a que teve sua modernização concluída de maneira mais rápida, sendo a única a cumprir o prazo estabelecido.[14]
Por fim, foi constatado que, durante a modernização, os truques dessa série não foram atualizados, permanecendo os originais; posteriormente, o Metrô substituiu as antigas peças de todas as composições.[15] Mesmo assim, a frota é a segunda que apresenta maior número de falhas, seu índice MKBF (quilometragem média entre falhas) sendo superior apenas ao da Frota E, construída em 1999.[16]
Ver também
editarReferências
- ↑ «SICSP: Nomenclatura das Composições do Metrô» (PDF). Sistema de Informações ao Cidadão - SIC. Consultado em 29 de novembro de 2020
- ↑ Lobo, Renato (2 de agosto de 2020). «Trens da frota K são vistos em estacionamentos da Linha 2-Verde do Metrô». Via Trolebus. Consultado em 29 de novembro de 2020
- ↑ Stippe, Grupo (24 de setembro de 2014). «Desenhos de Trens Urbanos: TUE Cobrasma MTE (Atual série C do Metrô SP)». Desenhos de Trens Urbanos. Consultado em 29 de novembro de 2020
- ↑ Lobo, Renato (8 de maio de 2020). «O dia em que um trem do Metrô de São Paulo foi parar no Rio de Janeiro». Via Trolebus. Consultado em 29 de novembro de 2020
- ↑ Lobo, Renato (24 de março de 2020). «13 Curiosidades da Linha 3-Vermelha do Metrô de São Paulo». Via Trolebus. Consultado em 29 de novembro de 2020
- ↑ «Sistemas de Tecnologia | Metrô São Paulo». www.metro.sp.gov.br. Consultado em 29 de novembro de 2020
- ↑ «Trens e Frota - Metrô São Paulo». www.metro.sp.gov.br. Consultado em 30 de novembro de 2020
- ↑ «Trens Modernizados - Metrô São Paulo». www.metro.sp.gov.br. Consultado em 29 de novembro de 2020
- ↑ «Estado entrega trens modernizados para Linha 3-Vermelha do Metrô». Governo do Estado de São Paulo. 21 de outubro de 2011. Consultado em 29 de novembro de 2020
- ↑ Lopes Menezes, Wilson; Romera Alves, Mauricio (2015). «AEMESP - Modernização dos ATCs L/O para os trens das frotas K e L do Metrô» (PDF). Consultado em 29 de novembro de 2020
- ↑ Lobo, Renato (13 de novembro de 2013). «Metrô de São Paulo fala ao Via Trolebus sobre falhas». Via Trolebus. Consultado em 29 de novembro de 2020
- ↑ Meier, Ricardo (22 de novembro de 2019). «É justificável a desconfiança a respeito dos trens chineses?». Metrô CPTM. Consultado em 29 de novembro de 2020
- ↑ Lobo, Renato (12 de fevereiro de 2014). «Mais um trem da frota K abre porta em movimento, aponta jornal». Via Trolebus. Consultado em 29 de novembro de 2020
- ↑ Lobo, Renato (2 de dezembro de 2014). «Concluída a reforma da frota K do Metrô de São Paulo». Via Trolebus. Consultado em 29 de novembro de 2020
- ↑ Meier, Ricardo (21 de fevereiro de 2017). «Metrô decide recolher trens da Frota K para troca de rolamentos». Metrô CPTM. Consultado em 29 de novembro de 2020
- ↑ «Metrô-SP - Quilometragem Média entre Falhas (MKBF) - 2018-2020» (CSV). Sistema de Informações ao Cidadão - SIC. Companhia do Metropolitano de São Paulo. 22 de dezembro de 2020. Consultado em 24 de dezembro de 2020