Gordia
Gordia (em persa: Gordiya), Gurdia (Gurdiya) e Curdia (Kurdiyah) foi uma influente nobre parta dos séculos VI e VII da Casa de Mirranes, que foi a primeira esposa-irmã do distinto líder militar Vararanes VI, depois esposa da dinasta Ispabudã Bestã e, por fim, esposa do xá Cosroes II (r. 590–628).
Gordia | |
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Ilustração de Gordia no Xanamé do Xá Tamaspe | |
Bambišn do Império Sassânida com Maria e Sirém | |
Reinado | Desconhecido |
Antecessor(a) | Incerto |
Sucessor(a) | Borana |
Cônjuge |
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Dinastia |
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Religião | Zoroastrismo |
Antecedentes
editarGordia era membro da Casa de Mirranes, uma das Sete grandes casas do Irã do Irã. A família era de origem parta e estava centrada em Rei, ao sul de Teerã, a capital do atual Irã. Seu pai era Bargusnas, um oficial militar que lutou contra o Império Bizantino e fez campanha no Iêmem durante o reinado de Cosroes I (r. 531–579). Seu avô Glones Mirranes serviu como marzobã ("marquês") da Armênia de 572 a 574.[1] Tinha três irmãos que eram Gorduia, Mardansina e mais notavelmente Barã Chobim, com quem se casou.[2] No entanto, não se sabe se ela e Barã eram meio-irmãos ou não.[3]
Vida
editarEm 590, Barã fez uma rebelião em grande escala contra os sassânidas, forçando o xá recém-ascendido Cosroes II a fugir ao Império Bizantino, enquanto assumia o trono. Ele foi derrotado e morto no ano seguinte.[2] Não muito tempo depois, Bestã, tio de Cosroes, se rebelou contra ele, criando um principado para si mesmo em todos os quadrantes a leste e norte do Império Sassânida.[4] Foi durante este período que se casou com Gordia, consequentemente aumentando sua posição. Sua rebelião, porém, também falhou; de acordo com alguns relatos, foi morto pelo súdito heftalita Pariouque, enquanto um relato alternativo afirma que foi Gordia quem o matou após receber promessa de casamento de Cosroes.[5] O historiador do século IX Dinavari mencionou um filho de Gordia e Cosroes, chamado Juvanxir, como reinando como xá brevemente em 630. Ele, no entanto, permanece obscuro, e nenhuma de suas moedas foi achada.[6]
Referências
- ↑ Pourshariati 2008, p. 103.
- ↑ a b Shahbazi 1988, p. 514-522.
- ↑ Brosius 2000.
- ↑ Pourshariati 2008, p. 132-133, 135.
- ↑ Shahbazi 1989, p. 180–182.
- ↑ Tabari 1999, p. 404 (nota 996).
Bibliografia
editar- Brosius, Maria (2000). «WOMEN i. In Pre-Islamic Persia». Enciclopédia Irânica. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia
- Pourshariati, Parvaneh (2008). Decline and Fall of the Sasanian Empire: The Sasanian-Parthian Confederacy and the Arab Conquest of Iran. Nova Iorque: IB Tauris & Co Ltd. ISBN 978-1-84511-645-3
- Shahbazi, A. Shapur (1988). «Bahrām VI Čōbīn». Enciclopédia Irânica Vol. III, Fasc. 5. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia
- Shahbazi, A. Shapur (1989). «Besṭām o Bendōy». Enciclopédia Irânica Vol. IV, Fasc. 2. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia
- Tabari (1999). Bosworth, C.E., ed. The History of al-Tabari Vol. V - The Sasanids, The Byzantines, the Lakhmids and Yemen. Nova Iorque: Imprensa da Universidade Estadual de Nova Iorque