Grupo Simonsen
O Grupo Simonsen foi uma holding brasileira responsável por administrar e manter investimentos e propriedades do empresário Mário Wallace Simonsen em aliança com Celso da Rocha Miranda.[1] Era formada por Mário Wallace Simonsen, Ortiz Monteiro (Deputado Federal), José Luiz Moura, e João Scantimburgo proprietário do Jornal Correio Paulistano.[2]
Dentro de suas propriedades famosas e variadas, as mais famosas foram o Banco Noroeste, Celma, Editora Melhoramentos, Biscoitos Aymoré, Cerâmica São Caetano, Panair do Brasil e a Rede Excelsior de Televisão, além da COMAL, a maior exportadora de café da época. Todas essas empresas foram destruídas e extintas por conta das opções políticas de Grupo Simonsen e pelo próprio empresário utilizar á sua rede de televisão para expressar as suas opiniões particulares.[3][4][5]
Extinção
editarO Grupo Simonsen foi um dos grupos que mais detinham propriedades no país. Porém durante o Regime Militar, Mário Wallace Simonsen saiu do país com medo de represálias e passou a viver praticamente em um exílio com sua esposa, além de deixar de administrar as suas empresas. Entregando-as para os seus familiares.[6]
Seu império foi sucumbindo pouco a pouco após alguns meses de sua saída do país. Primeiro a sua exportadora de café foi impedida de exportar o produto por conta de dívidas mal-resolvidas. A Panair do Brasil, uma das principais, perdeu as suas concessões de voo, indo à falência total e dando as suas rotas de voo para a Varig. [7]
Em pouco tempo, várias empresas, imóveis, aplicações, e outras propriedades foram dizimadas, deixando a família Simonsen a ver navios.
Os únicos empreendimentos que sobraram do grupo foram o Banco Noroeste, e a própria TV Excelsior.[1]
Para não perder as propriedades que lhe restavam, o Banco Noroeste foi transferido rapidamente para um dos familiares de Mário. Já a TV Excelsior foi vendida para os proprietários do jornal Folha da Manhã e pouco tempo depois também foi extinta.[8]
Extinção
editarApós deixar passar as turbulências nos negócios, Wallace Simonsen Neto, filho de Mário Wallace Simonsen, recomprou a TV Excelsior, exceto os imoveis que pertenciam à emissora.[9] Em 1970 a Excelsior foi fechada por não honrar as suas dívidas com o governo.
O Banco Noroeste do Estado de São Paulo, que foi passado para o seu primo Léo Cochrane, funcionou até à década de 1990, quando foi vendido para o Santander.[10]
Referências
- ↑ a b Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «TV EXCELSIOR». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 25 de setembro de 2019
- ↑ «"Caso Panair" completa 50 anos, ainda sem desfecho judicial». epocanegocios.globo.com. Consultado em 25 de setembro de 2019
- ↑ «Golpe de 64: reportagem mostra empresário que perdeu tudo por ajudar João Goulart». R7.com. 1 de abril de 2014. Consultado em 25 de setembro de 2019
- ↑ «UM EMPRESÁRIO QUE NINGUÉM QUER LEMBRAR». ISTOÉ DINHEIRO. 14 de abril de 2004. Consultado em 25 de setembro de 2019
- ↑ «O Brasil, a Panair e o mito de Sísifo». Carta Maior. Consultado em 25 de setembro de 2019
- ↑ «Cadernos especiais da mídia não contaram história da TV Excelsior». O Cafezinho. 21 de abril de 2014. Consultado em 25 de setembro de 2019
- ↑ «Grandes empresários que foram grandes brasileiros». Administradores.com. 21 de dezembro de 2015. Consultado em 25 de setembro de 2019
- ↑ «Mário Wallace Simonsen - Que fim levou?». Terceiro Tempo. Consultado em 25 de setembro de 2019
- ↑ Moya, Álvaro de (2010). Glória in Excelsior : ascensão, apogeu e queda do maior sucesso da televisão brasileira (PDF). São Paulo: Imprensa Oficial. pp. p 286. ISBN 978-85-7060-922-9
- ↑ «Mário Wallace Simonsen, o capitalista sabotado pelos militares e que morreu no exílio.». Patria Latina. 4 de abril de 2017. Consultado em 25 de setembro de 2019