Nota: Para outros significados, veja Guariroba (desambiguação).

A guariroba (Syagrus oleracea) é uma espécie de palmeira do gênero botânico Syagrus, que pode ser encontrada em uma grande parte do leste do Brasil e nordeste da Bolívia e Paraguai.[1] Também conhecida como gueiroba, gueroba, gariroba, gairoba, palmito-amargoso, catolé, coco-babão, pati-amargoso, coco-amargoso, coqueiro-amargoso.[2]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaGuariroba

Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Subclasse: Commelinidae
Ordem: Arecales
Família: Arecaceae
Subfamília: Arecoideae
Tribo: Cocoeae
Género: Syagrus
Espécie: S. oleracea
Nome binomial
Syagrus oleracea
(Mart.) Becc. 1916
Sinónimos
Cocos flexuosa Mart.

Cocos oleracea Mart. (basiônimo)
Syagrus flexuosa (Mart.) Becc.
Syagrus gomesii Glassman

Etimologia

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O termo "guariroba" origina-se do termo tupi gwarai-rob, que significa "o indivíduo amargo".[2] "Catolé" origina-se do termo tupi katu'lé.[3] "Pati" origina-se do tupi pa ti.[4]

Ocorrência

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Floresta estacional semidecidual e cerradões do Brasil (Ceará, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Rio Grande do Norte, Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná), Paraguai e Bolívia.[5]

Características

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Palmeira de estipe solitário ereto, colunar, acinzentado, podendo atingir até vinte metros de altura, copa crispada e deflexa.

Possui folhas grandes de até três metros de comprimento e flores que surgem em cachos durante a primavera até o outono.

O seu fruto levemente elíptico, de coloração verde-amarelada, cujo mesocarpo e amêndoa branca oleaginosa são comestíveis, ocorre em cachos, entre outubro e fevereiro. O cultivo desta palmeira é por sementes, embora cresça espontaneamente nas matas do Centro-oeste e Sudeste do Brasil. Prefere regiões de clima quente e solos bem drenados.

Entre seus produtos, destaca-se o palmito ou broto terminal. Considerado por muitos como verdura de sabor amargo (o que de fato é quando comparado aos palmitos doces das espécies da Mata Atlântica), o palmito da guariroba é uma iguaria de largo aproveitamento culinário em alguns estados, inclusive algumas regiões de Goiás e Minas Gerais.

Nas boas receitas de empadão goiano, por exemplo, acompanhamento perfeito para o colorido arroz com pequi, é fundamental a inclusão de bons nacos do palmito amargo da guariroba. Alimento substancial e de tempero bem forte, o recheio desse empadão, juntamente com a guariroba, deve conter pedaços de frango, de preferência coxas, linguiças, batatas e ovos cozidos inteiros ou apenas partidos ao meio e tomates maduros. Também pode ser usado como salada: com tomates-cereja e bastante tempero.

Da semente, se extrai óleo comestível.

A planta é também bastante usada em paisagismo em praças e principalmente em canteiros centrais de ruas e avenidas de cidades do interior de Goiás, como exemplo na cidade de Jataí que ao longo dos anos vem sendo plantando milhares de mudas pela cidade.

Cultivo

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A partir de sementes, que germinam em dois ou três meses.

Referências

  1. «Flora do Brasil 2020». floradobrasil.jbrj.gov.br. Consultado em 16 de agosto de 2021 
  2. a b FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.875
  3. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.371
  4. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 281
  5. «Tropicos». www.tropicos.org. Consultado em 16 de agosto de 2021 

Fontes

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  • Lorenzi, Harri; Hermes Moreira de Souza; Judas Tadeu de Medeiros Costa; Luiz Sérgio Coelho de Cerqueira; Evandro Ferreira: Palmeiras brasileiras e exóticas cultivadas. Instituto Plantarum, Nova Odessa, 2004 ISBN 85-86714-20-8

Ligações externas

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