Gleuber Vieira GCMMComA (Rio de Janeiro, 8 de dezembro de 1933Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 2025) foi um general-de-exército brasileiro,[3] que foi Ministro e Comandante do Exército entre 1 de janeiro de 1999 e 1 de janeiro de 2003.[4]

Gleuber Vieira
Gleuber Vieira
Dados pessoais
Nascimento 8 de dezembro de 1933
Rio de Janeiro
Morte 19 de janeiro de 2025 (91 anos)
Rio de Janeiro
Esposa Angelina Vieira; Sonia Brasil Vieira (2002 - 2025)
Vida militar
País  Brasil
Força Exército
Anos de serviço 53 anos (de 28/2/1950 a 1/1/2003)
Hierarquia
General de exército
Comandos
Honrarias

Carreira militar

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Oficial

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Graduou-se aspirante-a-oficial de artilharia em 1954, na Academia Militar das Agulhas Negras, como segundo colocado de sua turma. Foi premiado com menção honrosa por ter-se destacado no curso de história militar. Foi o primeiro colocado de sua turma de artilharia na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e também na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, o que lhe valeu a Medalha Marechal Hermes de prata dourada com duas coroas. Graduou-se ainda em ciências econômicas na Faculdade de Ciências Econômicas do Rio de Janeiro, em 1965.[3]

Como tenente e capitão, foi instrutor do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Rio de Janeiro, da Academia Militar das Agulhas Negras e da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais. Quando era tenente-coronel, serviu na Casa Militar do presidente Ernesto Geisel. Como coronel, comandou o 11º Grupo de Artilharia de Campanha, no Rio de Janeiro, entre julho de 1979 e agosto de 1981.[5][3]

Oficial General

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Foi promovido a General de Brigada em 31 de março de 1987 e designado para comandar a Artilharia Divisionária da 3ª Divisão de Exército, em Cruz Alta. Entre 28 de fevereiro de 1989 e 21 de fevereiro de 1991, comandou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais.[6]

Ascendeu a General de Exército em 31 de março de 1995, sendo chefe do Departamento de Ensino e Pesquisa, órgão de direção setorial responsável por implementar a política educacional do ensino militar bélico no âmbito do Ministério do Exército, entre 1995 e 1997. Ao assumir a chefia do DEP, criou e liderou um amplo processo de modernização do ensino no Exército.[3]

Admitido à Ordem do Mérito Militar, foi promovido ao grau de Grande-Oficial ordinário em 1992 e a Grã-Cruz em 1995.[7][2] Em 1978, foi admitido à Ordem Militar de Avis de Portugal no grau de Comendador.[1]

Foi chefe do Estado-Maior do Exército, órgão de direção geral responsável, perante o Ministro do Exército, pela preparação da força no cumprimento de sua destinação constitucional, de 29 de janeiro de 1997 a 7 de janeiro de 1999.[8] No EME, adotou iniciativas concretas em prol da valorização da história militar.[3]

Em 1 de janeiro de 1999, no início do segundo governo de Fernando Henrique Cardoso, assumiu o Ministério do Exército. Contudo, com a criação do Ministério da Defesa e a transformação dos Ministérios Militares em Comandos, em 9 de junho de 1999 assumiu o cargo de Comandante do Exército, no qual permaneceu até o fim do governo, em 1 de janeiro de 2003, quando passou a função para o General de Exército Francisco Roberto de Albuquerque.[3]

Em seu Comando, o Brasil participou de Missões de Paz da Organização das Nações Unidas em Moçambique (ONUMOZ) e em Angola (UNAVEM-III), com um efetivo maior contando com a participação de tropas. As mulheres passaram a ser ingressar nos Colégios Militares, no Instituto Militar de Engenharia e na Escola de Saúde do Exército.[4] Em janeiro de 1999, ao deixar o Comando, passou a ocupar uma cadeira nos conselhos de administração da Petrobras e da BR Distribuidora.[3]

Ao longo da carreira publicou vários trabalhos, entre eles o livro História oral do Exército na Segunda Guerra Mundial (2001), e criou a Fundação Cultural Exército Brasileiro. Participou também de conferências e seminários relacionados, entre outros temas, a segurança e defesa, segurança do Estado, segurança hemisférica e Mercosul em tempos de globalização.[3]

Após sua ida para a reserva, viveu no Rio de Janeiro, onde trabalhou na tradução de livros do inglês para o português. Faleceu na mesma cidade em 19 de janeiro de 2025.[9][10][11]

Referências

  1. a b «Entidades Estrangeiras Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Gleuber Vieira". Presidência da República Portuguesa (Ordens Honoríficas Portuguesas). Consultado em 24 de fevereiro de 2022 
  2. a b BRASIL, Decreto de 3 de abril de 1995.
  3. a b c d e f g h «Gleuber Vieira». Fundação Getúlio Vargas. Consultado em 28 de janeiro de 2021 
  4. a b «Comandantes do Exército Brasileiro». Consultado em 28 de janeiro de 2021 
  5. «Galeria dos Comandantes do 11o. GAC». Consultado em 5 de junho de 2019 
  6. «Antigos comandantes da EsAO». Consultado em 28 de janeiro de 2021 
  7. BRASIL, Decreto de 21 de julho de 1992.
  8. «Ex-Chefes do EME». Consultado em 29 de janeiro de 2021 
  9. «Morre Gen Gleuber Vieira, último Ministro do Exército (O Estado de São Paulo)». Consultado em 20 de janeiro de 2025 
  10. «General Gleuber Vieira, ex-Ministro e ex-Comandante do Exército, morre aos 91 anos (Portal G1)». Consultado em 20 de janeiro de 2025 
  11. «Nota de pesar do Comando Militar do Leste». Consultado em 19 de janeiro de 2025 

Precedido por
Adalberto João Soares Pagani
 
18º Comandante do 11º Grupo de Artilharia de Campanha

1979 — 1981
Sucedido por
Carlos de Proença Cadaval
Precedido por
Mário Sérgio Rodrigues de Mattos
 
39º Comandante da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais

1989 — 1991
Sucedido por
João Cosenza
Precedido por
Delio de Assis Monteiro
 
55º Chefe do Estado-Maior do Exército

1997 — 1999
Sucedido por
Expedito Hermes Rego Miranda
Precedido por
Zenildo Gonzaga Zoroastro de Lucena
 
10º Ministro do Exército
1º Comandante do Exército

1999 — 2003
Sucedido por
Francisco Roberto de Albuquerque