Governo Nicolás Maduro (2019–2025)
O segundo governo de Nicolás Maduro iniciou em 10 de janeiro de 2019, quando ele se empossou perante o Tribunal Supremo de Justiça para o período 2019–2025, após vencer as controversas eleições presidenciais de 2018, realizadas pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), com uma abstenção de 68% do eleitorado registrado.[1] O processo eleitoral foi amplamente denunciado como fraudulento por opositores, pelos Estados Unidos, pela União Europeia e pela maioria dos países da América Latina.[2]
Governo de Nicolás Maduro | |
---|---|
2019 – 2025 | |
Nicolás Maduro em sua posse, 2019 | |
Início | 10 de janeiro de 2019 |
Fim | 10 de janeiro de 2025 |
Organização e Composição | |
Tipo | Presidencialismo |
30.ª vice-presidente | Delcy Rodríguez |
57.º presidente | Nicolás Maduro |
Partido | PSUV |
Histórico | |
Eleição | 2018 |
Durante este período, Maduro enfrentou a crise presidencial, em que Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, foi declarado presidente interino e reconhecido por cerca de 60 países.[3] A crise resultou em grandes protestos contra o governo.
Seu segundo mandato encerrou-se em 10 de janeiro de 2025, com a posse para um terceiro mandato, após as controversas eleições presidenciais de 2018.
Política legislativa
editarO PSUV consolidou o controle político, dominando a Assembleia Nacional Constituinte (ANC) de 2017 a 2020. A ANC, convocada por Maduro para reformar a Constituição de 1999, terminou sem propor alterações.[4] Em 2020, após o boicote da oposição às eleições legislativas, o PSUV também assumiu o controle da Assembleia Nacional.[5]
Situação social
editarA crise humanitária se intensificou, com cerca de 7 milhões de venezuelanos emigrando até 2021.[6]
Economia e energia
editarO governo enfrentou a maior hiperinflação da história venezuelana, agravada pela crise econômica. Durante o período, o uso da criptomoeda Petro foi abandonado, e o país vivenciou a maior crise petrolífera e o pior apagão nacional de sua história em 2019.
Política externa
editarMaduro manteve alianças com países como Cuba, China, Rússia, Irã e Turquia, enquanto relações diplomáticas foram rompidas e, em alguns casos, restabelecidas com nações como Brasil (2022), Colômbia (2022) e Paraguai (2023).[7][8] Em março de 2020, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos emitiu uma ordem de captura contra Maduro por acusações de narcotráfico, oferecendo uma recompensa de 15 milhões de dólares.[9]
Controvérsias
editarTem estado caracterizado por más relações com sua oposição. Durante seu mandato têm sido intervindos os partidos COPEI (2015-2019), Ação Democrática (2020), Primeiro Justiça (2020), Vontade Popular (2020), Movimiento Republicano (2020), Tupamaro (2020), Pátria Para Todos (2020), Compromiso País (2020), Nueva Visión para mi País (2020) e o Partido Comunista de Venezuela (2023).[10][11][12][13][14][15][16][17][18][19][20][21] Henri Falcón denunciou o mesmo para o partido Avançada Progressista (2022).[22] Segundo a oposição, as violações aos direitos humanos têm evidenciado o totalitarismo do governo venezuelano e a busca de um partido único ou uma oposição controlada no país.[23]
Veja-se também
editarReferências
- ↑ «Maduro se juramentó ante el TSJ a pesar de críticqas sobre su legitimidad». TalCual (em espanhol). 10 de janeiro de 2019
- ↑ «La mayoría de países desconoce el triunfo de Maduro y EE.UU. endurece sus sanciones». EFE (em espanhol)
- ↑ «Troops that revolted against Venezuela's Maduro have fled the country». NBC News (em inglês). 9 de dezembro de 2019
- ↑ «La Constituyente de Maduro se disolvió luego de obstaculizar por tres años al Parlamento opositor y sin crear una nueva Constitución». Infobae (em espanhol). 19 de dezembro de 2020
- ↑ «Arrasa la abstención en las elecciones de Nicolás Maduro: solo votó el 31% del censo». El Mundo (em espanhol). 7 de dezembro de 2020
- ↑ «7 millones de venezolanos necesitarán ayuda humanitaria en el 2021, según la OCHA». Tal Cual (em espanhol). 1 de dezembro de 2020
- ↑ «Gobierno de Bolivia restablece relaciones con Venezuela». Deutsche Welle (em espanhol). 12 de novembro de 2020
- ↑ «Nicolás Maduro: "He decidido romper relaciones diplomáticas con Estados Unidos"». Infobae (em espanhol). 23 de janeiro de 2019
- ↑ «EEUU pone precio a la cúpula chavista: la recompensa por los altos mandos del gobierno de Maduro». BioBioChile (em espanhol). 26 de março de 2020
- ↑ «Paramilitares toman por la fuerza la sede del partido Acción Democrática, intervenido por el chavismo». EL MUNDO (em espanhol). 9 de agosto de 2020
- ↑ «PPT dividido, PCV amedrentado y Tupamaro intervenido tras alianza electoral sin el PSUV». Crónica Uno (em espanhol). 19 de agosto de 2020
- ↑ «Sala Constitucional del TSJ designó nueva junta directiva Ad Hoc de Copei» (em espanhol). 2 de dezembro de 2019
- ↑ «Acción Democrática expulsará de sus filas a Bernabé Gutiérrez» (em espanhol). 16 de junho de 2020
- ↑ «El Supremo suspende también a la cúpula de Primero Justicia en su ofensiva contra la oposición venezolana». Europa Press (em espanhol). 17 de junho de 2020
- ↑ «VP rechazó las acusaciones de Tarek William Saab». El Nacional (em espanhol). 25 de maio de 2020
- ↑ «TSJ interviene partido Movimiento Republicano y nombra directiva ad hoc». versionfinal.com.ve (em espanhol). 27 de julho de 2020
- ↑ Lozano, Daniel (19 de agosto de 2020). «El Supremo de Venezuela interviene la directiva del partido chavista Tupamaro». El Mundo (em espanhol)
- ↑ «TSJ ordena al PPT entregar sedes a la junta ad hoc de Ilenia Medina». Runrunes (em espanhol). 21 de outubro de 2020
- ↑ «La Justicia chavista intervino otros dos partidos políticos de izquierda en Venezuela». Infobae (em espanhol). 26 de agosto de 2020
- ↑ García, Yorvi (22 de agosto de 2020). «TSJ del régimen intervino el partido Nuvipa». El Impulso (em espanhol)
- ↑ Singer, Florantonia (12 de agosto de 2023). «El Tribunal Supremo de Venezuela interviene el Partido Comunista y nombra una nueva dirección». El País (em espanhol)
- ↑ «Henri Falcón presentó Futuro, su nuevo movimiento político». EL NACIONAL (em espanhol). 30 de março de 2022
- ↑ «Parlamento condenó judicialización política contra PJ y alertó la intención de instaurar el sistema unipartidista en Venezuela». Asamblea Nacional (em espanhol). 18 de junho de 2020