Gabriel Feltran
Gabriel de Santis Feltran (1975) é um cientista social brasileiro, especialista em etnografia urbana.[1] Tem uma longa experiência no ensino de e pesquisa em sociologia do crime e da violência, sociologia urbana, teorias da ação, etnografia em sociologia, métodos qualitativos.
Gabriel Feltran | |
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Gabriel Feltran, c. 2018
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Nascimento | 1975 |
Nacionalidade | Brasil |
Ocupação | etnógrafo urbano |
Magnum opus | Irmãos : uma história do PCC |
Graduado em Medicina Veterinária (1994 - 1998) pela Universidade de São Paulo (USP), é mestre em Ciência Política (2003, com a dissertação Desvelar a política na periferia: histórias de movimentos sociais em São Paulo) e doutor em Ciências Sociais (2008, com a tese sobre Fronteiras de tensão: um estudo sobre política e violência nas periferias de São Paulo), pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), sob a orientação de Evelina Dagnino, tendo realizado estágio doutoral ("doutorado-sanduíche"[2]) na École des hautes études en sciences sociales (EHESS), sob a orientação de Daniel Cefaï.
Entre 2008 e 2009 realizou pesquisas de pós-doutorado no Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap). [3]
É professor do Departamento de Sociologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole (CEM) e do Núcleo de Etnografias Urbanas do Cebrap.[1][4]
Foi professor visitante da Universidade de Oxford (2019), do Goldsmiths' College da Universidade de Londres (2019), da Universidade Humboldt de Berlim (Kosmos Fellow 2017) e do Centro de Investigaciones y Estudios Superiores en Antropología Social - CIESAS Golfo (México, 2015). Atualmente (2025) é diretor de pesquisa no CNRS, ligado ao Centre d'études européennes et de politique comparée (CEE-Sciences Po), e ministra cursos de Sociologia do Crime e Métodos de Pesquisa Qualitativa (etnografia), na Sciences Po.[5]
Obra
editarGabriel Feltran é autor de inúmeros artigos e capítulos de livros. Também é autor, coautor ou organizador de vários livros.[3]
Em 2011, publicou Fronteiras de tensão: Política e violência nas periferias de São Paulo (Editora da Unesp/CEM, 2011), vencedor do concurso de melhor tese de doutorado em ciências sociais de 2009.
É coautor e co-organizador da coletânea Novas faces da vida nas ruas,[6] livro finalista do prêmio Jabuti de 2017.
É autor de Irmãos: uma história do PCC (Companhia das Letras, 2018), The Entangled City: crime as urban fabric (Manchester University Press, 2020) e organizador de Stolen Cars: a journey through São Paulo's urban conflict (Wiley, SUSC Series, 2022)[7]
Seu livro Irmãos : uma história do PCC foi adaptado para uma série de documentários PCC: Poder Secreto (em inglês, PCC, Secret Power), de 2022, exibida pela HBO Max. [8]
Referências
- ↑ a b IEA-USP. Gabriel de Santis Feltran, 5 de agosto de 2019.
- ↑ CAPES. CAPES publica edital para mais de 2 mil vagas de doutorado-sanduiche. www.gov.br/capes, 10 de outubro de 2024.
- ↑ a b CNPQ. Lattes de Gabriel de Santis Feltran
- ↑ Cebrap. Sobre o pesquisador: Gabriel Feltran
- ↑ (em francês) Annuaire des membres du CEE. Gabriel Feltran
- ↑ Rui, Taniele; Martinez, Mariana; Feltran, Gabriel (orgs.). Novas faces da vida nas ruas. EdUFSCarr, 2016.
- ↑ USP - Centro de Estudos da Metrópole. Resenha: Stolen Cars: A Journey Through São Paulo’s Urban Conflict, organizado por Gabriel Feltran.
- ↑ PCC, Secret Power: When a Work of Sociology Becomes an HBO Series, Entrevista de Gabriel Feltran a Véronique Etienne; sciencespo.fr, 26 de abril de 2023.
Ligações externas
editar- Souza, Adilson Paes de; Feltran, Gabriel. Os círculos do inferno. Folha de S.Paulo, 12 de janeiro de 2025, p. B12. Cópia arquivada em 22 de janeiro de 2025.
- Feltran, Gabriel. Governo que produz crime, crime que produz governo: o dispositivo de gestão do homicídio em São Paulo (1992 – 2011). Revista brasileira de segurança pública. São Paulo v. 6, n. 2, 232-255, agosto-setembro, 2012.
- Feltran, Gabriel de Santis; Chaigne, David Yann. La guerre au quotidien - Notes ethnographiques sur le conflit urbain à São Paulo (Brésil). L'Homme, revue française d'anthropologie, 219-220, 2016, 93-113, doi:10.4000/lhomme.29049