Uma fusaiola, também chamada fuseola, verticilo, cossoiro (principalmente na arqueologia de teares antigos, feito de barro[1]), volante, castão/gastão do fuso, mainça e maunça, é um anel de peso variável usado na fiação como um acessório do fuso durante o fiar.

Fiação com uma fusaiola (c) em um fuso (b) e roca (a)

Etimologia

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Fuso com sua fusaiola sob a bobinagem do fio.

Segundo E. e J. Wendling, a palavra vem do italiano "fusaiolo”, nome comum masculino feminilizado em francês, feito por Schliemann por volta de 1860-1870.[2] Gonçalves Viana desaprovava o uso fuseola/fusaiola, considerando-o um galicismo inadequado, pois havia os termos gastão/castão, verticilo (do latim verticillum, pl. verticilli) e mainça/maunça.[3]

Dois pesos, dois usos

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Pela forma de rosca no encaixe, as fusaiolas mais pesadas servem de volante de inércia aos fusos, permitindo girar com mais regularidade.[2][3] As mais leves servem como "anel de parada": rematadas na parte inferior do fuso, elas servem como um rolamento ao fio; colocadas no topo do fuso, eles servem como um "prende-fio", ajudando a torcê-lo.[2][3]

Materiais usados

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Os materiais usados para a fabricação das fusaiolas são muito diversos: âmbar, galhada de cervídeos, osso, coral, vidro, metal (ferro, estanho, chumbo, ligas de chumbo, etc.), madeira (incluindo carvalho), giz, calcário, lamito, arenito, ardósia, pedra-sabão, etc.[2]

História

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As fusaiolas mais antigas conhecidas datam do Neolítico (6500 - 5750 a.C.).[2]

Na Antiguidade, a "esfondilomancia” era uma arte divinatória que utilizava fusaiolas. Elas também foram usadas como suporte para práticas votivas (antes que o desejo seja realizado) ou como um ex-voto.[2]

Na França, a roda de fiar destronou o fuso por volta de 1530, exceto no oeste e sudoeste, e há poucas fusaiolas após essa data. As mais recentes datam por volta de 1930.[2]

Galeria

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Referências

  1. Cardozo, Mário (1994). Obras de Mario Cardozo: Arqueologia e história antiga. [S.l.]: Fundação Eng. António de Almeida 
  2. a b c d e f g Wendling, Edgar; Wendling, Joële (1998). «Distinguo entre rouelles à rayons et fusaïoles». Numismatique & Change (284): 31-32. Cópia arquivada em 30 de março de 2021 
  3. a b c Viana, A. R. Gonçálvez (1906). Apostilas aos Dicionários Portugueses. Tomo I. A-H. Lisboa: Livraria Clássica Editora, A. M. Teixeira & C.ª (Filhos).