Guerra Luso-Mogor (1692-1693)
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A Guerra Luso-Mogor de 1692 a 1693[1] foi um breve conflito entre o Império Português, na Índia, e o Império Mogor, despoletado pelo general mogor Matabar Cão contra os portugueses estabelecidos na praça-forte de Baçaim e em seu redor, na Província do Norte.
Guerra Luso-Mogor 1692-1693 | |||
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Conflitos Luso-Mogores | |||
A Fortaleza de Baçaim, em torno da qual se travaram a maioria dos combates.
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Data | 1692-1693 | ||
Local | Índia | ||
Desfecho | Vitória defensiva portuguesa
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Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Forças | |||
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Baixas | |||
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Contexto
editarAquando das guerras entres os maratas e os mogores, a região costeira do Concão serviu de base às actividades dos maratas dado que servia para lançar razias contra os mogores estabelecidos no planalto do Decão, no centro da Índia.[2] Uma destas bases era a fortaleza de Sidhgarh a 29 milhas a sudeste de Mahuli, que o general mogor Matabar Cão conquistou a 20 de Outubro. Ao chegar-lhes notícia da tomada de Sidhgarh, os generais maratas Khandoji e Damaji Naryan partiram de Rajmachi com um exército e sitiaram Sidhgarh, ocupando ao mesmo tempo as aldeias abaixo da fortaleza mas reforços mogores chegaram pouco depois e obrigaram os maratas a bater em retirada após uma porfiada batalha.[3]
Os maratas em fuga refugiaram-se em território português com as suas famílias. Os mogores acusaram o capitão-geral Tristão de Melo, em Salcete, de favorecer os maratas e de lhes fornecer armas ou mantimentos.[4][5]
Decorrer das hostilidades
editarOs portugueses recusaram dar aos mogores autorização para atacarem os maratas refugiados no seu território.[1] Mediante o pretexto de que os portugueses favoreciam os maratas, Matabar Cão invadiu o território português no Concão, afugentou da região os camponeses para território mogor e cativava quantas famílias encontrava. [6] Segundo Khafi Khan, Matabar Cão conquistou duas fortalezas e incendiou uma igreja nos arredores de Baçaim mas parou em Bahadurpura para pedir reforços ao imperador Aurangzeb.[6] Os habitantes da região de Uran colocaram-se do lado dos Mogores, assim como outros inimigos dos portugueses.[6]
Enquanto isto se sucedia, o vice-rei da Índia enviou uma carta a Aurangzeb com presentes aos seus ministros.[6][7] O vice-rei lembrou aos mogores as antigas relações entre eles bem como a cooperação militar num anterior conflitou, e revelou-se-lhe fácil obter a cessação das hostilidades por via diplomática.[1] O vice-rei rejeitou qualquer envolvimento com os maratas, que os mogores aceitaram.[1]
Mandou por isso Aurangzeb que cessassem as hostilidades e que libertassem quaisquer prisioneiros portugueses, pois conflito com os europeus afectava-lhe o comércio e causava-lhe prejuízos. O general Matabar Cão procurou impedir isto e explicar a sua conduta mas falhou no seu intento.[6]
Ver também
editarReferências
- ↑ a b c d e Alexandre Lobato: Relações Luso-Maratas 1658-1737, Centro de Estudos Históricos Ultramarinos, Lisboa, 1965, pp. 35-36.
- ↑ Sarkar, Jadunath, History Of Aurangzib, Vol V, p. 152-3 [1]
- ↑ Sarkar, Jadunath, p. 153
- ↑ Proceedings of Meetings, اVol 17 Indian Historical Records Commission p. 225[2]
- ↑ Sarkar, Jadunath, p. 154
- ↑ a b c d e Sarkar, Jadunath, p. 155
- ↑ S.R. Sharma, p, 552