Glockenwise
Os Glockenwise são uma banda de rock originária de Barcelos. No ativo desde 2006, a banda é atualmente composta por Nuno Rodrigues (voz), Rafael Ferreira (guitarra), Rui Fiusa (baixo) e Cláudio Tavares (bateria).
Glockenwise | |
---|---|
Informações gerais | |
Origem | Barcelos |
País | Portugal |
Género(s) | Rock |
Período em atividade | 2007- |
Integrantes | Nuno Rodrigues (voz), Rafael Ferreira (guitarra), Rui Fiusa (baixo), Cláudio Tavares (bateria) |
Ex-integrantes | Cristiano Veloso (bateria) |
História
editarO início: concertos, EP de estreia e mais concertos (2006-2010)
editarRodrigues, Ferreira e Fiusa começaram a tocar juntos ainda adolescentes, em 2006, com cerca de 15 ou 16 anos.[1][2][3] Em entrevista, Ferreira afirmou que começaram a fazê-lo para porque não queriam só "papar sono numa terra pequenina".[4] Com a chegada de Cristiano Veloso, que ocupou a posição de baterista, o trio tornou-se quarteto.[5] Neste período, assinalaram a influência de outras bandas nacionais no seu trabalho, nomeando os Vicious Five, Black Bombaim e os Wraygunn como exemplos de bom rock produzido em Portugal.[3]
Começaram a tocar ao vivo desde o início. Logo no seu ano de formação, integraram o alinhamento do festival Barcelos On The Rocks, promovido pela Honeysound em colaboração com uma série de agentes locais, como a Câmara Municipal de Barcelos e a Lovers & Lollipops.[6] Em 2008, participaram no concurso de bandas Rockstratu's, onde arrecadaram os prémios para melhor vocalista e presença em palco, mas perderam o galardão final para os seus conterrâneos GoDoT.[7]
A estreia do grupo nos discos chegou com o EP "The Glockenwise", lançado em 2009 pela independente Lovers & Lollipops. O registo alavancou mais uma série de concertos da banda, que passou por palcos como: o Armazém do Chá (Porto), o Cabaret Maxime (Lisboa), o festival Milhões de Festa, entre muitos outros.[8] Ainda em 2010, estiveram em destaque ao serem incluídos na compilação anual Novos Talentos FNAC e, também, numa peça do jornal Público sobre a cena rock de Barcelos.[9][10]
Building Waves: os primeiros álbuns (2011-2015)
editarO álbum de estreia do grupo chegou em janeiro de 2011.[11] Construído sobre uma base de rock e punk, Building Waves foi genericamente bem recebido pela crítica.[1][11][12] O jornalista Mário Lopes considerou-o um dos melhores álbuns portugueses desse ano.[13] O disco foi reconhecido também fora de Portugal, com a nomeação para o prémio de melhor álbum europeu independente atribuído pela Impala (associação de editora independentes), ao lado de artistas como Adele, M83 ou Sigur Rós.[2] Nesse verão, estrearam-se num palco de um grande festival de música, inaugurando o palco secundário do Super Bock Super Rock, e tocando antes de Tame Impala.[14]
Os trabalhos seguintes sucederam-se em intervalos de dois anos: em 2013, lançaram Leeches e, em 2015, Heat. Ambos mantiveram o inglês como idioma primordial das suas canções e o selo da Lovers & Lollipops.[15]
Plástico, Calor e Gótico Português: os álbuns em português e o regresso à independência (2018 - atualidade)
editarEm 2018, a música dos Glockenwise surgiu reinventada com o lançamento de Plástico.[16][17] Ao quarto álbum, o agora trio passou a cantar em português, colecionando rasgados elogios da crítica especializada e integrando as listas de melhores álbuns nacionais do ano para publicações como o jornal Público, o Observador, a Time Out, bem como para as rádios Radar, SBSR FM e Antena 3 (esta última, incluiu o disco na lista dos melhores de 2019).[18][19][20][21][22][23][24][25]
Sem novo álbum à vista, em 2020, colaboraram com Rui Reininho no single "Calor", uma revisão em português de "Heat", tema extraído do terceiro álbum da banda.[26][27]
Cinco anos depois de Plástico, a banda regressou ao formato longa-duração em 2023, com Gótico Português.[28][29]
Discografia
editar- The Glockenwise EP (Lovers & Lollipops, 2009)
- Building Waves (Lovers & Lollipops, 2011)
- Leeches (Lovers & Lollipops, 2013)
- Heat (Lovers & Lollipops, 2015)
- Plástico (Valentim de Carvalho, 2018)
- Gótico Português (edição independente, 2023)
Referências
editar- ↑ a b Gomes, André (10 de novembro de 2011). «Entrevista The Glockewise: o tédio é um motor». Bodyspace. Consultado em 28 de fevereiro de 2023. Cópia arquivada em 9 de julho de 2011
- ↑ a b «The Glockenwise candidatos a prémio europeu». TVI Notícias. Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ a b «Entrevista| The Glockenwise». Rock Rola em Barcelos. 29 de agosto de 2007. Consultado em 28 de fevereiro de 2023. Arquivado do original em 13 de julho de 2009
- ↑ «Glockenwise: a música portuguesa ″vive numa bolha″, mas rebentá-la ″pode ser pior″». TSF Rádio Notícias. 11 de agosto de 2019. Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ «Novo disco dos The Glockenwise chega às lojas a 20 de maio». TVI Notícias. Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ «DESTAQUE|Festival: Barcelos On The Rocks – A TROMPA». Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ «NOTAS SOLTAS|Rockastru's 2008 – Os Sons da Final – A TROMPA». Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ «Milhões de Festa – A TROMPA». Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ «"Novos Talentos FNAC 2010" – Vários Artistas – A TROMPA». Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ «Na "pasmaceira" de Barcelos há uma cena». PÚBLICO. Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ a b Pereira, Tiago (13 de janeiro de 2011). «The Glockenwise: Rocknroll com todos. Bom proveito». I Online. Consultado em 28 de fevereiro de 2023. Arquivado do original em 3 de fevereiro de 2011
- ↑ Rios, Pedro. «The Glockenwise». PÚBLICO. Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ «Mário Lopes escolhe os seus discos de 2011». PÚBLICO. Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ «Super Bock Super Rock 2011». www.festivais.pt. Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ «Arte SonoraGlockenwise Apresentam Novo Álbum Com "Vida Vã" | Arte Sonora». artesonora.pt. Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ Branco, Miguel. «Glockenwise: esta banda é muito pouco 2018 (e ainda bem)». Observador. Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ Frota, Gonçalo. «Tão belos que são os dias felizes e cínicos dos Glockenwise». PÚBLICO. Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ Observador. «Indie, eletrónica ou aquele bailarico pop: os 37 discos que mais gostámos de ouvir em 2018». Observador. Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ «Best of 2018: Os melhores discos portugueses de 2018». Time Out Lisboa. Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ «Pop: o melhor do ano». PÚBLICO. Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ «Glockenwise… "Plástico" é um disco que fica na história da música portuguesa». Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ Altamont (28 de dezembro de 2018). «Os melhores discos nacionais de 2018». Altamont. Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ «SBSR.FM». www.sbsr.fm. Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ Redação (14 de maio de 2021). «Glockenwise lançam edição limitada em vinil azul do álbum Plástico». Revista RUA. Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ «RADAR – 97.8 FM » SHORTLIST RADAR 2018: OS 20 MELHORES DISCOS NACIONAIS». Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ Redação (28 de julho de 2020). «Glockenwise e Rui Reininho:Duas gerações da música portuguesa revisitam "Heat" e trazem "Calor"». Revista RUA. Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ Crispim, Tiago (31 de julho de 2020). «Glockenwise reinventam "Heat" com Rui Reininho». Altamont. Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ Frota, Gonçalo. «A margem dos Glockenwise é toda melancolia». PÚBLICO. Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ Teixeira, Filipa. «Escolher o jogo, mudar as regras, ser rock'n'roll: os Glockenwise podem tudo, assim eles queiram». Observador. Consultado em 28 de fevereiro de 2023
Ligações externas
editar