Projeto GNU
Projeto GNU, em computação, é um projeto lançado em 27 de setembro de 1983 pelo ativista, programador e hacker Richard Stallman. Atualmente, a Free Software Foundation (FSF) é a principal organização que patrocina o projeto. Já na década de 1980, quase todo software era proprietário, o que significa que ele possuía donos que proibiam e evitavam a cooperação dos usuários. Isso tornou o Projeto GNU necessário.[1] O objetivo do projeto era criar um sistema operacional, chamado GNU, baseado em software livre.
Etimologia
editarO nome “GNU” foi escolhido porque atende a alguns requisitos; em primeiro lugar, é um acrônimo recursivo para “GNU is Not Unix”, depois, porque é uma palavra real e, finalmente, é divertido de falar (ou Cantar).
A palavra “livre” em “software livre” se refere à liberdade, não ao preço. Você pode ou não pagar para obter software do projeto GNU. De qualquer forma, uma vez que você tenha o software, você tem quatro liberdades específicas ao usá-lo: a liberdade de executar o programa como você desejar; a liberdade de copiá-lo e dá-lo a seus amigos e colegas; a liberdade de modificar o programa como você desejar, por ter acesso total ao código-fonte; a liberdade de distribuir versões melhoradas e, portanto, ajudar a construir a comunidade. (Se você redistribuir software do projeto GNU, você pode cobrar uma taxa pelo ato físico de transferir uma cópia, ou você pode simplesmente dar cópias de graça.)
Manifesto GNU
editarO Manifesto GNU foi escrito por Richard Stallman e publicado em Março de 1985 no Dr. Dobb's Journal of Software Tools. O manifesto teve o objetivo de explicar e definir os objetivos do projeto GNU e convidar pessoas para participar e ajudar no desenvolvimento do GNU. Grande parte do texto explica como a filosofia do software livre funciona e porque seria uma boa escolha para a indústria tecnológica seguí-la. O texto é tido com elevada consideração pelo movimento do software livre como uma fonte de filosofia fundamental.
No Manifesto, Stallman listou quatro liberdades essenciais para os usuários de software: 1- Liberdade para usar o programa para qualquer propósito, 2 - Liberdade para estudar a mecânica do programa e modificá-la, 3 - Liberdade para redistribuir cópias e 4 - Liberdade para modificar e melhorar versões para o uso público. Para implementar essas liberdades os usuários precisam ter acesso completo ao código do programa. Para assegurar que o código se mantenha aberto e de livre acesso, Stallman criou a GNU General Public License (Licença de Uso Público Geral), que permite que o software e suas futuras gerações derivadas se mantenham livres para o uso público.
Projetos de software GNU
editarLista de alguns programas desenvolvidos pelo projeto GNU[2]:
- Autotools - Autoconf, Automake e Libtool.
- Bash - interpretador de comandos.
- Clisp - Ferramentas de compilaçãom para lisp.
- Bazaar - Um sistema interativo de manutenção de versões de software.
- coreutils - Caixa de ferramentas básica GNU.
- Binutils - montador, linker e ferramentas relacionadas.
- Bison - gerador de parser desenhado para substituir o yacc.
- Classpath - bibliotecas para Java.
- COBOL for gcc - Projeto para produzir um compilador de Cobol.
- DotGNU - substituto livre para o Microsoft .NET.
- Ed - Um mini editor de texto.
- Emacs - editor de texto extensível e auto-documentado.
- G++ - compilador de C++
- GCC - compilador otimizado para várias linguagens de programação, particularmente linguagem C.
- GDB - depurador de aplicações.
- GFortran - Compilador Fortran
- glibc - biblioteca para linguagem C.
- GNU fcrypt - Criptografia automática e transparente.
- Gnash - Reprodutor Média Flash.
- GMP - sistema de Cálculo com precisão multiplo.
- GNAT - O sistema completo para compilação de ADA 95.
- GNU Health - Software para a saúde.
- GNU Hurd - um micronúcleo e um conjunto de servidores que funcionam do mesmo modo que o núcleo Unix.
- GNU MDK - um conjunto de ferramentas para a programação em MIX.
- GNU Octave - programa voltado para computação numérica, similar ao MATLAB
- Gnumeric - Programa de edição de folhas de cálculo.
- GNUnet - rede descentralizada de comunicações pessoais, desenhada para resistir à censura.
- GNUstep - implementação de conjunto de bibliotecas OpenStep, assim como ferramentas para programar aplicações gráficas.
- Gpaint - Programa de edição de gráficos (pintar).
- GSL - biblioteca científica para GNU
- GTK+ - Caixa de ferramentas GNU para o sistema X Window.
- Gv - Programa para ver ghostscript (pdf).
- Gzip - aplicações e bibliotecas para compressão de dados.
- LilyPond - editor de partituras musicais.
- Maxima - um sistema para cálculos algébricos.
- Texinfo - sistema de documentação, manuais em texto ASCII, e on-line.
- Zile - Um clone leve do Emacs.
O projecto GNU também ajuda com o desenvolvimento de outros pacotes, como:
- CVS - Sistema de controle de versões para código fonte.
- DDD - Ferramentas gráficas para detecção e depuração de erros.
Ver também
editar- Free Software Foundation
- Licença Pública GNU (GPL)
- GNU não é Unix
Referências
- ↑ «Visão geral do sistema GNU». gnu.org. Consultado em 28 de julho de 2012
- ↑ diretório GNU «Diretório de software Gnu» Verifique valor
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(ajuda). GNU. Consultado em 28 de julho de 2012