Gina Parody

política colombiana

Gina María Parody d'Echeona (Bogotá, 13 de novembro de 1973) é uma escritora, advogada e política colombiana. Foi membra da Câmara dos Representantes entre 2002 e 2006 e senadora entre 2006 e 2009. Entre 2013 e 2014, foi diretora do Serviço Nacional de Aprendizagem (SENA) e ministra da Educação, entre 2014 e 2016, ambos no governo do presidente Juan Manuel Santos.

Gina Parody
Gina Parody
Em 2008.
Membra da Câmara dos Representantes da Colômbia
Período 20 de julho de 2002
até 20 de julho de 2006
Senadora da Colômbia
Período 20 de julho de 2006
até 19 de janeiro de 2009
Diretora do Serviço Nacional de Aprendizagem da Colômbia
Período 6 de março de 2013
até 20 de agosto de 2014
Presidente Juan Manuel Santos
Antecessor(a) Luis Alfonso Hoyos
Sucessor(a) Alfonso Prada
Ministra da Educação da Colômbia
Período 20 de agosto de 2014
até 15 de novembro de 2016
Presidente Juan Manuel Santos
Antecessor(a) María Fernanda Campo Saavedra
Sucessor(a) Yaneth Giha Tovar
Dados pessoais
Nome completo Gina María Parody d'Echeona
Nascimento 13 de novembro de 1973 (51 anos)
Bogotá, Colômbia
Nacionalidade colombiana
Alma mater Pontifícia Universidade Javeriana
Companheira Cecilia Álvarez Correa (2014–)
Partido Cambio Radical (2002–2006)
Partido Social de Unidade Nacional (2006–2010)
Independente (2010–)
Profissão Escritora e advogada

Vida pessoal e formação acadêmica

editar

Gina María Parody d'Echeona nasceu em 13 de novembro de 1973, em Bogotá, departamento de Cundinamarca, na Colômbia.[1]

Completou seus estudos superiores na Pontifícia Universidade Javeriana, obtendo uma licenciatura em direito e, depois, se formou como especialista em resolução de conflitos na mesma universidade.[2]

Em 2008, fez uma especialização virtual em gestão de cidades do século XXI na Universidade Aberta da Catalunha. Também fez cursos sobre "recuperação de ganhos de capital como ferramenta para o desenvolvimento e regularização de assentamentos informais" no Lincoln Institute of Land Policy.[3]

Em 28 de agosto de 2014, a ministra do Turismo, Indústria e Comércio da Colômbia, Cecilia Álvarez Correa, tornou pública a relação entre elas.[4][5]

Carreira política

editar
 
Durante passeata "No más niñas y niños con fusil", em 2008.

Câmara dos Representantes

editar

Nas eleições legislativas de 2002, foi eleita membra da Câmara dos Representantes pelo partido Cambio Radical com 71 891 votos. Se destacou por sua defesa da política do presidente Álvaro Uribe. Foi eleita presidente da Primeira Comissão. Seu mandato foi entre 20 de julho de 2002 e 19 de julho de 2006.[2]

Senado da República

editar

Nas eleições legislativas de 2006, se juntou ao Partido Social de Unidade Nacional e foi eleita para o Senado da República com 87 297 votos.[2] Iniciou o mandato em 20 de julho de 2006, mas em janeiro de 2009, anunciou que estava renunciando a seu assento no Senado. Se assento no Senado foi assumido por Marcos Cortés. Especulou-se que a renúncia da senadora estava ligada a votação, na Primeira Comissão do Senado, da reeleição do presidente Álvaro Uribe, já que o partido havia fechado questão em torno da votação para permitir a reeleição do presidente.[6][7] Ela também deixou o partido.[8]

Candidatura para a prefeitura de Bogotá

editar

Em maio de 2011, anunciou sua candidatura a prefeita de Bogotá. Por ter se candidatado sem o apoio de nenhum partido político, coletou assinaturas para concorrer como afiliada do movimento cidadão.[9] Perdeu as eleições para o candidato Gustavo Petro.[10]

Alta Conselheira de Bogotá

editar

Pouco mais de ano após perder as eleições para a prefeitura de Bogotá, o presidente Juan Manuel Santos, nomeou-a para o cargo de Alta Conselheira para Assuntos de Bogotá, assessorando o presidente em questões relacionadas à capital, especialmente com os ministérios e, sobretudo, com o Ministério dos Transportes.[10][11]

Serviço Nacional de Aprendizagem

editar

Em 6 de março de 2013, foi nomeada pelo presidente Juan Manuel Santos para assumir a direção-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem (SENA). Deixou o cargo em 20 de agosto de 2014 para apoiar a campanha de reeleição do presidente. Durante a sua passagem pelo SENA, enfrentou várias manifestações de estudantes, graduados e funcionários que rejeitaram suas ações sob o argumento de que buscava a privatização da entidade.[12][13][14]

Ministério da Educação

editar

Em 20 de agosto de 2014, foi nomeada nova ministra da Educação pelo presidente Juan Manuel Santos, substituindo María Fernanda Campo Saavedra.[15] Renunciou ao cargo, em 4 de outubro de 2016, logo após o referendo do processo de paz colombiano ter sido votado como "Não".[16]

Acredita-se que o motivo tenha relação com livros escolares de educação sexual chamados "Ambientes Escolares Livres de Discriminação" (Ambientes Escolares Libres de Discriminación) que foram acusados ​​de promover a homossexualidade e a ideologia de gênero. O ex-presidente Álvaro Uribe e o ex-inspetor-geral Alejandro Ordóñez aderiram à campanha contra os referidos livros escolares, mesmo quando esta abordagem para educação sexual foi usada durante o próprio governo de Uribe.[17]

Após o ministério

editar

Em abril de 2019, o Ministério Público colombiano solicitou a reabertura da investigação que estava sendo realizada contra Gina Parody e sua companheira, Cecilia Álvarez, em função de um suposto conflito de interesses devido à assinatura de um documento do Conselho Nacional de Política Econômica e Social (CONPES; Consejo Nacional de Política Económica y Social) que permitia adicionar um contrato com a empresa Odebrecht (hoje Novonor).[18]

Livros publicados

editar

Referências

  1. «Gina Parody oficializó su renuncia» [Gina Parody oficializou sua demissão] (em espanhol). Vanguardia Liberal. 15 de janeiro de 2009. Consultado em 11 de junho de 2022 
  2. a b c «Ex-Senadora Gina Parody D'Echeona» (em espanhol). Congreso Visible. Consultado em 11 de junho de 2022. Arquivado do original em 28 de abril de 2019 
  3. «Videos de Gina Parody» (em espanhol). Vimeo. Consultado em 11 de junho de 2022 
  4. «Cecilia Álvarez habló de su relación con Gina Parody» [Cecilia Álvarez falou sobre seu relacionamento com Gina Parody] (em espanhol). El Colombiano. 28 de agosto de 2014. Consultado em 11 de junho de 2022 
  5. «Doy gracias al Presidente porque nunca se metió en el tema personal de nosotras» [Agradeço ao presidente porque ele nunca entrou na questão pessoal de nós] (em espanhol). RCN Radio. 28 de agosto de 2014. Consultado em 11 de junho de 2022 
  6. «Marcos Cortés: el santandereano que reemplazará a Gina Parody» [Marcos Cortés: o santanderiano que substituirá Gina Parody] (em espanhol). Vanguardia. 20 de janeiro de 2009. Consultado em 11 de junho de 2022 
  7. «Malestar por renuncia de Gina Parody» [Indignado com a renúncia de Gina Parody] (em espanhol). El Espectador. 20 de janeiro de 2009. Consultado em 11 de junho de 2022 
  8. «Senadora Gina Parody anunció que también se irá del partido de 'la U'» [A senadora Gina Parody anunciou que também vai deixar o partido 'la U'] (em espanhol). El Tiempo. 16 de janeiro de 2009. Consultado em 11 de junho de 2022 
  9. «Gina Parody lanzó su candidatura a la Alcaldía de Bogotá» [Gina Parody lançou sua candidatura a prefeita de Bogotá] (em espanhol). El Tiempo. 16 de maio de 2011. Consultado em 11 de junho de 2022 
  10. a b «Gina Parody» (em inglês). Colombia Reports. 24 de outubro de 2011. Consultado em 11 de junho de 2022 
  11. Negrete, Esneyder (12 de setembro de 2012). «Gina Parody, representante del gobierno en Bogotá» [Gina Parody, representante do governo em Bogotá] (em espanhol). Confidencial Colombia. Consultado em 11 de junho de 2022 
  12. «Bloqueos y protestas ante la llegada de Gina Parody, a la dirección general del Sena» [Bloqueios e protestos antes da chegada de Gina Paródia, à direção geral do Sena] (em espanhol). RCN Radio. 6 de março de 2013. Consultado em 11 de junho de 2022 
  13. Gonzalez, Camilo (15 de agosto de 2013). «Sindicato del SENA y egresados, protestan contra Gina Parody» [Sindicato do SENA e graduados protestam contra Gina Parody] (em espanhol). Radio Santa Fe. Consultado em 11 de junho de 2022 
  14. Rugeles, Gustavo (31 de julho de 2013). «Así fue la accidentada llegada de Gina Parody al Sena de Manizales que terminó en su "secuestro"» [Esta foi a chegada agitada de Gina Parody ao Sena de Manizales que terminou em seu "sequestro"] (em espanhol). Las 2 Orillas. Consultado em 11 de junho de 2022 
  15. «Gina Parody asume como nueva Ministra de Educación Nacional» [Gina Paródia assume como nova Ministra da Educação Nacional] (em espanhol). Ministério da Educação da Colômbia. 21 de agosto de 2014. Consultado em 11 de junho de 2022. Arquivado do original em 8 de setembro de 2014 
  16. «Gina Parody renuncia al Ministerio de Educación» [Gina Parody renuncia ao Ministério da Educação] (em espanhol). El Tiempo. 4 de outubro de 2016. Consultado em 11 de junho de 2022 
  17. «Gina Parody renuncia como ministra de Educación» [Gina Parody renuncia ao cargo de ministra da Educação] (em espanhol). Semana. 4 de outubro de 2016. Consultado em 11 de junho de 2022 
  18. Correa, Sergio Andrés (4 de abril de 2019). «Gina Parody y Cecilia Álvarez, otra vez bajo la lupa de la justicia» [Gina Parody e Cecilia Álvarez, novamente sob a lupa da justiça] (em espanhol). El Colombiano. Consultado em 11 de junho de 2022 

Ligações externas

editar
 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Gina Parody