Futebol nos Jogos Olímpicos

modalidade olímpica

O futebol foi o segundo esporte coletivo a entrar oficialmente nos Jogos Olímpicos, atrás apenas do polo aquático, em 1908. A competição é oficialmente chamada pela Federação Internacional de Futebol de Torneio Olímpico de Futebol.

Futebol nos Jogos Olímpicos
Torneio Olímpico de Futebol
Dados gerais
Organização FIFA e COI
Edições 28 (masculino)
8 (feminino)
Sistema Torneio concentrado
Grupos e eliminatória
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A partir de 1996, o futebol feminino também passou a ser disputado, com dominância dos Estados Unidos da América, que esteve presente em todas as finais até 2012 e só não levou o ouro em 2000, perdendo para a Noruega. Na edição de 2016, pela primeira vez, as norte-americanas não disputaram medalhas. Elas foram superadas pela Suécia nas quartas de final, na disputa de penalidades. Com a seleção americana eliminada, e a Noruega fora do torneio, a Alemanha se sagrou a terceira campeã do torneio. Desde que o torneio feminino foi incluído no programa olímpico, nunca houve uma dobradinha - ou seja, o mesmo país conquistar a medalha de ouro tanto no masculino quanto no feminino. O país que chegou mais perto foi a Alemanha, que em 2016 conquistou o ouro no feminino e a prata no masculino.

Locais de competição

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Historicamente, as competições de futebol são realizados em outros estádios de outras cidades, sendo a cidade sede tendo apenas os principais jogos.

Edições dos Jogos Olímpicos Cidade Estádio
  Atenas 1896 Sem torneio de futebol
  Paris 1900 Paris Velódromo de Vincennes
  Saint Louis 1904 St. Louis Estádio Francis Field
  Londres 1908 Londres Estádio White City
  Estocolmo 1912 Estocolmo Estádio Olímpico
Estádio Råsunda
Tranebergs Idrottsplats
  Antuérpia 1920 Antuérpia Estádio Olímpico
Stadion Broodstraat
Bruxelas Stade de l'Union St. Gilloise
Gante Stade d'A.A. La Gantoise
  Paris 1924 Paris Stade Olympique, Colombes
Stade Bergeyre
Stade de Paris, Saint-Ouen
Stade Pershing, Vincennes
  Amsterdam 1928 Amsterdam Estádio Olímpico
Harry Elte Stadium
  Los Angeles 1932 Sem torneio de futebol
  Berlim 1936 Berlim Estádio Olímpico
Poststadion, Tiergarten
Mommsenstadion, Charlottenburg
Hertha-BSC-Platz
  Londres 1948 Londres Empire Stadium, Wembley
White Hart Lane, Tottenham
Selhurst Park, Crystal Palace
Craven Cottage, Fulham
Griffin Park, Brentford
Arsenal Stadium, Highbury
Lynn Road, Ilford
Green Pond Road, Walthamstow
Champion Hill, Dulwich
Brighton Goldstone Ground
Portsmouth Fratton Park
  Helsinque 1952 Helsinque Estádio Olímpico
Töölö Football Grounds
Turku Kupittaa Stadion
Tampere Ratina Stadion
Lahti Kisapuisto
Kotka Kotka Stadion
  Melbourne 1956 Melbourne Melbourne Cricket Ground
Olympic Park Stadium
  Roma 1960 Roma Estádio Flamínio
Florença Stadio Comunale
Grosseto Stadio Comunale
Livorno Stadio Ardenza
Pescara Estádio Adriático
Áquila Stadio Comunale
Nápoles Stadio Fuorigrotta
  Tóquio 1964 Tóquio Estádio Olímpico Nacional
Prince Chichibu Memorial Field
Estádio Komazawa
Omiya Estádio Omiya
Yokohama Estádio de Mitsuzawa
  Cidade do México 1968 Cidade do México Estádio Azteca
Puebla Estádio Cuauhtémoc
Guadalajara Estádio Jalisco
León Estádio León
  Munique 1972 Munique Estádio Olímpico
Augsburgo Rosenaustadion
Ingolstadt ESV-Stadion
Ratisbona Jahnstadion
Nurembergue Städtisches Stadion
Passau Dreiflüssestadion
  Montreal 1976 Montreal Estádio Olímpico
Sherbrooke Municipal Stadium
Toronto Varsity Stadium
Ottawa Lansdowne Stadium
  Moscou 1980 Moscou Estádio Lenin
Estádio Dynamo
Leningrado Estádio Kirov
Kiev Estádio Republicano
Minsk Estádio Dínamo
  Los Angeles 1984 Pasadena Rose Bowl
Boston Harvard Stadium
Annapolis Navy-Marine Corps Memorial Stadium
Stanford Stanford Stadium
  Seoul 1988 Seul Estádio Olímpico de Seul
Estádio Dongdaemun
Busan Estádio Busan
Daegu Estádio Daegu
Daejeon Estádio Daejeon
Gwangju Estádio Gwangju
  Barcelona 1992 Barcelona Camp Nou
Estadi de Sarrià
Sabadell Estadi de la Nova Creu Alta
Saragoça Estadio de La Romareda
Valência Estádio Luis Casanova
  Atlanta 1996 Athens Sanford Stadium
Orlando Citrus Bowl
Birmingham Legion Field
Miami Miami Orange Bowl
Washington, D.C. Robert F. Kennedy Memorial Stadium
  Sydney 2000 Sydney Estádio Olímpico
Sydney Football Stadium
Brisbane Brisbane Cricket Ground
Adelaide Hindmarsh Stadium
Camberra Bruce Stadium
Melbourne Melbourne Cricket Ground
  Atenas 2004 Atenas Estádio Olímpico de Atenas
Estádio Karaiskakis
Patras Estádio Pampeloponnisiako
Vólos Estádio Panthessaliko
Salonica Estádio Kaftanzoglio
Heraclião Estádio Pankritio
  Pequim 2008 Pequim Estádio Nacional de Pequim
Estádio dos Trabalhadores
Tianjin Estádio Centro Olímpico de Tianjin
Xangai Estádio de Shanghai
Qinhuangdao Estádio Centro de Esportes Olímpicos de Qinhuangdao
Shenyang Estádio Olímpico de Shenyang
  Londres 2012 Londres Estádio de Wembley
Glasgow Hampden Park
Cardiff Millennium Stadium
Coventry City of Coventry Stadium
Manchester Old Trafford
Newcastle upon Tyne St James' Park
  Rio de Janeiro 2016 Rio de Janeiro Maracanã
Estádio Olímpico
São Paulo Arena Corinthians
Brasília Estádio Mané Garrincha
Salvador Arena Fonte Nova
Belo Horizonte Mineirão
Manaus Arena da Amazônia
  Tóquio 2020 Chofu Estádio de Tóquio
Yokohama Estádio Internacional de Yokohama
Saitama Estádio Saitama 2002
Rifu Estádio de Miyagi
Kashima Estádio Kashima
Sapporo Sapporo Dome
  Paris 2024 Paris Parc des Princes
Marselha Stade Vélodrome
Lyon Parc Olympique Lyonnais
Bordéus Stade Matmut Atlantique
Saint-Étienne Stade Geoffroy-Guichard
Nantes Stade de la Beaujoire
Nice Allianz Riviera

História

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O torneio masculino é a única modalidade olímpica a "restringir" a participação de atletas. Isso porque a FIFA teme que o torneio olímpico de futebol possa competir em importância com a Copa do Mundo. Por outro lado, o Comitê Olímpico Internacional tem receio que as outras competições entrem em caráter secundário para a mídia, ofuscadas pelas grandes estrelas dos gramados.[carece de fontes?] Além disso, o Torneio Olímpico de Futebol não consta como uma Data FIFA, o que significa que os clubes não estão obrigados a liberarem seus jogadores para a competição.[1]

Assim, até os Jogos de 1984, em Los Angeles, somente atletas amadores (para a FIFA, "atleta amador" seriam os que não recebiam reembolso por tempo de afastamento) poderiam participar, o que acabou gerando uma vantagem para os países socialistas do Leste Europeu, já que os jogadores nesses países eram, oficialmente, militares (e, portanto, amadores). Assim, essa era do torneio de futebol olímpico ficou conhecido como "amadorismo de fachada". Atletas notórios nesse desporto, como Pelé, por exemplo, jamais puderam participar dos Jogos Olímpicos por conta dessa restrição[2]. Nos Jogos de Seul, em 1988, foi-se permitido levar jogadores que eram profissionais, mas que nunca haviam disputado a Copa do Mundo FIFA. Já a partir de Barcelona-1992, o torneio passou a ser disputado por atletas sub-23, com a permissão da convocação de até 3 atletas com a idade acima desta, independente de terem ou não disputado Copas do Mundo.

Por conta dessas "restrições", o torneio masculino é a competição de futebol mais imprevisível, com medalhas conquistadas por países como Hungria (tri-campeã olímpica, todas conquistadas na era amadora da competição), Nigéria (ouro em 1996, prata em 2008 e bronze em 2016), Camarões (ouro em 2000), Paraguai (prata em 2004), Japão (bronze em 1968), Gana (bronze em 1992), Chile (bronze em 2000), e Coreia do Sul (bronze em 2012).

Por outro lado, o Brasil, maior ganhador de Copas do Mundo, com cinco títulos, veio a conquistar a sua primeira medalha de ouro somente em 2016. Com isso o selecionado brasileiro passou a ser o mais laureado da história da competição masculina e aumentou a distância para o segundo colocado neste quesito com o segundo ouro conquistado em 2020 (com 7 medalhas, o Brasil tem quatro a mais que o segundo colocado),[3] embora não seja a que tem mais ouros, e por isso não aparece no topo do quadro de medalhas do torneio masculino. Além disso, com a vitória conquistada na semifinal de 2016, diante de Honduras, passou a ser a que tem o maior número de vitórias no torneio olímpico: 34 vitórias em treze participações.[4]

Reunificada em 1990, a atual seleção da República Federal da Alemanha jamais conquistou a medalha de ouro. Outra grande potência da modalidade com quatro títulos mundiais, o país classificou-se para o torneio pela primeira vez em 2016, edição na qual conquistou a medalha de prata. A extinta Alemanha Oriental, socialista e de futebol amador, conquistou o ouro em 1976, na época do chamado "amadorismo de fachada" dos países do Leste Europeu, ganhou também uma prata e um bronze; enquanto isso a antiga Alemanha Ocidental, capitalista e com seu futebol profissional teve rendimento pequeno: conseguiu apenas uma medalha de bronze, em 1988. Nas Olimpíadas de 1964, os dois países competiram esportivamente unidos com o nome de Alemanha Unificada, mas na modalidade futebol foi representada pela Alemanha Oriental, que ficou com a medalha de bronze. Alemanha Ocidental e Oriental tinham federações de futebol diferentes e independentes.

Início

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Pierre de Fredy, o Barão de Coubertin, recriador das Olimpíadas, era defensor ardoroso do amadorismo. Assim, no começo, o futebol nas Olimpíadas era disputado apenas por jogadores amadores.

O futebol que ainda dava os primeiros passos na sua internacionalização, não fez parte dos primeiros jogos da era moderna, disputados em Atenas, na Grécia em 1896. Segundo alguns relatos, na primeira edição dos Jogos, disputou-se um torneio não oficial na capital helénica, onde uma equipa de Atenas perdeu a final para uma equipa de Esmirna, que representava o então Império Otomano. Mas a historiografia oficial do movimento olímpico tem sérias reservas relativamente à real existência de tal encontro.[5]

Desta forma, o futebol foi introduzido nas Olimpíadas de Paris, em 1900, mas como esporte de exibição. Em St. Louis 1904 também fez parte do programa olímpico, mas ainda como exibição. Nos Jogos Olímpicos Intercalares de 1906, o futebol também teve o mesmo tratamento. Estas competições foram disputadas por clubes, universidades e seleções de cidades ou regiões, não tendo o reconhecimento oficial da FIFA. A ausência de informações dessas competições nos arquivos online da FIFA também pode ser lida como uma forma de não validar essa competição antes de sua fundação, que aconteceu em 1904.[6] O COI, porém, mais tarde reconheceria estas medalhas como oficiais. Somente em Londres 1908 o futebol passou a fazer parte de fato do programa olímpico. Desde então, o esporte só ficou de fora da disputa das Olimpíadas nos Jogos de 1932, em Los Angeles.[7]

É possível dividir a história da modalidade nos jogos em três fases. Na primeira, que vai do início dos Jogos até o fim da Segunda Guerra Mundial, o torneio refletia de certa forma a relação de forças do futebol internacional no início do Século XX. Na segunda, entre as décadas de 1950 e 1970, no auge do "amadorismo", há um enorme domínio do Leste Europeu, que enviava suas competitivas seleções principais para enfrentar times realmente amadores, compostos por juniores. Por fim, a fase "moderna", em que a FIFA tentou igualar as condições e impôs limitações uniformes para todos os países.

"Campeonato Mundial" e primeira Copa do Mundo

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O primeiro torneio com a participação de seleções nacionais e disputado em moldes parecidos com os atuais foi o de 1908 em Londres, que corou à anfitriã Grã-Bretanha como a grande vencedora, título que renovaria quatro anos depois em Estocolmo.[5] Este torneio realizado nos Jogos de 1908 é considerado como o primeiro torneio de caráter internacional disputado, e ele ficou a cargo da Football Association, que à época não era afiliada a então recém fundada FIFA. Nesse início foi ressaltado que somente poderiam participar do torneio olímpico de futebol atletas amadores, segundo os princípios olímpicos, sendo considerado amador aquele que "não recebesse remuneração ou consideração de qualquer espécie a mais do que as despesas necessárias para pagar hotel e viagem, ou aquele que não estivesse registrado como profissional".[6]

A partir de meados da década de 1910, o futebol ganha cada vez mais importância. Até então as grandes viagens para disputar os Jogos ainda eram feitas de barco, e só equipes europeias se inscreviam para a competição. O futebol não era grande o suficiente para que alguém encarasse os custos de uma viagem transatlântica: nenhum país latino-americano quis realizar a travessia. Esse cenário começa a mudar a partir dos Jogos da Antuérpia 1920, que receberam pela primeira vez uma equipe de fora da Europa. Coube esse mérito à Seleção do Egito. A cidade belga presenciaria também a primeira derrota britânica, logo no primeiro jogo com a Noruega, o que levou os britânicos a protestarem a inclusão de profissionais nas outras equipas. Na única edição que foi disputada em molde de campeonato e sem final, a anfitriã Bélgica bateu a Espanha na final.[5] É neste torneio também que ocorreu a primeira grande polêmica. Na disputa da medalha de ouro, a Tchecoslováquia se sentiu tão prejudicada pela arbitragem e pelo clima bélico em Antuérpia, que se retirou de campo e deu a vitória à anfitriã Bélgica.

 
Jogadores do uruguai, campeões olímpicos em 1928.

De 1908 a 1928, apesar do amadorismo, o torneio olímpico de futebol foi a principal competição internacional de seleções. Por conta disso, até 1930, com a realização da primeira Copa do Mundo, no Uruguai, o torneio olímpico de futebol era considerado o "Campeonato Mundial de Futebol".

Os Jogos Olímpicos de Paris, em 1924, representam uma grande transformação na estrutura do futebol e confirma que o futebol havia se popularizado. O torneio de futebol foi disputado em quatro estádios diferentes (Colombes, Pershing, Berger e Paris) e, segundo o Relatório Oficial dos Jogos teve um público acumulado de 201 324 pessoas.[6] Para se ter uma ideia, naquela época o futebol tinha se tornado tão popular que um terço de toda a receita obtida nas Olimpíadas de 1924 viria dos estádios de futebol.

A força latino-americana, até hoje presente na disputa, começou a se fazer valer nos Jogos, com a entrada do Uruguai e Argentina.[8][9] Em 1924, os uruguaios venceram cinco jogos marcando 20 gols e sofrendo apenas dois. Faturou um ouro que, assim como o de 1928, em Amsterdã, estampa até hoje o seu símbolo oficial, garantindo ainda o apelido de "Celeste Olímpica" e o posto de maior potência do futebol mundial, à época. Na comemoração do ouro obtido em 1924, os uruguaios andaram ao redor do campo acenando para o público: era a primeira volta olímpica da história do futebol.

Ao final dos Jogos de 1924 se iniciou um debate entre o COI e a FIFA que foi crucial para os rumos do futebol dentro dos Jogos Olímpicos. O Congresso de Praga (1925), deu uma nova definição de "amadorismo", e foi feita em conjunto com as federações internacionais.[6]

Ao final dos Jogos de 1928 ficou decidido que o futebol não faria parte do programa olímpico de 1932. Com a saída da modalidade e diante da autonomia que já apresentava em relação ao movimento olímpico, em outubro de 1928 a FIFA anunciou que pretendia organizar um campeonato mundial de futebol aberto para amadores e profissionais, mas que esse fato não iria interferir nos Jogos Olímpicos.[6]

Amadorismo e domínio dos países do leste europeu

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Com o estabelecimento da Copa do Mundo, em 1930, começou o profissionalismo no futebol. A FIFA não autorizou a realização do torneio olímpico nos Jogos de 1932, e a partir de 1936 as seleções olímpicas só poderiam relacionar seus melhores atletas se estes fossem amadores (para a FIFA, "atleta amador" seriam os que não recebiam reembolso por tempo de afastamento). O torneio olímpico de futebol passou a ser, portanto, uma competição de seleções restritivas. Isto acabou gerando uma vantagem para os socialistas do Leste Europeu, já que os jogadores nesses países eram, oficialmente, militares (e, portanto, amadores). Assim, estes países enviavam aos Jogos Olímpicos suas seleções principais (o que ficou conhecido por "amadorismo de fachada"), ao passo que os países ocidentais eram forçados a mandar equipes amadoras ou de juniores.[8] Muitas seleções passaram a não participar do torneio de futebol por alegar que o futebol profissional havia ganhado espaço em seu país e, por tal fato, não teriam condições de enviar uma seleção competitiva para a disputa.[6]

Desta forma, não é de estranhar que a lista de campeões olímpicos entre 1952 e 1980 só inclua países que ficavam na chamada "cortina de ferro": União Soviética (1956), Jugoslávia (1960), Hungria (1964 e 1968), Polônia (1972), República Democrática Alemã (1976) e Checoslováquia (1980). Entre Londres 1948 e Moscou 1980, 23 das 27 medalhas olímpicas foram conquistadas por países socialistas, cabendo a Dinamarca, Suécia e Japão as únicas exceções.

O "amadorismo", no entanto, não impediu o desfile de grandes craques pelos campos olímpicos. Um deles foi Ferenc Puskás, que, ao lado de outros grandes jogadores como Zoltán Czibor e Sándor Kocsis, comandou os húngaros em Helsinque dois anos antes de brilhar na Copa da Suíça. Quatro anos mais tarde, os soviéticos venceram com Lev Yashin guardando a meta.

Para os Jogos Olímpicos de Roma em 1960, a FIFA tomou uma decisão inédita: estava proibida, além dos atletas profissionais, a participação dos jogadores que haviam disputado a Copa do Mundo da Suécia de 1958. Essa determinação foi apresentada como forma de salvar o torneio olímpico e, consequentemente, restringir o acesso dos atletas pertencentes aos países que não reconheciam o profissionalismo (União Soviética, Suécia, Tchecoslováquia e Hungria) e tinham um grande êxito nessa competição.[6] Um destaque negativo dessa época aconteceu em 1968: a desistência da seleção de Marrocos, que se recusou a jogar após ser sorteada para o Grupo C, que também tinha Israel. A equipe marroquina foi substituída pela seleção de Gana.

Boicote da Grã-Bretanha

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 Ver artigo principal: Seleção Britânica de Futebol
 
A Seleção Britânica medalha de ouro nas Olimpíadas de Londres, 1908. O uniforme foi o mesmo do da Seleção Inglesa, mas com a bandeira do Reino Unido bordada no peito.

A partir de 1972, a Grã-Bretanha não mais participou do torneio olímpico de futebol, já que a Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales disputam a Olimpíada defendendo uma única bandeira, e o futebol na Grã-Bretanha não tem um órgão regulador único (esses países disputam torneios da FIFA separadamente). Apenas a Football Association inglesa (FA) é afiliada à British Olympic Association (BOA), e a FA inscreveu times da "Grã-Bretanha" nos torneios de futebol até 1972. Em 1974, a FA aboliu a distinção entre "amador" e "profissional", e parou de entrar nas Olimpíadas. Embora a FIFA tenha permitido profissionais nas Olimpíadas desde 1984, a FA não voltou a entrar, já que as nações nacionais temiam que uma equipe olímpica britânica unida abrisse um precedente que poderia levar a FIFA a questionar seu status separado em outras competições da FIFA e no International Football Association Board.[10][11]

 
Ryan Giggs, um dos cinco não ingleses do elenco olímpico do time masculino de 2012.

Quando Londres foi escolhida para sediar os Jogos de 2012, houve pressão sobre a federação inglesa para exercer o direito automático da nação anfitriã de colocar uma equipe em campo.[12] Em 2009, o plano acordado pela FA com a FA galesa, a FA escocesa e a FA irlandesa era apenas colocar jogadores ingleses;[13] no entanto, a British Olympic Association rejeitou isso[14] e, em última análise, havia jogadores galeses no time masculino e escoceses no time feminino.[15] Na estreia das seleções britânicas masculina e feminina de futebol nos Jogos Olímpicos de 2012, atletas não ingleses recusaram-se a cantar o God Save the Queen (Deus salve a Rainha, em inglês), o hino nacional britânico. Na equipe feminina, Kim Little e Ifeoma Dieke, ambas escocesas, foram as que não cantaram e, na equipe masculina, quem não cantou foram os galeses Ryan Giggs e Craig Bellamy. A atitude dos atletas foi muito criticada por torcedores do Reino Unido.[16]

Após os jogos de 2012, a FA decidiu que nenhuma equipe seria inscrita nos torneios masculinos subsequentes, mas estava aberta para colocar uma equipe feminina novamente.[17] Para o torneio de 2020, a FIFA declarou que a seleção feminina do Reino Unido poderia entrar nas Olimpíadas com a concordância das quatro federações de futebol britânicas, dependendo do desempenho da seleção feminina inglesa na Copa do Mundo de 2019 (que serviu como qualificação europeia para as Olimpíadas), o que veio a ocorrer.

A era moderna e equipes "sub-23"

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Jogos de 1984 e 1988

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A discrepância de forças estava gerando um desinteresse do público. Isto fez com que, para os Jogos de Los Angeles 1984, o Comitê Olímpico Internacional admitisse uma mudança na regra para aumentar o interesse no esporte. A partir de então, foram admitidos jogadores profissionais. Ocorreu, então, um acordo entre a FIFA, que não queria as Olimpíadas "disputando" com a Copa do Mundo, e o COI, definindo que jogadores que não tivessem participado da Copa do Mundo pudessem disputar as Olimpíadas. Muitas delegações em campo levaram equipes jovens, incluindo a França, que em 1984 ganhou o título olímpico.[8][18] As regras de 1984 foram mantidas também para a edição de 1988, mas com um parágrafo adicional: eram elegíveis os jogadores de futebol europeus e sul-americanos que antes haviam disputado menos de 90 minutos em uma única partida da Copa do Mundo.

Formato atual

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Desde os Jogos de 1992, em Barcelona, somente jogadores com menos de 23 anos podem disputar as Olimpíadas no futebol masculino. Quatro anos depois, outra regra foi introduzida e três jogadores acima dos 23 anos podem fazer parte da equipe olímpica. Assim, o torneio olímpico passou a ser uma espécie de complemento para outros de base geridos pela FIFA, como os Mundiais Sub-20 e Sub-17.[18] Este novo formato permite que, em tese, as equipes de todo o mundo possam competir de forma igual.[19] Os países africanos, porém, acabam se aproveitando desta regra (assim como nos outros campeonatos de base), muito por conta das adulterações de idade, que acabam fazendo com que atletas se sobressaiam fisicamente.[20] Por conta disso, desde então é comum ver resultados expressivos para algumas seleções africanas no torneio olímpico. Não por acaso, 1992 entrou para a história por conta da primeira medalha de um país africano: Gana faturou o bronze após vencer a Austrália. E nos dois torneios seguintes (1996 e 2000), Nigéria e Camarões, respectivamente, conquistaram a medalha de ouro.

Por causa do conceito de amadorismo anterior, vários dos países historicamente fortes no futebol têm campanhas modestas ou inexpressivas em Jogos Olímpicos: A primeira participação do Brasil se deu em Helsinque, em 1952, mas sua primeira medalha de ouro, no entanto, so veio quando jogou em casa, na edição do Rio de Janeiro em 2016. Os Países Baixos conquistaram o bronze nos três primeiros torneios, mas desde 1952 só se classificou aos Jogos em 2008. O Uruguai venceu o torneio em suas duas primeiras participações, em 1924 e 1928, sendo apenas essas duas aparições olímpicas até 2012, onde conseguiu a sua classificação após 84 anos sem disputar o torneio olímpico de futebol. A Itália, tetracampeã mundial de futebol, conquistou a medalha de ouro olímpica apenas uma vez em 1936, e tem mais duas medalhas de bronze em 1928 e 2004 além de ser o país que mais vezes participou no torneio olímpico de futebol com quinze presenças, apesar de estar ausente desde 2008. A Alemanha, tetracampeã mundial e tradicional potência futebolística, participou apenas nove vezes do certame (contando as participações como Alemanha Ocidental), tendo como melhor resultado a medalha de prata em 2016, coincidindo com a estreia da equipe representando a Alemanha reunificada no torneio.[21]

A adição do futebol feminino

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Em 1996, foi incluído o torneio feminino de futebol nos Jogos Olímpicos. Sem tempo para organizar um torneio classificatório, foi decidido que as vagas seriam das oito primeiras colocadas na Copa do Mundo de 1995, apenas substituindo a Inglaterra – que nas Olimpíadas é parte da Grã-Bretanha – pelo nono colocado Brasil. As anfitriãs dos Estados Unidos venceram o torneio inaugural em Atlanta,[22] e chegaram a todas as finais até 2012, só perdendo o ouro em Sydney 2000 para a Noruega. Por duas vezes consecutivas as norte-americanas derrotaram as brasileiras, em Atenas 2004 e Pequim 2008, e em Londres 2012, desbancaram as então campeãs mundiais do Japão. Em 2016, os Estados Unidos ficaram de fora da final pela primeira vez no futebol feminino.

Para o futebol feminino, a FIFA permite o uso das seleções principais no torneio olímpico e chega a contar o desempenho nas Olimpíadas para o Ranking Feminino Mundial da FIFA.[23]

Torneio masculino

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Resultados

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O futebol foi torneio de exibição nos Jogos Olímpicos de Verão de 1900 e 1904, sendo posteriormente considerados pelo COI como oficiais e contando para o quadro de medalhas.[24] A FIFA não considera os torneios como oficiais já que clubes representaram os selecionados nacionais. O torneio de futebol não foi disputado apenas na primeira edição dos Jogos, em 1896, e em 1932 quando a FIFA não tinha conceitos de amadorismo claros. Em 1916 (Olimpíadas canceladas devido à I Guerra Mundial), 1940 e 1944 (II Guerra Mundial) os Jogos Olímpicos não se realizaram.

Ano Sede Final Semifinalistas
Ouro Placar(es) Prata Bronze Placar(es) 4º lugar
1896  
Atenas
Torneio não realizado
1900
Detalhes
 
Paris
 
Grã-Bretanha
[25]  
França
 
Bélgica
[25]
1904
Detalhes
 
St. Louis
 
Canadá
[26]  
Estados Unidos
 
Estados Unidos
[26]
1908
Detalhes
 
Londres
 
Grã-Bretanha
2 – 0  
Dinamarca
 
Países Baixos
2 – 0  
Suécia
1912
Detalhes
 
Estocolmo
 
Grã-Bretanha
4 – 2  
Dinamarca
 
Países Baixos
9 – 0  
Finlândia
1916 Edição cancelada devido à Primeira Guerra Mundial.
1920
Detalhes
 
Antuérpia
 
Belgica
[27]  
Espanha
 
Países Baixos
[27]  
Itália
1924
Detalhes
 
Paris
 
Uruguai
3 – 0  
Suíça
 
Suécia
1 – 1 (pro)
3 – 1
 
Países Baixos
1928
Detalhes
 
Amsterdã
 
Uruguai
1 – 1 (pro)
2 – 1
 
Argentina
 
Itália
11 – 3  
Egito
1932  
Los Angeles
Torneio não realizado
1936
Detalhes
 
Berlim
 
Itália
2 – 1 (pro)  
Áustria
 
Noruega
3 – 2  
Polônia
1940 Edições canceladas devido à Segunda Guerra Mundial.
1944
1948
Detalhes
 
Londres
 
Suécia
3 – 1  
Iugoslávia
 
Dinamarca
5 – 3  
Grã-Bretanha
1952
Detalhes
 
Helsinque
 
Hungria
2 – 0  
Iugoslávia
 
Suécia
2 – 0  
Alemanha Ocidental
1956
Detalhes
 
Melbourne
 
União Soviética
1 – 0  
Iugoslávia
 
Bulgária
3 – 0  
Índia
1960
Detalhes
 
Roma
 
Iugoslávia
3 – 1  
Dinamarca
 
Hungria
2 – 1  
Itália
1964
Detalhes
 
Tóquio
 
Hungria
2 – 1  
Checoslováquia
 
Equipe Alemã Unida[a]
3 – 1  
República Árabe Unida
1968
Detalhes
 
Cidade do México
 
Hungria
4 – 1  
Bulgária
 
Japão
2 – 0  
México
1972
Detalhes
 
Munique
 
Polônia
2 – 1  
Hungria
 
União Soviética
 
Alemanha Oriental
2 – 2[28] (pro)
1976
Detalhes
 
Montreal
 
Alemanha Oriental
3 – 1  
Polônia
 
União Soviética
2 – 0  
Brasil
1980
Detalhes
 
Moscou
 
Checoslováquia
1 – 0  
Alemanha Oriental
 
União Soviética
2 – 0  
Iugoslávia
1984
Detalhes
 
Los Angeles
 
França
2 – 0  
Brasil
 
Iugoslávia
2 – 1  
Itália
1988
Detalhes
 
Seul
 
União Soviética
2 – 1 (pro)  
Brasil
 
Alemanha Ocidental[b]
3 – 0  
Itália
1992
Detalhes
 
Barcelona
 
Espanha
3 – 2  
Polônia
 
Gana
1 – 0  
Austrália
1996
Detalhes
 
Atlanta
 
Nigéria
3 – 2  
Argentina
 
Brasil
5 – 0  
Portugal
2000
Detalhes
 
Sydney
 
Camarões
2 – 2 (proms)
5 – 3 (pen)
 
Espanha
 
Chile
2 – 0  
Estados Unidos
2004
Detalhes
 
Atenas
 
Argentina
1 – 0  
Paraguai
 
Itália
1 – 0  
Iraque
2008
Detalhes
 
Pequim
 
Argentina
1 – 0  
Nigéria
 
Brasil
3 – 0  
Bélgica
2012
Detalhes
 
Londres
 
México
2 – 1  
Brasil
 
Coreia do Sul
2 – 0  
Japão
2016
Detalhes
 
Rio de Janeiro
 
Brasil
1 – 1 (pro)
5 – 4 (pen)
 
Alemanha
 
Nigéria
3 – 2  
Honduras
2020
Detalhes
 
Tóquio
 
Brasil
2 – 1 (pro)  
Espanha
 
México
3 – 1  
Japão
2024
Detalhes
 
Paris
 
Espanha
5 – 3 (pro)  
França
 
Marrocos
6 – 0  
Egito

Quadro de medalhas

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 Ordem  País        
1  HUN Hungria 3 1 1 5
2  GBR Grã-Bretanha 3 0 0 3
3  BRA Brasil 2 3 2 7
4  ESP Espanha 2 3 0 5
5  ARG Argentina 2 2 0 4
6  URS União Soviética 2 0 3 5
7  URU Uruguai 2 0 0 2
8  YUG Iugoslávia 1 3 1 5
9  FRA França 1 2 0 3
 POL Polônia 1 2 0 3
11  GDR Alemanha Oriental[a] 1 1 2 4
12  NGR Nigéria 1 1 1 3
13  TCH Checoslováquia 1 1 0 2
14  ITA Itália 1 0 2 3
 SWE Suécia 1 0 2 3
16  BEL Bélgica 1 0 1 2
 MEX México 1 0 1 2
18  CAN Canadá 1 0 0 1
 CMR Camarões 1 0 0 1
20  DEN Dinamarca 0 3 1 4
21  USA Estados Unidos 0 1 1 2
 BUL Bulgária 0 1 1 2
 GER Alemanha[b] 0 1 1 2
24  AUT Áustria 0 1 0 1
 SUI Suíça 0 1 0 1
 PAR Paraguai 0 1 0 1
27  NED Países Baixos 0 0 3 3
28  CHI Chile 0 0 1 1
 KOR Coreia do Sul 0 0 1 1
 GHA Gana 0 0 1 1
 JPN Japão 0 0 1 1
 MAR Marrocos 0 0 1 1
 NOR Noruega 0 0 1 1
Total 28 28 29 85

Por confederações

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Confederação   Ouro   Prata   Bronze Total
UEFA 18 20 19 57
CONMEBOL 6 6 3 15
CAF 2 1 3 6
CONCACAF 2 1 2 5
AFC 0 0 2 2
OFC 0 0 0 0

Campeões mundiais e olímpicos

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Dos oito países campeões do mundo, apenas a Alemanha não foi campeã olímpica.[29] Como país unificado, conquistou o bronze em 1964 e a prata em 2016, além de ter obtido um bronze como Alemanha Ocidental em 1988.[30] Como Alemanha Oriental, porém, ela foi ouro nos Jogos de 1976. Os alemães também foram campeões mundiais de 1954, 1974, 1990 e 2014.

Vice-campeões mundiais e campeões olímpicos

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Brasil no futebol olímpico

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  • 1952: 5º colocado (quartas de final)
  • 1956: Não se classificou
  • 1960: 6º colocado (1ª fase)
  • 1964: 9º colocado (1ª fase)
  • 1968: 10º colocado (1ª fase)
  • 1972: 13º colocado (1ª fase)
  • 1976: 4º lugar
  • 1980: não se classificou
  • 1984: Prata
  • 1988: Prata
  • 1992: não se classificou
  • 1996: Bronze
  • 2000: 7º colocado (quartas de final)
  • 2004: não se classificou
  • 2008: Bronze
  • 2012: Prata
  • 2016: Ouro
  • 2020: Ouro
  • 2024: não se classificou

Portugal no futebol olímpico

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  • 1900 a 1924: não se classificou
  • 1928: 7º lugar (quartas de final)
  • 1932: torneio não realizado
  • 1936 a 1992: não se classificou
  • 1996: 4º lugar
  • 2000: não se classificou
  • 2004: 14º lugar (1ª fase)
  • 2008: não se classificou
  • 2016: 6º lugar (quartas de final)
  • 2020 a 2024: não se classificou

Fatos sobre o torneio

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Torneio feminino

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Resultados

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Ano Sede Final Disputa pelo bronze
Ouro Placar Prata Bronze Placar 4º lugar
1996
Detalhes
 
Atlanta
 
Estados Unidos
2 – 1  
China
 
Noruega
2 – 0  
Brasil
2000
Detalhes
 
Sydney
 
Noruega
3 – 2
proms
 
Estados Unidos
 
Alemanha
2 – 0  
Brasil
2004
Detalhes
 
Atenas
 
Estados Unidos
2 – 1
pro
 
Brasil
 
Alemanha
1 – 0  
Suécia
2008
Detalhes
 
Pequim
 
Estados Unidos
1 – 0
pro
 
Brasil
 
Alemanha
2 – 0  
Japão
2012
Detalhes
 
Londres
 
Estados Unidos
2 – 1  
Japão
 
Canadá
1 – 0
pro
 
França
2016
Detalhes
 
Rio de Janeiro
 
Alemanha
2 – 1  
Suécia
 
Canadá
2 – 1  
Brasil
2020
Detalhes
 
Tóquio
 
Canadá
1 – 1 (pro)
3 – 2 (pen)
 
Suécia
 
Estados Unidos
4 – 3  
Austrália
2024
Detalhes
 
Paris
 
Estados Unidos
1 – 0  
Brasil
 
Alemanha
1 – 0  
Espanha

Quadro de medalhas

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 Ordem  País        
1  USA Estados Unidos 5 1 1 7
2  GER Alemanha 1 0 4 5
3  CAN Canadá 1 0 2 3
4  NOR Noruega 1 0 1 2
5  BRA Brasil 0 3 0 3
6  SWE Suécia 0 2 0 2
7  CHN China 0 1 0 1
 JPN Japão 0 1 0 1
Total 8 8 8 24

Por confederações

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Confederação   Ouro   Prata   Bronze Total
CONCACAF 6 1 3 10
UEFA 2 2 5 9
CONMEBOL 0 3 0 3
AFC 0 2 0 2
CAF 0 0 0 0
OFC 0 0 0 0

Campeãs mundiais e olímpicas

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Campeãs mundiais e vice-campeãs olímpicas

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Brasil no futebol olímpico feminino

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Em 1996 e 2000, a equipe brasileira ficou em quarto lugar, sendo derrotada por Noruega e Alemanha, respectivamente, na disputa do bronze. Em 2004, liderada por Renê Simões, conquistou a medalha de prata ao perder para os Estados Unidos na final. Isso atraiu a atenção de imprensa e dirigentes para o futebol feminino, que nunca teve campeonatos organizados e tinha jogadoras que serviam apenas a seleção.[32] Quatro anos mais tarde, sob comando do técnico Jorge Barcellos, a final e o resultado se repetiram.[33] Já em 2012 foi a edição com a pior participação brasileira no futebol feminino nos Jogos Olímpicos, sendo eliminadas logo nas quartas de final pelo Japão, desempenho igualado em 2020 quando caíram nessa mesma fase para o Canadá. Em 2016, o Brasil chegou as semifinais, mas foi derrotada pela Suécia nos pênaltis e pelo Canadá na disputa pela medalha de bronze, ficando em quarto lugar.[34]

Portugal no futebol olímpico feminino

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Até o momento, a Seleção Portuguesa não se classificou para os Jogos Olímpicos.

Fatos sobre o torneio

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  • A dominância da seleção dos Estados Unidos - que chegou a todas as finais até 2012, perdendo apenas em Sydney 2000 - faz com que apenas as norte-americanas e a Noruega tenham ganho tanto o ouro olímpico quanto a Copa do Mundo de Futebol Feminino. A bicampeã Alemanha ganhou três bronzes olímpicos consecutivos e um ouro em 2016 se tornando assim mais uma seleção a ganhar tanto o ouro olímpico quanto a Copa do Mundo de Futebol Feminino, enquanto o Japão seguiu o título mundial em 2011 com a prata em 2012.
  • A Grã-Bretanha participou apenas do torneio que sediou, em 2012. Porém por duas vezes a Inglaterra teria direito a uma das vagas. Para 1996, as inglesas ficaram entre as oito primeiras da Copa Feminina de 1995, mas os critérios do COI repassaram a vaga para o Brasil.[22] Para 2016, apesar de uma tentativa de formar uma seleção britânica, as três federações que complementam a Inglaterra vetaram antes mesmo da Copa de 2015, onde as inglesas terminaram em terceiro e assim encaixaram no critério de incluir as três melhores seleções europeias.[35]
  • Apenas Brasil, Estados Unidos e Suécia garantiram vagas em todas as sete edições. Até a edição de 2016, das três seleções, apenas as suecas não tinham ganhado medalhas, com o melhor resultado sendo o quarto lugar em 2004. Após eliminar o Brasil nas semifinais dos jogos Rio de Janeiro 2016, a Suécia garantiu uma medalha, foi a final e acabou ficando com a prata, após ser derrotada pela Alemanha pelo placar de 2–1.
  • No torneio feminino, apenas os Estados Unidos foram campeões como país sede, em 1996.
  • A brasileira Formiga é a única atleta a ter participado de todos os sete torneios já realizados.[36]
  • A americana Christie Rampone é a maior medalhista do futebol feminino com três medalhas de ouro em 2004, 2008 e 2012 além de uma medalha de prata em 2000.
  • A treinadora sueca Pia Sundhage é a única treinadora na história que ganhou o bicampeonato olímpico consecutivo no torneio feminino (2008-2012).

Recordes e estatísticas

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  • Gol mais rápido (futebol masculino) - Neymar, do Brasil: 14 segundos (  Brasil 6–0   Honduras, 2016)[37]
  • Gol mais rápido (futebol feminino) - Janine Beckie, do Canadá aos 19 segundos (  Canadá 2–0   Austrália, 2016)[38]
  • Gol mais rápido numa final - Oribe Peralta, do México aos 29 segundos (  México 2–1   Brasil, 2012)[39]
  • Seleção que mais marcou gols em uma única edição dos jogos olímpicos (futebol masculino) -   Dinamarca (1908) e   Iugoslávia (1952), 26 gols marcados.
  • Maior número de finais consecutivas (futebol masculino) -   Iugoslávia, 4 finais consecutivas (1948, 1952, 1956 e 1960)
  • Maior número de finais consecutivas (futebol feminino) -   Estados Unidos, 5 finais consecutivas (1996, 2000, 2004, 2008 e 2012)
  • Maior número de pódios (futebol masculino e feminino) -   Brasil, com 9.
  • Maior número de pódios (futebol masculino) -   Brasil, com 7.[40]
  • Maior número de pódios (futebol feminino) -   Estados Unidos, com 6.
  • Maior número de vitórias -   Brasil com 38, em 14 edições.
  • Maior número de participações (futebol masculino) -   Itália e   Estados Unidos participaram em 15 edições.
  • Maior número de participações (futebol feminino) -   Estados Unidos e   Brasil participaram de todas as 8 edições do torneio.
  • Única seleção a conquistar a medalha de ouro com 100% de aproveitamento e sem sofrer nenhum gol (futebol masculino) -   Argentina, (6 vitórias em 6 jogos, 17 gols marcados e nenhum gol sofrido na edição de 2004)
  • Artilheira (futebol feminino) - Cristiane, do Brasil, com 14 gols.[41]
  • Artilheiro (futebol masculino) - Sophus Nielsen da Dinamarca e Antal Dunai da Hungria, com 13 gols[41]
  • Melhor média de gols - Antal Dunai, da Hungria, com treze gols marcados em 5 jogos.
  • Maior goleada - Dinamarca 17–1 França (1908)[42]
  • Maior número de gols marcados por apenas 1 jogador nos Jogos Olímpicos - 10 gols: Sophus Nielsen (Dinamarca 17–1 França, 1908), e Gottfried Fuchs (Alemanha 16–0 Russia, 1912)[43]
  • Mais velho a disputar o torneio olímpico de futebol - Ryan Giggs: 38 anos (2012)[44]
  • Mais velho a marcar um gol no torneio olímpico de futebol - Ryan Giggs: 38 anos e 243 dias (2012)[45]
  • Mais novo a marcar um gol no torneio olímpico de futebol - Ángel Uribe: 16 anos e 332 dias (1960)
  • Mais participações (jogador) - Formiga, com sete Olimpíadas.[46]

Artilharia

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Mais gols marcados

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Treinadores campeões

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Quadro geral de medalhas

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Quadro de medalhas geral, considerando o torneio masculino e o torneio feminino.

 Ordem  País        
1  USA Estados Unidos 5 2 2 9
2  HUN Hungria 3 1 1 5
3  GBR Grã-Bretanha 3 0 0 3
4  BRA Brasil 2 6 2 10
5  ESP Espanha 2 3 0 5
6  ARG Argentina 2 2 0 4
7  URS União Soviética 2 0 3 5
8  CAN Canadá 2 0 2 4
9  URU Uruguai 2 0 0 2
10  YUG Iugoslávia 1 3 1 5
11  SWE Suécia 1 2 2 5
12  FRA França 1 2 0 3
 POL Polônia 1 2 0 3
14  GER Alemanha[b] 1 1 5 7
15  GDR Alemanha Oriental[a] 1 1 2 4
16  NGR Nigéria 1 1 1 3
17  TCH Checoslováquia 1 1 0 2
18  ITA Itália 1 0 2 3
 NOR Noruega 1 0 2 3
20  BEL Bélgica 1 0 1 2
 MEX México 1 0 1 2
22  CMR Camarões 1 0 0 1
23  DEN Dinamarca 0 3 1 4
24  BUL Bulgária 0 1 1 2
 JPN Japão 0 1 1 2
26  AUT Áustria 0 1 0 1
 CHN China 0 1 0 1
 PAR Paraguai 0 1 0 1
 SUI Suíça 0 1 0 1
30  NED Países Baixos 0 0 3 3
31  CHI Chile 0 0 1 1
 KOR Coreia do Sul 0 0 1 1
 GHA Gana 0 0 1 1
 MAR Marrocos 0 0 1 1
Total 36 36 37 109
  • A. ^ Em 1964 a Alemanha Ocidental competiu de forma unificada com a Alemanha Oriental como  EUA Equipe Alemã Unida. No torneio de futebol a equipe foi representada pela Alemanha Oriental, onde obteve a medalha de bronze.
  • B. ^ Em 1988 a  FRG Alemanha Ocidental obteve a medalha de bronze. Por ser considerada a sucessora histórica, a medalha é por vezes atribuída a Alemanha.

Ver também

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Referências

  1. olimpiadas.uol.com.br/ Fifa obriga clubes a liberar atletas para Olimpíada e compromete Brasileirão 2012
  2. olympics.com/ A relação de Pelé com os Jogos Olímpicos
  3. otempo.com.br/ O histórico da seleção brasileira nas Olimpíadas até alcançar o ouro
  4. globoesporte.com/ Neymar faz gol relâmpago, e Brasil lutará por ouro no futebol masculino
  5. a b c zerozero.pt/ Futebol: uma história olímpica
  6. a b c d e f g cienciaecultura.bvs.br/ "Muito mais do que um jogo": os embates entre o coi e a Fifa pelo controle do futebol olímpico
  7. acervo.estadao.com.br/ Em 1932, futebol foi cortado da Olimpíada
  8. a b c Bola na Área
  9. MURRAY, Bill. p.176
  10. «Archived copy». Consultado em 12 de agosto de 2008. Cópia arquivada em 9 de agosto de 2008 
  11. http://www.newsletter.co.uk/sport/YOUR-VIEWS-Olympic-football-threat.4327759[ligação inativa]
  12. «Brown pays tribute to GB success». BBC News. 24 de agosto de 2008. Consultado em 2 de maio de 2010 
  13. «Nations pave way for 2012 GB team». BBC Sport. 29 de maio de 2009. Consultado em 29 de maio de 2009. Cópia arquivada em 31 de maio de 2009 
  14. «London 2012 Olympics: Gareth Bale and non-English players have 'legal right' to play for Team GB». Daily Telegraph. 24 de março de 2011. Consultado em 28 de abril de 2011. Cópia arquivada em 28 de fevereiro de 2014 
  15. Idessane, Kheredine (29 de junho de 2012). «London 2012: No Scotland or N Ireland in Olympic football squad». BBC Sport. Consultado em 26 de agosto de 2020 
  16. Recusa em cantar hino vira polêmica no Reino Unido
  17. Kelso, Paul (14 de agosto de 2012). «British Olympic Association chief executive Andy Hunt criticises Football Association for lack of support». London: Daily Telegraph. Consultado em 15 de agosto de 2012. Cópia arquivada em 15 de agosto de 2012 
  18. a b MURRAY, Bill. ibid
  19. COLLI, Eduardo. p.232 e 233.
  20. trivela.uol.com.br/ Seleções continuam enganando a si mesmas com “gatos”
  21. Futebol nos Jogos Olímpicos, Portal Quadro de Medalhas
  22. a b Women's Olympic Football Tournament Atlanta 1996
  23. "Fact Sheet, FIFA Women's World Ranking"
  24. «Football Equipment and History». Comitê Olímpico Internacional. Consultado em 3 de julho de 2010 
  25. a b Originalmete o torneio de futebol de 1900 foi apenas de demonstração entre três equipes representadas por clubes amadores, mas posteriormente foi reconhecido como oficial pelo COI que atribuiu medalhas para as equipes.
  26. a b Originalmete o torneio de futebol de 1904 foi apenas de demonstração entre três equipes (duas dos Estados Unidos) representadas por clubes amadores, mas posteriormente foi reconhecido como oficial pelo COI que atribuiu medalhas para as equipes.
  27. a b Em 1920, a Checoslováquia abandonou a partida final contra a Bélgica após 40 minutos de partida e com o placar de 2–0 a favor dos belgas. A equipe foi desclassificada, e um "mini-torneio" foi disputado para definir as outras equipes medalhistas, com a Espanha derrotando os Países Baixos na disputa pelo segundo lugar por 3–1.
  28. Em 1972, a disputa do terceiro lugar entre União Soviética e Alemanha Oriental terminou empatada por 2–2 após o tempo normal e prorrogação. Ambas as equipes dividiram a medalha de bronze.
  29. «O país do futebol: Alemanha tenta ser a 1ª campeã de tudo com homens e mulheres». ESPN Brasil. 20 de agosto de 2016. Consultado em 20 de junho de 2018 
  30. «Sem estrelas abaixo e acima dos 23 anos, Alemanha não é potência olímpica no futebol». ESPN Brasil. 3 de agosto de 2016. Consultado em 20 de junho de 2018 
  31. SeleInter traz a prata para o Brasil
  32. Brasil cai em jogo dramático e vê sonho de ouro virar prata
  33. Meninas encantam, mas falham na final e ficam no quase de novo
  34. «Brasil perde do Canadá na disputa do bronze no futebol feminino». O Globo. 19 de agosto de 2016. Consultado em 29 de agosto de 2017 
  35. Great Britain’s absence from Rio Olympics is devastating, says FA director
  36. «Record-breaking Brazil set bar high». fifa.com. Consultado em 26 de julho de 2012 
  37. rederecord.r7.com/ Arquivado em 18 de agosto de 2016, no Wayback Machine. Neymar marca o gol mais rápido das história das Olimpíadas
  38. globoesporte.globo.com/ Em êxtase, canadenses celebram recorde olímpico no futebol
  39. olimpiadas.ig.com.br/ Brasil sofre gol mais rápido da história olímpica e fica com a prata no futebol
  40. folha.uol.com.br/ Seleção brasileira de futebol masculino vai em busca de final e recorde
  41. a b torcedores.com/
  42. esporteinterativo.com.br/ Veja quais foram as maiores goleadas da história do torneio de futebol nos Jogos Olímpicos
  43. correiobraziliense.com.br/ Quatro gols em um jogo? Artilheiro do futebol na Rio-2016 quebrou tabu de 44 anos
  44. Fletcher, Paul (29 de julho de 2012). «Olympics football: Ryan Giggs inspires GB win over UAE» (em inglês). BBC Sports Online. Consultado em 1 de agosto de 2012 
  45. futebolingles.ig.com.br/ Britânicos e futebol olímpico
  46. olimpiadas.uol.com.br/ Formiga bate recorde no Brasil e na história do futebol olímpico feminino