Gottfried Kirchhoff
Gottfried Kirchhoff (Mühlbeck, 15 de Setembro de 1685 - Halle, 21 de Janeiro de 1746) foi um organista e compositor alemão da era barroca.[1][2]
Gottfried Kirchhoff | |
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Nascimento | 15 de setembro de 1685 Mühlbeck, Saxônia-Anhalt Sacro Império Romano-Germânico |
Morte | 21 de janeiro de 1746 (60 anos) Halle (Saale), Sacro Império Romano-Germânico |
Progenitores | Pai: Martin Kirchhoff |
Profissão | |
Período de atividade | 1709–1746 |
Carreira musical | |
Período musical | |
Instrumento(s) | órgão |
Biografia
editarGottfried Kirchhoff nasceu na pequena aldeia de Mühlbeck,[3] no então Eleitorado da Saxónia-Bitterfeld.[3] Filho de um fazendeiro, Martin Kirchhoff, Gottfried foi apadrinhado pelo pastor local, de forma a concluir os seus estudos, primeiro na escola primária da aldeia, depois no liceu de Halle.[1][2][3]
Nesse liceu, recebeu, juntamente com Georg Friedrich Händel, aulas de música do diretor musical Friedrich Wilhelm Zachow, até 1709,[4] quando se tornou mestre-de-capela na corte do duque dinamarquês Filipe Ernesto de Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg.
Após dois anos neste cargo, recebe o cargo de organista na Igreja de São Bento em Quedlimburgo.[4]
Em 1711, casa-se com Anna Bretnitz.[4] Deste casamento, poucos filhos sobreviveram até à idade adulta, sendo um deles Gustav Friedrich Kirchhoff, que, após iniciar seus estudos médicos, tornou-se um virtuoso harpista e compositor de música para harpa conhecido em toda a Europa.[4][3]
Após a morte do seu antigo mestre Zachow em 1712, Gottfried, tal como Bach, candidatam-se ao cargo de diretor musical e organista da Igreja do Mercado de Halle. Depois de uma cantata experimental em 1713, Bach é eleito o organista pelo conselho da Igreja. Em 1714, depois da renúncia de Bach ao cargo, Gottfried ocupou o seu cargo, sucedendo assim ao seu antigo mestre Zachow como organista e diretor de música na terceira votação do conselho da Igreja. Ocupará este cargo até à sua morte.[4]
Suas funções incluíam tocar órgão, consertá-lo, ensinar os alunos e dirigir o coro da cidade.[4]
Durante o seu tempo enquanto organista principal e diretor de música, foi construído e inaugurado o novo órgão na Igreja, em 1716. Além de Bach, os inspetores do órgão foram Johann Kuhnau de Leipzig e Christian Friedrich Rolle de Quedlimburgo.[2]
Kirchhoff compôs duas cantatas solo para as cerimónias de posse, mas apenas os textos sobreviveram aos dias de hoje.[1]
Em 1740, por ocasião da morte do rei Frederico Guilherme I, ele assumiu a composição e execução da música fúnebre.[3]
No período em que esteve em Halle, no entanto, Kirchhoff também compôs um número muito maior de cantatas. No entanto, o catálogo do espólio musical publicado após a sua morte em 1746 por seu genro, pode não conter todas essas obras. No entanto, os corais de órgão e peças instrumentais existentes foram reimpressas e editadas.[1]
Nas suas obras, os arranjos corais para órgão mostram uma habilidade incomum e tanto gosto e espírito que Kirchhoff deve ser contado entre os mais importantes compositores de órgão da primeira metade do século XVIII.[1]
- ↑ a b c d e Grove, George (1952). Dictionary of Music and Musicians. [S.l.: s.n.]
- ↑ a b c Serauky, Walter (1939). Musikgeschichte der Stadt Halle. Berlim: [s.n.] pp. 470–514
- ↑ a b c d e Spitta, Philipp (1882). Kirchhoff, Gottfried. Leipzig: Allgemeine Deutsche Biographie
- ↑ a b c d e f Grohs, Gernot Maria; Klaus, Kreth (2004). Gottfried Kirchhoff (1685-1746) :Komponist und Organist. Dessau: Manuela Kinzel Verlag Faltam os
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