Geni Papos
Geni Nuñez (Dourados) é uma escritora, ativista indígena guarani e psicóloga brasileira.
Geni Núñez | |
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Nome completo | Geni Daniela Nunez Longhini |
Pseudônimo(s) | Geni Papos |
Educação | Universidade de São Paulo Universidade Federal de Santa Catarina |
Ocupação |
Biografia
editarGeni é pesquisadora de pós-doutorado no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP),[1] onde dedica-se a reflexões e produções interdisciplinares que conectam saberes ancestrais e conhecimentos contemporâneos.[2][3]
Possuindo doutorado pelo Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),[1] onde também concluiu o mestrado em Psicologia Social e sua graduação em Psicologia.[4]
Como ativista, Geni é uma voz na luta por justiça social, territorial e cultural.[5] Sendo feminista[6] adepta da não monogamia política,[7][8] ela advoga pela descolonização dos afetos,[3][9] contra o monossexismo,[10][11] o binarismo[12][13] e o cissexismo.[14] Com a temática de relacionamentos, Geni é colunista em Mina, da Universo Online.[15]
Autora de diversas obras que abordam temas como ancestralidade indígenas, psicologia, descolonização e resistência, Geni Nuñez utiliza sua escrita como uma ferramenta de conscientização e transformação em diferentes espaços, reforçando respeito e celebrando a diversidade cultural e epistemológica.[16][17]
Geni é membro da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e da Comissão Guarani Yvyrupa (CGY).[18] Geni é autora de "Descolonizando afetos: experimentações sobre outras formas de amar" (Paidós/Planeta, 2023)[12] e do livro infantil "Jaxy Jaterê, o saci guarani" (HarperKids/HarperCollins, 2023), que conta com ilustrações de Miguela Moura.[1]
Vida pessoal
editarGeni se considera pessoa não binária e não monogâmica.[4] Referente a sua sexualidade, Geni fala sobre não ser lésbica nem hétero, mas que também não se afirma enquanto bi ou pan.[3]
Livros
editar- Núñez, Geni (25 de setembro de 2023). Jaxy Jaterê. [S.l.]: HarperKids
- Núñez, Geni (30 de outubro de 2023). Descolonizando afetos: Experimentações sobre outras formas de amar. [S.l.]: Paidós
- Núñez, Geni (23 de setembro de 2024). Felizes por enquanto: Escritos sobre outros mundos possíveis. [S.l.]: Planeta
Referências
- ↑ a b c «Geni Núñez». Flip. Consultado em 23 de janeiro de 2025
- ↑ «Não há cura do indivíduo, se não há cura da terra». 24 de agosto de 2021. Consultado em 23 de janeiro de 2025
- ↑ a b c Lessa, Luma; Núñez, Geni (2021). «Luta e pensamento anticolonial: Uma entrevista com Geni Núñez». Revista Epistemologias do Sul (2). ISSN 2526-7655. Consultado em 23 de janeiro de 2025
- ↑ a b «Pensamento indígena leva a questionar a monogamia, diz psicóloga Geni Núñez». Folha de S.Paulo. 14 de janeiro de 2024. Consultado em 23 de janeiro de 2025
- ↑ «Projeto Brasilidades recebe Geni Núñez no Centro Tradicional de Invenção Cultural – Quadradinho 61». Consultado em 23 de janeiro de 2025
- ↑ Samyn, Henrique Marques; Arao, Lina (19 de junho de 2021). Feminismos Dissidentes: perspectivas interseccionais. [S.l.]: Editora Jandaíra
- ↑ Jaeger, M.; Nunez, G.; Oliveira, J. M.; Toneli, M. J. (2019). «Bissexualidade, bifobia e monossexismo: problematizando enquadramentos». Bissexualidade, bifobia e monossexismo: problematizando enquadramentos (11): 1–16. ISSN 2358-0844. doi:10.9771/peri.v2i11.28011. Consultado em 23 de janeiro de 2025
- ↑ Núñez, Geni Daniela; Oliveira, João Manuel de; Lago, Mara Coelho de Souza (2021). «Monogamia e (anti)colonialidades:: uma artesania narrativa indígena.». Teoria e Cultura (3). ISSN 2318-101X. doi:10.34019/2318-101X.2021.v16.34439. Consultado em 23 de janeiro de 2025
- ↑ Pilão, Antonio Cerdeira (15 de outubro de 2021). «Conjugalities and sexualities in conflict: monogamy and polyamory among LGBT groups». Vibrant: Virtual Brazilian Anthropology (em inglês): e18503. ISSN 1809-4341. doi:10.1590/1809-43412021v18a503. Consultado em 23 de janeiro de 2025
- ↑ Cruz, Beatriz Fragoso; Lima, Maria Lúcia Campos; Carneiro, Larissa Raiza Costa (4 de novembro de 2022). «Faces da bifobia dentro (e fora) da comunidade LGBTQIAP+: reflexões a partir de narrativas de pessoas bissexuais». Sexualidad, Salud y Sociedad (Rio de Janeiro): e22207. ISSN 1984-6487. doi:10.1590/1984-6487.SESS.2022.38.E22207.A. Consultado em 23 de janeiro de 2025
- ↑ Vas, Dani; Silva Guimarães, Danilo (13 de março de 2023). «Militância enquanto Convite ao Diálogo: o Caso da Militância Monodissidente». Psicologia: Ciência e Profissão: e248692. ISSN 1414-9893. doi:10.1590/1982-3703003248692. Consultado em 23 de janeiro de 2025
- ↑ a b Martins, Fernanda; Nuñez, Geni (30 de julho de 2024). «ENTREVISTA: DESCOLONIZAR AFETOS - CAOS, CONCOMITÂNCIA E MOVIMENTO: UM DIÁLOGO ENTRE FERNANDA MARTINS E GENI NUÑEZ». Revista Espirales (1): 392–404. ISSN 2594-9721. doi:10.29327/2282886.8.1-20. Consultado em 23 de janeiro de 2025
- ↑ Rocha, Natássia (1 de janeiro de 2023). «A não-monogamia está na moda? Uma análise da popularização e captura neoliberal das relações não-monogâmicas.» (PDF). Consultado em 23 de janeiro de 2025
- ↑ Lopes, F. R.; Toneli, M. J. F.; Oliveira, J. M. de (2023). «Necropolítica candiru: Corpo trans devorado na Amazônia». ISSN 1983-3415. doi:10.18542/amazonica.v15i2.13419. Consultado em 23 de janeiro de 2025
- ↑ «Geni Nuñez, Autor em Mina». Mina. Consultado em 23 de janeiro de 2025
- ↑ «Descolonizar e reflorestar o pensamento - Geni Nuñez (por Daniel Cunha)». o lugar. 23 de abril de 2021. Consultado em 23 de janeiro de 2025
- ↑ «O que Geni Papos fala sobre amor?». Nós, mulheres da periferia. Consultado em 23 de janeiro de 2025
- ↑ «Integrantes da nova Comissão de Direitos Humanos do CFP tomam posse para gestão 2023-2025». CFP. 28 de abril de 2023. Consultado em 23 de janeiro de 2025