Gregoria Apaza
Gregoria Apaza Nina (Ayo Ayo, província de Sica Sica, c.1751-La Paz, 6 de setembro de 1782) foi uma heroína e revolucionária indígena do povo aimara que liderou, junto a seu irmão Túpac Katari (Julián Apaza) e sua cunhada Bartolina Sisa, uma das rebeliões mais extensas contra o Império espanhol no Alto Peru.[1][2]
Gregoria Apaza | |
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Nascimento | 13 de junho de 1750 Ayo Ayo Municipality |
Morte | 6 de setembro de 1782 La Paz |
Cidadania | Vice-Reino do Peru |
Irmão(ã)(s) | Túpac Katari |
Ocupação | revolucionária |
Causa da morte | forca |
Trajetória
editarFoi uma das maiores organizadoras e condutoras do levante indígena contra os colonizadores. Administrava os bens advindos dos saques, organizava os acampamentos e dirigia os guerreiros no campo de batalha.[3]
Filha de Nicolás e Marcela, foi casada com Alejandro Pañuni, sacristão, com quem teve um filho, também teve vínculos sentimentais com Andrés Túpac Amaru, sobrinho de Túpac Amaru II, quem unir-se-lhes-ia durante o segundo cerco à cidade espanhola de La Paz em 1781; com este, Gregoria liderou o assalto e tomada de Sorata.[4][5]
Foi torturada e executada o 6 de setembro de 1782 em La Paz, junto a Bartolina Sisa.[4]
Homenagens
editarEm 2018, como ação integrante do plano do governo Evo Morales de valorização da cultura indígena, entrou em circulação na Bolívia a primeira nota de 10 bolivianos (um boliviano equivale ao peso, utilizado até 1986) com o rosto de Gregoria Apaza estampado.[6]
Referências
editar- ↑ del Valle de Siles, María Eugenia (1981). Bartolina Sisa y Gregoria Apaza: dos heroínas indígenas. [S.l.]: Biblioteca Popular Boliviana de "Última Hora". 73 páginas
- ↑ Ramos Andrade, Edgar (2005). Inclusión y dignidad indígena. [S.l.]: Comunidad de Derechos Humanos. 216 páginas
- ↑ «Gregoria Apaza, la "cacica" del cerco a La Paz». www.paginasiete.bo (em espanhol). Consultado em 14 de setembro de 2021
- ↑ a b González Guardiola, Lola (2000). De Bartolina Sisa al Comité de Receptoras de Alimentos de El Alto: antropología del género y organizaciones de mujeres en Bolivia. [S.l.]: Universidad de Castilla La Mancha. 335 páginas. ISBN 978-848-427-072-0
- ↑ Crespo Rodas, Alberto; López Beltrán, Clara (2010). Fragmentos de la patria: doce estudios sobre la historia de Bolivia. [S.l.]: Plural editores. 346 páginas. ISBN 978-999-541-331-6
- ↑ «Bolívia estampa guerreira indígena em nota bancária». Conexão Planeta. 11 de abril de 2018. Consultado em 14 de setembro de 2021